segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Ainda sobre estágio

Não podemos esquecer que o estágio em Jornalismo continua proibido.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, buscando diminuir os abusos que ocorrem em muitas empresas de comunicação, criou algumas normas para a fiscalização dessas atividades que, apesar de proibidas, são uma realidade em todo o país.

Uma delas é o trabalho do estagiário ser acompanhado pela instituição de ensino superior na qual ele esteja regularmente matriculado, e pelo sindicato e/ou suas regionais.

Vale lembrar que as reportagens externas devem ser realizadas por um profissional contratado pela empresa, podendo o estagiário acompanhá-lo para efeito de observação das atividades e conseqüente aprendizagem.

Para os estudantes de Jornalismo, as atividades práticas desenvolvidas durante o curso - que são muitas e nas mais diferentes mídias - equivalem ao estágio. Daí a exigência, pelo MEC, dos produtos laboratoriais.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Lula sanciona mudanças na Lei do Estágio

Da Redação
Em São Paulo

Você é a favor da nova lei de estágio? Comente


Está publicada na edição desta sexta (26) do Diário Oficial da União a atualização da Lei do Estágio. De acordo com a Lei n.º 11.788, a partir de agora, os estagiários que tenham contrato com duração igual ou superior a um ano têm direito a 30 dias de recesso, preferencialmente durante as férias escolares.

Além disso, nos casos de o estágio ter duração inferior a um ano, os dias de recesso serão concedidos de maneira proporcional. A legislação também prevê que o recesso deverá ser remunerado quando o estagiário receber bolsa ou outra forma de auxílio.

Principais mudanças da lei
Vínculo do estágio ao projeto pedagógico da escola
Férias remuneradas, de 30 dias ou proporcionais
Limites de quatro ou seis horas diárias
Duração do estágio será de até 2 anos
Cotas de 10% das vagas para deficientes
Estágio não-obrigatório tem de ser remunerado
Limite de vagas nas empresas para estágio de nível médio


Quanto à duração do estágio, a nova lei diz que estudantes da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental (na modalidade profissional de educação de jovens e adultos) só podem ser contratados para a carga horária de quatro horas diárias de trabalho.

Os alunos do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular podem trabalhar até seis horas diárias. Estágios com 40 horas semanais podem ser destinados somente a estudantes matriculados em cursos que alternem aulas teóricas e práticas.

A lei estabelece ainda que o estágio, mesmo aquele que não é obrigatório para a conclusão do curso, agora tem de estar vinculado ao projeto pedagógico da escola, inclusive no ensino médio. O estagiário tem ainda de ser supervisionado por um coordenador na universidade e por um profissional na empresa. No máximo a cada seis meses, um relatório das atividades do estágio tem de ser apresentado à instituição de ensino.

A lei também fixa limites para o número de estudantes de nível médio estagiando nas empresas. As empresas que têm de um a cinco empregados poderão recrutar apenas um estagiário; de seis a dez, até dois; de 11 a 25 empregados, até cinco estagiários; e acima de 25, até 20%. A justificativa para a mudança é reduzir a utilização do estágio como substituição de mão-de-obra.

Outra mudança é a de que o estágio deve durar no máximo dois anos -- a lei anterior fixava um mínimo, de seis meses, que não está previsto na nova legislação, mas não estabelecia um máximo. Além disso, a lei estabelece que profissionais liberais de nível superior também poderão recrutar estagiários.
Com informações da Agência Brasil

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Documentário: "Carteira Preta"

Para conhecer um pouco sobre a estiva, aí está mais um documentário da turma de jornalismo: "Carteira Preta".


quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Contra a pirataria nas empresas jornalísticas

Hoje cedo, em reunião na sede do Sindicato dos Jornalistas, em Santos, o grupo de jornalistas formado para unir esforços em torno da campanha em defesa do diploma universitário para o exercício da profissão definiu algumas ações.

Uma delas será a realização de um amplo debate, provavelmente, no início de novembro, com os mais variados representantes dos segmentos sociais (jornalistas, políticos, empresários, sindicalistas, reitores, etc.), para debaterem sobre a responsabilidade das empresas jornalísticas em todo o processo de regulamentação profissional.

