sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Revisão Curricular

Entidades devem indicar nomes para qualificar a formação acadêmica.

Representantes da FENAJ, FNPJ e SBPJor discutem nesta semana, durante o 6º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo, as novas diretrizes e possíveis indicações para o Grupo de Trabalho do Ministério da Educação que realizará uma revisão do currículo dos cursos de Jornalismo.

As entidades rejeitam a idéia de um ciclo básico que permitiria o ingresso de profissionais de outras áreas no Jornalismo. O MEC indicou o professor José Marques de Melo para presidir o Grupo de Trabalho.

Fonte: Boletim eletrônico da Fenaj

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Você tem orgulho de ser jornalista?

Para quem está em dúvida em ser jornalista, é interessante conhecer os dados da pesquisa do Comunique-se, embasada na pergunda: Você tem orgulho de ser jornalista?
O texto é dos colegas da Redação do Comunique-se.


Com tantos problemas, a profissão de jornalista pode ser até considerada um dom: não é qualquer um que agüenta a jornada de plantões e de longas horas de trabalho. Isso somada a baixa remuneração e o mercado de trabalho cada vez mais escasso. Então, vem a pergunta. Afinal, o jornalista tem orgulho da profissão?

Para responder a esta pergunta o Comunique-se realizou uma enquete com seus usuários contendo três perguntas: Você tem orgulho de ser jornalista? Você se sente realizado com a profissão? Você se arrepende de ter escolhido o jornalismo?

O resultado expôs o lado “mais romântico” do jornalista brasileiro: 58,91% dos profissionais têm, sim, orgulho da profissão. Menos de um terço do total, 27,43% tem algum orgulho, 8,64% têm pouco orgulho e apenas 4,99% não tem nenhum orgulho de ser jornalista.

“O resultado reflete as péssimas condições de trabalho, a existência de poucos jornais, e outros meios de comunicação. A última vez que tive acesso a esse tipo de estatística (e este quadro não deve ter mudado muito) havia uma proporção de quatro candidatos para um emprego. O que um jovem formado pode pensar a respeito da profissão diante de um quadro melancólico como esse?”, questiona Milton Coelho da Graça, colunista deste portal.

No entanto, apesar de mais da maioria dos votantes atestar que tem orgulho de ser jornalista, 51,93% dos entrevistados não se sentem realizado com a profissão. Os que se sentem plenamente realizados somaram 31,38% dos votos. “Eu poderia ser melhor remunerado, mas isso não tem a ver com realização. Eu sinto que, com o jornalismo que faço, contribuo de alguma forma com o mundo. Isso é muito bom!”, diz Magela Lima, repórter do Diário do Nordeste. Quase 6% dos usuários deste portal responderam que é impossível se sentir realizado nesta profissão.

A boa surpresa para o jornalismo brasileiro descoberta pela enquête é que, apesar de todos os pesares, 77,46% dos pesquisados não se arrepende de ter optado pelo jornalismo como profissão. É o caso de Fernanda Cunha, que foi coordenadora do site Brasil com Alckmin durante as eleições. “Quando penso no salário, na dificuldade de conseguir um trabalho legal, no dia-a-dia corrido, não ter horário, feriado ou fim de semana, aí me arrependo. Mas, quando penso no que o jornalismo me proporciona, acho que fiz a escolha certa. Embora às vezes eu entre em crise, não consigo me ver sendo outra coisa”, afirma.

Menos de 10% dos entrevistados se arrependem de ter escolhido jornalistas. Destes, 5% responderam que vão procurar outra faculdade.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Dúvidas

Estamos no auge do período das dúvidas dos jovens que pretendem fazer um curso superior e não sabem o que escolher. As ofertas são inúmeras e cada vez mais diversificadas.

Os que têm mais experiência sabem que viver é lidar com dúvidas - algumas passageiras, outras eternas. E nem sempre sabemos se nossa escolha foi a mais acertada.

Que dirá um jovem de 17, 18 anos. Exigir que eles decidam, com tão pouca idade, a profissão que deverão - em hipótese - exercer pelo resto de suas vidas, é pedir demais, é quase cruel.

Uns têm a facilidade de conhecer algumas profissões mais de perto, por terem pais ou parentes cujas atividades permitem essa proximidade.

Mas a maioria dos nossos jovens não tem pais e parentes que exercem atividades que exijam curso de graduação. Não tem em quem se espelhar, como fazer comparações.

Resta, então, ler muito, se informar, aproveitar ao máximo as oportunidades que as instituições oferecem ao abrirem suas portas aos estudantes para que estes conheçam laboratórios, conversem com professores e outros profissionais das diferentes áreas.

As comparações surgirão normalmente e nem todas as dúvidas serão sanadas. Isso tanto é verdade, que o número de primeiroanistas de cursos superiores que desistem da faculdade ainda no primeiro ano é significativo, beira os 15%.

Mas, mesmo a desistência é válida. Mostra que foi feita uma opção e, desta vez, mais consciente.

Portanto, esse período de dúvidas deve ser vivido sem traumas. Optar não é fácil, pois quando fazemos uma escolha descartamos outras, e nem sempre estamos preparados para isso.

Mas, se lembrarmos que a todo instante fazemos opções - ou somos obrigados a fazê-las - a carga fica mais leve.