Mais especificamente, será discutida a própria constituição jurídica das empresas de comunicação (que não pode se comprarar a um simples comércio) e, a conseqüente contratação de profissionais.

Não à pirataria nas empresas jornalísticas é o nosso objetivo.

Participaram da reunião os jornalistas Nilson Regalado, Luigi Bongiovani, Ouydes Fonseca, Humberto Challoub e Arylce Tomaz.

Brasileiros defendem diploma para jornalistas

Os brasileiros defendem o diploma para que jornalistas exerçam a profissão. Pesquisa de opinião realizada pela Fenaj/Sensus aponta que 74,3% dos dois mil entrevistados em território nacional disseram ser a favor do diploma, contra 13,9% que defendem a atuação jornalística sem o documento. Os que não souberam e não responderam foram 11,7%.

Questionados se um Conselho Federal dos Jornalistas deve ser criado, para a regulamentação da profissão, como acontece com a OAB, para os advogados, e o CREA, para os engenheiros, 74,8% aprovaram a idéia, contra 8,3% que rejeitaram - 6,5% responderam que depende/talvez e 10,4% não sabem ou não responderam.

Sobre a credibilidade das notícias, 42,7% acreditam no que lêem, ouvem ou assistem, enquanto 41,6% acreditam parcialmente, 12,2% não acreditam e 3,5% não sabem ou não responderam.

“Acho que no geral o resultado da pesquisa é positivo para a imprensa. Fiquei surpreso porque as pessoas acreditam nos jornalistas, o que aumenta o nosso grau de credibilidade e o nosso desafio para ampliar isso. A credibilidade é o maior patrimônio de um jornalista. É ela que nos diferencia dos blogueiros, por exemplo. É o jornalista que pode atestar que a informação é veraz, que pode ser usada”, disse o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Sérgio Murillo de Andrade.

Ele contou que alguns diretores da Fenaj tinham dúvida em fazer a pesquisa já que o debate a respeito do diploma é restrito a veículos especializados, como o Comunique-se, e não aos de grande alcance. “O resultado é natural. O sujeito que tá na rua vai querer o melhor médico, o melhor professor para seu filho, o melhor advogado. Por que vai querer o pior jornalista?”.

Ele já tem em mãos 11 cópias do relatório da pesquisa e vai entregar na tarde desta terça-feira os documentos nos gabinetes dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já que está próxima a votação da exigência do diploma.

A pesquisa foi realizada entre 15 e 19/09 em todo o País, com sorteio aleatório de 136 municípios pelo método da Probabilidade Proporcional ao Tamanho (PPT). A margem de erro é de 3% para mais ou para menos.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Onde estão as camisetas?

Mobilização


A FENAJ e os 31 Sindicatos de Jornalistas do país convidam todos os profissionais, estudantes e professores de Jornalismo que não puderem se deslocar até Brasília a vestir, hoje, dia do Ato, a camisa da campanha "Jornalistas por formação" para marcar o protesto nas redações, assessorias e faculdades de todos os estados.

Tudo muito legal. Mas, onde estão as camisetas? Por que nosso sindicato, aqui na região da Baixada Santista e Litoral, não se mobilizou nesse sentido?

Não vi ninguém do sindicato nas faculdades vendendo camisetas - ou o que é mais importante - conversando com os estudantes. O assunto só chegou aos alunos porque alguns de nós, jornalistas e professores universitários, por conta própria, não deixamos a questão cair no eequecimento dos futuros colegas de profissão.

A intenção do protesto de hoje é sensibilizar os 11 ministros do STF a votarem a favor da manutenção do diploma como garantia mínima de qualificação teórica, ética e técnica profissional e de um Jornalismo voltado para o interesse público.

Será que nossa participação nessa mobilização não é importante, pelo fato de não trabalharmos nas grandes capitais?

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Diploma: Ato público nacional em Brasília defende formação e regulamentação dos Jornalistas

Na semana em que a FENAJ completa 62 anos de história, jornalistas brasileiros se reúnem em frente ao STF num Ato público em defesa do diploma para o exercício da profissão. O Ato está previsto para 13 horas desta quarta-feira, dia 17 de setembro, na Praça dos Três Poderes, em frente ao Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Parlamentares, entidades e movimentos sociais já confirmaram presença no evento.

Mudanças no Grupo Estado avançam

Eduardo Ribeiro (*)

Quem se aventurasse a um passeio pelas redações dos veículos do Grupo Estado no final da manhã desta terça-feira certamente encontraria um imenso vazio humano, quase sem viva alma. E por incrível que pareça tratava-se de um vazio provocado por uma reunião, ou melhor, por uma plenária, que tinha como objetivo apresentar a todos os profissionais do jornalismo da casa as novas orientações editoriais que querem colocar os produtos Estado up to date com o que de mais moderno se faz no mundo da informação. Entre elas – e aí está a ponta de ironia – a de que o novo jornalismo de uma empresa de comunicação se faz não mais hierarquicamente, buscando um deadline de fechamento, mas durante as 24 horas do dia, sete dias por semana, 365 dias por ano – isso quando não for ano bissexto, porque neste caso o número passa a 366. Isso quer dizer que qualquer que seja o momento, as redações terão de estar preparadas e com equipes responsáveis para colocar online no ar informações relevantes, sem deixar obviamente de preparar os produtos com hora marcada, que levarão para o público informações organizadas e hierarquizadas, necessárias para organizar o pensamento e o melhor entendimento da realidade.

Cerca de 270 jornalistas das várias redações do Grupo Estado acotovelaram-se no auditório da empresa, onde a capacidade máxima de pessoas sentadas é de 250. E desses pelo que apurou este Jornalistas&Cia mais de 170 eram repórteres.

No encontro, que reuniu profissionais de O Estado de S.Paulo, Jornal da Tarde, Agência Estado, portal e Rádio Eldorado, o diretor de Conteúdo, Ricardo Gandour, falou sobre o projeto Fase 3, que prevê mudanças ainda mais intensas na área de conteúdo e do intenso envolvimento nesse processo de toda a cadeia produtiva e não mais apenas dos editores e diretores da casa.

Para melhor entender esse processo, que começou em 2004, em parceria com a consultoria Cases, de Barcelona, é preciso lembrar que o Fase 1 foi o redesenho do Estadão em 2004. O Fase 2, já na gestão de Gandour, em janeiro de 2007, mudou a arquitetura das redações, integrou os mesões de Estado, JT e portal e implantou um estúdio de tevê no meio da redação.

Os projetos Rumos e Fase 3, iniciados este ano, têm o objetivo de revisar processos editoriais, potencializar a atuação multimídia e otimizar a alocação de recursos, contemplando um processo contínuo de produção e edição ao longo das 24 horas do dia. Além disso, foram estudados e debatidos os rumos do jornalismo de qualidade no mundo todo. Os trabalhos mobilizaram os principais editores de todo o Grupo, em grupos de trabalho e reuniões plenárias. O Fase 3, especificamente, altera horários e rotinas dos jornais, o que já começou a ser feito na semana passada, aproxima mais as produções de todo o grupo e, além de aprofundar a visão multimídia nas pautas, cria a Central de Notícias, espécie de “rádio-escuta 2.0”, que já está em implantação mas irá operar a partir de novembro.

Esses dois projetos começaram em fevereiro, com um ciclo de palestras internacionais, do qual participaram, entre outros, executivos do The Guardian, do Clarín e o designer espanhol Toni Cases. Neste mesmo ciclo, jornalistas da casa relataram visitas feitas a jornais do exterior, como Washington Post, New York Times e diversos outros jornais norte-americanos. Depois, foram criados nove grupos de trabalho que mobilizaram mais de 50 jornalistas da casa e que culminaram com propostas debatidas em plenárias com todos os editores.

Um dos editores do jornal, a propósito, disse a esta coluna que, por envolver toda a equipe, este projeto tem contado com ampla participação e uma motivação muito grande de todos. Ele garantiu ainda que obviamente ninguém ali vai revelar o pulo do gato, mas os resultados estarão visíveis em poucos meses... nas bancas, no rádio, na web...