Afinal, o que importa de verdade é aprender a ser feliz com as escolhas que fazemos, ou ao termos coragem de mudá-las.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Leitura interessante

Uma dica:

"Formação Superior em Jornalismo", editado pela Federação Nacional dos Jornalistas - Fenaj, é um livro que deve ser lido por todos os que se interessam por jornalismo, de alunos a professores, e profissionais da mais diferentes mídias.
O exemplar custa só R$15,00.

domingo, 9 de novembro de 2008

Bota-fora de Jornalismo

Olá pessoal!

O já tradicional Bota-Fora da Comunicação vai acontecer no dia 14/11, com bateria de escola de samba e banda!

A Carol Binato é quem dá o recado: vão ser confeccionadas camisetas personalizadas a R$ 20,00 cada.

Os interessados devem procurar os integrantes da Comissão de Formatura (Jornalismo: Carol Binato e Rodrigo Lima) até terça-feira, fornecendo o tamanho e o tipo: baby look ou camiseta.


VAMOS PARTICIPAR GALERAAAAAAAAAAAA!!!!!!!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Mobilização pelo diploma, no Gonzaga

Dia 29 de novembro às 16 horas, na barraca de praia do grêmio A Tribuna (entre o Moby e a Conselheiro Nébias, nos uniremos para fazer uma manifestação em prol da exigência do diploma e da regulamentação da profissão de jornalista.

Por que esse encontro?

- 74% da população apóia a obrigatoriedade do diploma para a profissão de jornalista.

- Na Colômbia, com a desregulamentação do profissional de jornalismo, os jornalistas têm que escrever e vender anúncios se quiserem ver a cor do dinheiro.

-Os sindicatos estão na luta pela regulamentação da profissão, pois sabe-se que muitos profissionais trabalham de forma irregular.

-A regulamentação profissional conquistada em 1969 e a criação de um Código de Ética não estão sendo suficientes para a normatização da profissão.

-A categoria dos jornalistas quer o direito - concedido a outras inúmeras categorias - de auto-regulamentar (e fiscalizar) sua profissão.

-Está em tramitação um projeto de lei do deputado Beto Mansur (PR/SP) que quer transformar funções de jornalista em de radialista.

-A decisão sobre a obrigatoriedade o diploma de jornalista está nas mãos do Supremo Tribunal Federal, e prestes a ser julgada.

-A população merece informação de qualidade e é obrigação do jornalista oferecê-la.

- Em todo o país profissionais estão se manifestando e se organizando em conjunto com os sindicatos e as entidades apoiadoras.

E você? Vai ficar de braços cruzados esperando que decidam o futuro da sua profissão?

FAÇA PARTE DESTA MOBILIZAÇÃO!!

Após o ato haverá música ao vivo.

É importante a presença de todos os profissionais e estudantes de jornalismo, pois a causa é nossa.

Camisetas do movimento "Jornalista por formação" podem ser adquiridas no Sindicato dos Jornalistas, pelo telefone (13) 3219-2546.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Onde estão as jornalistas?

Jornalistas se reuniram na Câmara Municipal na última sexta-feira, para o ato em defesa da exigência do diploma para o exercício profissional e em comemoração aos 66 anos de existência do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo.

Infelizmente, como acontece na maioria das vezes em que ocorre um ato, seja uma solenidade, encontro ou reunião, as jornalistas não são convidadas a falar ou a fazer parte da mesa, ou, quando o são, não se manifestam. Lamentável para uma profissão cujos cargos são ocupados por mais de 50% de mulheres.

Fui a única jornalista a se pronunciar no ato público em defesa do diploma, e na oportunidade, cheguei a lamentar a falta de iniciativa das minhas colegas.

Abaixo, o que falei:


"Não ministrarei uma aula e tampouco proferirei um discurso. Minhas palavras serão breves. Mas, apesar disso, elas não nimimizam a importância deste ato e a relevância do mesmo para a Unimonte, a qual represento nesta noite.

São muitas as lutas trabalhistas do Sindicato dos Jornalistas, mas meus colegas jornalistas sindicalistas conhecem e podem contar essas histórias melhor do que eu.

Sou jornalista e professora universitária. E é nessa condição, de educadora, que destaco o Sindicato dos Jornalistas como um importante braço das escolas de jornalismo, na luta pela educação.

São vários os programas e as ações do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo junto à FENAJ e seus 31 sindicatos, voltados à valorização e qualificação da formação e do próprio Jornalismo.


Muitos professores de Jornalismo atuam fortalecendo lutas da categorias, se reunindo em encontros estaduais ou regionais. Aqui mesmo, em Santos, representantes das escolas de jornalismo têm-se reunido no sindicato, para intensificar a participação na Campanha Nacional em Defesa da Formação e da obrigatoriedade do Diploma.

Essa é nossa luta atual, é no que acreditamos. E não por uma simples questão corporativista, como muitos alegam.

Defedemos a diploma para o exercício do jornalismo porque, até o momento, nada nos convenceu de que um jovem, ao concluir um curso de jornalismo, sabe menos que alguém que não estudou jornalismo.

O ensino do jornalismo tem falhas, sabemos e lutamos para solucioná-las.

Mas, é imposível que diante de disciplinas teóricas como Sociologia da Comunicação, Psicologia da Comunicação, Filosofia, Ética, Análise Crítica das Mídias, Comunicação Comparada e tantas outras, além das específicas, um graduado em jornalismo esteja menos preparado para o exercício da profissãoque alguém que não estudou jornalismo.

Em um país como o nosso, tão necessitado de Educação, não acreditar nisso é, no mínimo, querer nivelar por baixo uma atividade fundamental para a sociedade.

Parabéns Sindicato dos Jornalistas, por essa e por todas as lutas da categoria".