Versão aberta na internet – A versão impressa do Estadão está temporariamente disponível, na íntegra, para todos na internet, e não apenas para assinantes, com diversas facilidades de navegação, no http://digital.estadao.com.br/home.aspx . Segundo o diretor de Circulação do jornal, Antonio Hércules, “isso é uma ação de degustação, com uma nova tecnologia, mas será fechado em outubro”.

(*) É jornalista profissional formado pela Fundação Armando Álvares Penteado e co-autor de inúmeros projetos editoriais focados no jornalismo e na comunicação corporativa, entre eles o livro-guia "Fontes de Informação" e o livro "Jornalistas Brasileiros - Quem é quem no Jornalismo de Economia". Integra o Conselho Fiscal da Abracom - Associação Brasileira das Agências de Comunicação e é também colunista do jornal Unidade, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, além de dirigir e editar o informativo Jornalistas&Cia, da M&A Editora. É também diretor da Mega Brasil Comunicação, empresa responsável pela organização do Congresso Brasileiro de Jornalismo Empresarial, Assessoria de Imprensa e Relações Públicas.

sábado, 13 de setembro de 2008

Sobre a Vírgula - Muito legal a campanha dos 100 anos da ABI (Associação Brasileira de Imprensa)

Vírgula pode ser uma pausa...ou não.
Não, espere.
Não espere.

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.

Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

Uma vírgula muda tudo.

ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.

Detalhes Adicionais
SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA
PROCURA.

Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER.
Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Agir em favor do Jornalismo e de nós mesmos

Oi, pessoal.

O jornalista e amigo Orlando Flexa reforça o pedido dos sindicatos de jornalistas de todo o Brasil para que a sociedade e, em especial, alunos, ex-alunos, professores e demais profissionais ligados ao Jornalismo se envolvam efetivamente na luta pela exigência do diploma de nível superior para o exercício da profissão.

É fácil, basta seguir as orientações abaixo para enviar e-mails às autoridades. São apenas alguns minutos. Essa ação interferirá no futuro da profissão e na qualidade da informação, tão essencial para a sociedade.

São apenas alguns minutos para ler o texto abaixo e agir.



"Olá minha eterna professora!
Gostaria de te pedir pra colocar esse aviso no seu Blog e repassar aos seus alunos de jornalismo, professores e quem você conhecer da nossa área. Estamos numa fase muito crítica de nossa profissão e precisamos nos cobrir por todos os lados.
Esse é o e-mail que recebi de nosso Sindicato.
Beijão e até mais!"



O STF está prestes a julgar a necessidade de formação superior para o exercício da profissão de jornalista e precisamos convencer os 11 Ministros do Supremo de que a obrigatoriedade do diploma interessa não apenas à categoria, mas principalmente a toda a sociedade. Isto para que a regulamentação da profissão continue sendo um dos instrumentos de defesa deste Jornalismo cumpridor de sua função social.

Assim, solicitamos que enviem e-mails aos ministros do STF, manifestando essa opinião. Também divulguem esta mensagem, repassando a suas listas e mailings.

Abaixo, apresentamos uma sugestão de texto a ser enviado e os nomes e endereços de todos os Ministros.

Entre nesta luta, ela é de todos nós.

Contamos com seu apoio,

Um abraço,

Rudinaldo Gonçalves
Sindicato dos Jornalistas de São Paulo
Membro da Coordenação Nacional da Campanha em Defesa do Jornalismo

Texto-sugestão


À Sua Excelência Sr(a)

.............

Ministro(a) do STF


A exigência do diploma de Curso Superior em Jornalismo para o exercício independente e ético da profissão de jornalista é uma conquista histórica não só desta corporação, mas de toda a população brasileira. A luta pela criação de Escolas de Jornalismo começou no início do século passado. O primeiro Curso foi implantado 40 anos atrás e a profissão, regulamentada há 70 anos, desde 1969 exige a formação superior na sua legislação. Este requisito representou um avanço para a imprensa do país ao democratizar o acesso à profissão, antes condicionado por relações pessoais e interesses outros que não o de atender o direito da sociedade de ser bem informada.

Setores sem compromisso com a construção de um jornalismo responsável e realmente cumpridor de sua função social vêm questionando este fundamental instrumento para a seriedade, democracia e liberdade na imprensa. Confio que o(a) Excelentíssimo Ministro(a) votará com este entendimento no (RE) 511961, em favor de uma categoria profissional com papel tão relevante e em defesa da sociedade brasileira.

O diploma em Jornalismo, bem ao contrário de ameaçar a liberdade de expressão, é uma das garantias que conferem à mídia brasileira qualidade e compromisso com a informação livre e plural .

Nome:

Profissão e/ou cargo em entidade:

E-mails

Ministro Gilmar Mendes - Presidente

mgilmar@stf.gov.br

Chefe de Gabinete: Isabel Cristina Ferreira de Carvalho

isabelc@stf.gob.br



Ministro Cezar Peluso - Vice-Presidente

macpeluso@stf.gov.br

Chefe de Gabinete : Carla Kindler Rosanova Sotto

mluciam@stf.gov.br


Ministro Celso de Mello

mcelso@stf.gov.br

Chefe de Gabinete: Miguel Ricardo de Oliveira Piazzi

piazzi@stf.gov.br



Ministro Marco Aurélio

mmarco@stf.gov.br

Chefe de Gabinete: Marcos Paulo Loures Meneses

marcosp@stf.gov.br



Ministra Ellen Gracie

ellengracie@stf.gov.br

Chefe de Gabinete: Ângelo Tabet

angelotabet@stf.gov.br



Ministro Carlos Britto

gabcarlosbritto@stf.gov.br

Chefe de Gabinete: Beatriz Ventura Teixeira Coimbra

beatriz@stf.gov.br



Ministro Joaquim Barbosa

mjbarbosa@stf.gov.br

Chefe de Gabinete: Marco Aurélio Lúcio

marco@stf.gov.br



Ministro Eros Grau

egrau@stf.gov.br

Chefe de Gabinete: Alexandra Mery Hansen Matsuo

alexandram@stf.gov.br



Ministro Ricardo Lewandowski

gabinete-lewandowski@stf.gov.br

Chefe de Gabinete: Patrícia Maria Landi da Silva Bastos: patriciaml@stf.gov.br



Ministra Cármen Lúcia

clarocha@stf.gov.br

Chefe de Gabinete: Eduardo Silva Toledo

eduardost@stf.gov.br



Ministro Menezes Direito

Chefe de Gabinete: Ana Maria Alvarenga Mamede Neves: gabmdireito@stf.gov.br

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Seres estranhos na sala de aula

Considero a sala de aula - ou qualquer outro lugar onde professor e alunos se encontram para trocar idéias e conhecimentos - muito interessante e peculiar.

Primeiro, por reunir uma pequena parcela da comunidade que passou a fazer parte de um grupo sem que um tivesse escolhido o outro.

O professor não escolhe para quem dará aulas, os alunos não escolhem os colegas e tampouco os professores. Simpatia, empatia, antipatia ou seja lá qual for o fator que nos faz ser agradáveis ou não aos outros, não são levados em consideração na formação desse grupo.

Outra questão que dificulta o período inicial de adaptação desses estranhos são as características individuais: num mesmo ambiente reúnem-se extrovertidos, críticos, autoritários, falantes, debochados e/ou alegres com outros, totalmente opostos: introspectivos, tímidos, com baixa alto-estima, submissos, tristes...

Há, ainda, os que querem estudar, aprender, e os que não estão nem aí.

À essa gama de heterogeneidade deve-se somar os fatores extra-escolares que se carrega para dentro da classe: experiências de atuação ou discriminação no pequeno grupo social em que se vive (família e amigos), interação social, aspectos econômicos, etc, etc.

Várias outras questões completam esse quadro, tão semelhante a um quebra-cabeças de milhares peças, e que fazem da sala de aula uma célula da sociedade, onde há, digamos, de tudo um pouco.

A Sociologia da Educação apresenta várias formas e níveis de interação que facilitam ao professor trabalhar nesse meio tão diversificado (do qual ele faz parte), sendo um dos mais importantes, a cooperação.

Para o sociólogo Nelson Pilettti, a cooperação é ideal para o aprendizado da convivência com os diferentes. Para esse estudioso, é o grau de cooperação que identifica os alunos de uma classe como um grupo particular com características próprias que o distingue dos demais.

Quando os alunos começam a cooperar uns com os outros - o que é totalmente diferente de fazer um trabalho e colocar o nome do amigo que não fez nada - ele está valorizando a si mesmo como ser humano e também ao colega.

Taí o início de uma ação conjunta efetiva, porta aberta para a ação social transformadora.

Não é simples, não. Mas é possível.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

A turma se manifesta!

Eliana Motta, ex-aluna, hoje jornalista, se une às homenagens ao Maurício Oliveira.
Obrigada, menina!

"Arylce,

A vitória no Expocom é a prova da competência, da generosidade, amor à profissão e aos alunos que tem valor. Parabéns pela conquista!!
Particularmente, sou muito feliz por ter participado, mesmo que por pouco tempo, desse grupo. CREIA, sou muito orgulhosa de ter sido sua aluna e ter desfrutado da sua convivência. E você não sabe o quanto!!

Em breve também trarei notícias positivas, fruto da generosidade, sua e do professor Adelto, quando me receberam tão bem nessa casa e pela publicação da crônica sobre o meu TCC".

Um alô do vencedor

O Maurício enviou o e-mail abaixo e autorizou blogá-lo. Está muito legal.



"Olá para todos.


Obrigado, querida professora Arylce!


Cada detalhe, parece fácil, não? Foi muita energia mesmo. A nossa Instituição, o Centro Universitário Monte Serrat, representada pelo seu corpo docente, e acadêmicos de comunicação não precisam mais do super incentivo à pesquisa cientifica. Nós somos a segunda Escola de Comunicação mais premiada na atual edição do Congresso. Isso, consideradas categorias de extrema importância. Portanto meus caríssimos colegas, arregacem as mangas, o Brasil precisa de vocês, a Baixada Santista precisa de vocês.


Em Natal entrei pela porta da frente da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Mais ainda, conheci jovens jornalistas de todo o país: Pernambuco, Campina Grande, João Pessoa, Roraima, Palmas, São Paulo, Bahia e até do Paraná. Os curitibanos que, por sinal, receberam a missão de sediar o próximo EXPOCON - 2009. Entre todos estavam os nossos anfitriões, os potiguás, preocupados com a acolhida das comitivas. Pode parecer "clichê", mas uma coisa era comum entre todos: responsabilidade social. De lá, saí com a cabeça erguida, e uma tremenda ressaca.


Depois de alguns projetos QUE, HONRADO, INTEGREI durante meus quatro anos de graduação, encerro essa reflexão indo um pouquinho mais além: "A fé e o conhecimento ainda são os bens mais importantes para o indivíduo e para a sociedade". Somente com o trabalho de pesquisa científica será possível utilizarmos as novas tecnologias para uma interação pró-ativa, rumo ao desenvolvimento humano coletivo, e de fato cristalizar o pensamento construtivista. Amanhã não serão mais três caiçaras, e sim três mil cientistas.

"Nunca almejei ficar rico e famoso, apenas fui fazendo o que gosto", explica Éder Augusto no vídeo-documentário. Acho bem por aí, esse é o caminho.


Farei uso das palavras do filósofo Confúcio: "Tudo que cresce permanece"...


AVANTE, A CARAVANA NÃO PÁRA!


Trabalho, saúde e amor...

... a todos... os sonhadores acadêmicos da

FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL E ARTES DO CENTRO UNIVERSITÁRIO MONTE SERRAT".


Mauricio Oliveira

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Maurício, deu Brasil na Expocom!

Escrevo hoje especialmente para o querido jornalista Maurício Oliveira, meu ex-aluno de Jornalismo.

Ele acaba de ganhar o 1ª lugar, a nível nacional, na Expocom, um dos maiores eventos das escolas de Comunicação do País.

Maurício concorreu com um video-documentário sobre educomunicação.

Pois é, Maurício: Quando eu escolhi seu trabalho para representar o curso de Jornalismo na Expocom, tinha a certeza que, pelo menos, ele estaria entre os melhores.

Lembra-se do que você me disse, ainda na Van, quando voltávamos de São Paulo, onde ocorreu a fase regional?

Feliz da vida com a excelente receptividade do seu trabalho pelo corpo de jurados, você falou: "Professora, acho que vai dar samba, acho que vai dar Brasil!" - referindo-se à possibilidade de sua videorreportagem ser selecionada para a fase nacional.

E, logo em seguida, indagou: "Estou sonhando alto demais?

Na ocasião, eu disse que não devemos ter medo de sonhar quando nos mantemos cientes de que sempre podemos nos deparar com gente que derruba em poucos minutos, com um simples gesto impensado, uma decisão egoísta, pessoal e fria, nosso sonho.

"Sonhar com os pés na realidade é saborear o momento de prazer e alegria ao máximo", comentei.

E voltamos a Santos cantando, rindo por chegarmos até ali. Eu, você, o Rogério Silvério, o Jefferson Chaves e a Carol Za.

É Maurício: Deu samba, deu Brasil! Deu você!!!

Deu trabalho, também, muito trabalho.

Relembro agora como foi difícil até para fazer a inscrição. Fui correndo no banco, na horado almoço, tirei dinheiro do caixa eletrônico e paguei o boleto, para não perdermos o prazo.

E o programa que aluguei para colocar no computador aqui de casa, para preparar o material em vídeo? Minha nossa, nem sabia como começar a mexer nele!.

Sem falar nos dias aqui em casa e no estúdio, resumindo o video-documentário nos 10 minutos necessários, passando e repassando tudo em MPeg.

Gravar e regravar, correr para comprar DCs, revisar tudo. Senhas trocadas, várias ligações do meu celular para os organizadores do evento... Eles prometendo dar retorno e não davam.

E na noite que você chegou com um amigo, especialista em computação, para nos ajudar?
Ele andava com a gente de um lado para outro...
Correria, correria, correria.

Houve quem me chamasse de louca, que dissesse que jamais faria o que eu fiz.

Mas valeu, querido Maurício. Estou muito feliz por ter escolhido seu trabalho e ajudado você nessa empreitada. Fiz porque acreditei e acredito em você e porque acreditava no que eu estava fazendo.

Faria de novo, se precissasse.

Quando a Renata Alcalde me telefonou, sábado à noite, dando a notícia de que seu trabalho havia vencido, fiquei emocionada, de verdade. Ainda mais quando ela disse que sabia o quanto eu briguei para isso se tornar realidade. Valeu, Renatinha!

Agora, Maurício, falta a tão sonhada pós-graduação, né?

Vai lá, atrás do seu sonho!

Se precisar, estou aqui. Para o que der e vier!

Você sabe, eu acredito! E continuo sonhando...

Parabéns e um grande abraço, meu amigo jornalista!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Educar dá trabalho

Este artigo eu escrevi para a coluna sobre Educação que tenho no jornal O Percurso. Espero que gostem.



Você já pensou no que vem a ser Educação?

Pois é, gente, a Educação é ampla, muito mais abrangente do que se pensa.
É comum ouvirmos: “Quero que meu filho tenha a Educação que eu não tive, por isso ele vai à escola todos os dias”.

Sim, fazer com que os filhos freqüentem as aulas é obrigação dos pais. Mas, é o mínimo que podemos fazer sobre isso, pois a escola, ao contrário do que muitos pensam, não é o único local onde se educa um ser humano.

Pensando dessa forma, ou seja, errado, pais, mães e outras pessoas responsáveis pelas crianças e adolescentes transferem para os professores, funções de responsabilidade da família.

A família é o primeiro núcleo social que o ser humano tem contato. Se ela é problemática, faz do erro uma constante, a criança crescerá acreditando que isso é normal, se acostumará com esses fatos e os repetirá vida afora.

Vamos a um exemplo: o respeito.

Ensinar nossos rebentos a respeitar as pessoas é algo que se faz desde que eles são pequenos, e em casa. É impossível nossos filhos respeitarem um estranho, se não conseguimos fazer com que eles nos respeitem e aos mais próximos.

Eu sei, ensinar dá trabalho, muito trabalho e requer enorme paciência, também. E, para aliviar nossa culpa, alegamos que é preciso falar centenas de vezes, orientar, dar exemplos, por de castigo até, e nem sempre há tempo para isso.

Mas, se a família não tem tempo nem paciência para ensinar a seus filhos, o que dirá um professor ter que fazer isso a 30, 40 crianças de uma vez e em curto espaço de tempo?

Haja paciência, boa vontade, tem po e trabalho.

Que tal reassumirmos parte dessa responsabilidade? Com certeza, estaremos contribuindo para uma mudança significativa em nós mesmos, em nossos filhos, na família, na escola e na sociedade.

Será o começo de uma revolução estrutural feita de dentro para fora.

É uma batalha contra a ignorância, que implica em deveres e, em conseqüência, em direitos. É começar a aprender a ser e a fazer cidadãos.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Sem novidades. Portanto...

Oi, pessoal.
Quando o meu colega jornalista e professor universitário Sílvio Lousada, que é colaborador deste blog, postou a notícia de que o jornalista Márcio Calves não era mais o editor-chefe do jornal A Tribuna, o fez com a intenção, tão somente, de dar uma informação. Afinal, A Tribuna é o jornal diário de maior vendagem da Cidade.

Postamos uma seqüência de comentários recebidos sobre o fato, porque não pretendemos fazer nenhum tipo de censura no blog.

Entretanto, devido ao aumento de opiniões que, pelo seu teor, deixaram de acrescentar informações à comunidade acadêmica - motivo da existência deste blog - damos por encerrado o assunto.

Confirmado o nome do novo(a) editor(a)-chefe, anunciaremos.

Contra o Interesse dos empresários

Artigo publicado no JORNAL DO CAMPUS, da ECA-USP, edição da segunda quinzena de agosto de 2008.

JORNALISMO



A regulamentação organiza

o compromisso da categoria



Hamilton Octavio de Souza



De tempos em tempos as empresas jornalísticas atacam a regulamentação da profissão de jornalista, seja por meio de projetos de lei apresentados no Congresso Nacional, geralmente por deputados e senadores que colocam seus mandatos a serviço do capital, seja por ações no Judiciário, geralmente por juízes subordinados aos interesses patronais. Nos últimos anos os ataques ganharam maior força no bojo da onda neoliberal e do refluxo dos movimentos dos trabalhadores.

Vale lembrar que a regulamentação da profissão de jornalista e a exigência de curso superior para o registro e o exercício profissional do Jornalismo, a partir de 1971, representaram importante conquista para os jornalistas, valorização e definição do perfil profissional da categoria, elevação do nível técnico e cultural dos novos profissionais, compromisso com a ética e com a prestação de serviço público relevante, o desenvolvimento dos estudos acadêmicos e científicos sobre o Jornalismo.

Antes dessa regulamentação, a atividade jornalística era sistematicamente invadida e ocupada por curiosos e aventureiros que se dispunham a fazer “bicos” e trabalhar voluntariamente por indicação livre dos donos das empresas jornalísticas. A profissionalização era precária. Muitos professores, advogados, policiais e outros profissionais usavam o jornalismo como atividade secundária, para complementação da renda e para defender interesses específicos. Não raramente as redações abrigavam “jornalistas” que se dedicavam ao achaque e à extorsão.

Mesmo com a reconhecida deficiência do ensino superior no Brasil e com a proliferação descontrolada de cursos de Jornalismo de baixíssimo nível, a exigência de formação universitária fortaleceu as lutas da categoria para a conquista de piso salarial, jornada especial de trabalho e contratos coletivos conforme a realidade da organização dos jornalistas em cada base sindical. A exigência tornou a formação acadêmica bastante atraente e disputada, com desdobramentos profissionais para áreas afins, como a assessoria, a comunicação institucional, o documentarismo etc.

A regulamentação da profissão nunca restringiu a liberdade de expressão de quem quer que seja e nem impede que qualquer pessoa, de qualquer profissão e segmento social, tenha acesso aos meios de comunicação e contribua com jornais, revistas e emissoras de rádio e TV. A regulamentação vale apenas e tão somente para quem vive da atividade jornalística, é assalariado, vende a mão de obra para as empresas jornalísticas. A regulamentação define quem é profissional e quem não é profissional; e essa definição deve ser dada pela sociedade, através do Estado, e não pela vontade dos empresários e concessionários dos meios de comunicação.



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Hamilton Octavio de Souza é jornalista e professor da PUC-SP.