sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Na Câmara, pelo diploma

Sessão Solene em comemoração aos 66 anos de fundação do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo acontece hoje, a partir das 19h00, no Plenário Ulysses Guimarães, da Câmara Municipal de Santos, à Rua XV de Novembro, 103/109.

Estudantes, professores e representantes das escolas de Jornalismo da Cidade prestigiarão o ato, que tem ainda como finalidade, a luta pela defesa da exigência do diploma de nível superior para o exercício da profissão.

Todos lá!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Semana de Comunicação continua

Hoje, o tema da Semana de Comunicação da Unimonte/Jornalismo será Comunicação Eficaz – Marketing Pessoal e Networking, com Reginah Araújo, diretora da empresa Novos Rumos Treinamentos e Consultorias, em Santos.

Local: Sala 22 Bloco A
Horário: 19h00

Jornalismo Digital em Tempos de Web 2.0 foi o assunto de ontem, com os convidados Cássio Politi (diretor da Escola de Comunicação do Comunique-se), Alessandra Spinelli (jornalista e gerente da equipe de Comunicação da E-Midia, dos sites Cyber Cook, Cyber Diet e Vila Mulher), Márcio Caixeta (diretor de Novos Negócios de A Tribuna Digital) e Maria Estela Galvão (jornalista e coordenadora de A Tribuna Digital).

Cada um levou sua contribuição aos participantes, mostrando que jornalismo e web não convivem mais separados e que o futuro está aberto a esse suporte para a informação.

Dúvidas e erros existem, mas também muitos acertos. E, o mais importante, joralistas e empresas já despertaram para isso e estão buscando a especialização.

Valeu, Teca, Caixeta, Cássio e Alessandra.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Quer qualidade? Mude de canal

Discutir sobre telejornalismo é muito legal, pois significa trocar idéias sobre um tipo de jornalismo dinâmico, que entra na casa da gente pela TV, um aparelhinho mais do que popular.

Mas, discutir telejornalismo como aconteceu ontem, na abertura da Semana de Comunicação da Unimonte, é gratificante.

Primeiro, pela capacidade profissional dos convidados, jornalistas responsáveis pelas principais emissoras de TV da Baixada Santista.

Depois, pela simplicidade com que eles conversaram sobre temas como sustentabilidade nos telejornais, qualidade da informação, ética profissional, audiência, etc, etc.

Eles disseram que aprenderam com os alunos, aos ouvirem suas observações, temores, esperanças, críticas. Mas, com certeza, todos aprendemos.

De tudo, ficou algo para não ser esquecido: as TVs (onde se incluem os telejornais)só vão mudar se o telespectador não mais aceitar o que é mostrado.

E, para tanto, basta usar o controle remoto.

É isso aí pessoal. Para mudar a TV, basta mudar de canal.

Hoje tem mais: a noite será para discutir webjornalismo.
Até lá.

sábado, 25 de outubro de 2008

Semana de Comunicação Unimonte

Gente, a Semana de Comunicação da Unimonte está repleta de temas e convidados especiais. Ela é aberta a todos os interessados. E de graça. Tudo vai acontecer no Campus Vila Mathias, com entrada pela Avenida Rangel Pestana,99.
Abaixo,a programação do curso de Jornalismo.

Dia 27 de outubro – Segunda Feira
Tema: Televisão Regional e Sustentabilidade: o que temos a ver com isso?
Convidados: jornalistas responsáveis pelas principais emissoras de TV da Baixada Santista
Local: sala 16 Bloco A
Horário: 20 horas

Dia 28 de outubro – Terça Feira
Tema: Jornalismo Digital em Tempos de Web 2.0
Convidados: Cássio Politi (diretor da Escola de Comunicação do Comunique-se), Alessandra Spinelli (jornalista e gerente da equipe de Comunicação da E-Midia, dos sites Cyber Cook, Cyber Diet e Vila Mulher), Márcio Caixeta (diretor de Novos Negócios de A Tribuna Digital) e Maria Estela Galvão (jornalista e coordenadora de A Tribuna Digital).
Local: Sala 16 Bloco A
Horário: 19h

Dia 29 de outubro – Quarta Feira
Tema: Comunicação Eficaz – Marketing Pessoal e Networking
Convidada: Reginah Araújo (diretora da empresa Novos Rumos Treinamentos e Consultorias, em Santos)
Local: Sala 22 Bloco A
Horário: 19h

Dia 30 de outubro – Quinta Feira
Tema: Comunicação e Cidadania
Convidado: João Lara Mesquita (jornalista e escritor, apresentador do programa Mar Sem Fim, da TV Cultura, e autor dos livros ‘O Brasil Visto do Mar Sem Fim’ e ‘Eldorado, a Rádio Cidadã’).
Local: Auditório Verde
Horário: 19h

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Professores de Jornalismo são jornalistas, sim

Nota Oficial do Sindicato dos Jornalistas (SP) dedicada aos profissionais que ministram aulas de Jornalismo, por ocasião do Dia do Professor - cujo título faz menção ao filme Ao Mestre, com Carinho -, me fez relembrar que colegas, na condição de professores de jornalismo, desconhecem pertencer à categoria dos jornalistas.

Pois é, colegas: nós, professores de Jornalismo brasileiros somos jornalistas, sim, e grande parte atua fortalecendo lutas da categorias: se reúnem em encontros estaduais ou regionais, tem sua entidade nacional, o FNPJ - Fórum Nacional de Professores de Jornalismo e a SBPJor - Sociedade Brasileira de Pesquisadores de Jornalismo.

Somos, por exemplo, a única categoria a propor um Programa Permanente de Qualidade do Ensino e de discuti-lo democraticamente com a comunidade acadêmica e com o empresariado. Este programa já tem mais de 10 anos de existência e vem sendo atualizado através de seminários nacionais, com a participação de todos os segmentos do Jornalismo.

A FENAJ - Federação Nacional dos Jornalistas e seus 31 sindicatos têm atuado junto à comunidade acadêmica, propondo ou encampando iniciativas para a melhoria da qualidade do ensino de Jornalismo, sempre alinhando-se especialmente com o FNPJ e a SBPJor.

Ao destacar a importância do Jornalismo na construção social da realidade nacional, a FENAJ indica tarefas históricas a todos nós do campo jornalístico - profissionais, professores e pesquisadores. E ressalta: "Uma das mais essenciais destas tarefas está sob a responsabilidade dos professores: a de formar com qualidade, ética, competência técnica e teórica para uma profissão com um papel tão importante e fundamental à sociedade".

E para que esse trabalho coletivo e interligado avance, a FENAJ convida a todos os professores:
- a intensificarem a participação na Campanha Nacional em Defesa da Formação e da obrigatoriedade do Diploma;
- a promoverem lançamentos, discutirem e divulgarem o segundo livro "Formação Superior em Jornalismo: uma exigência que interessa à sociedade";
- a conhecerem mais profundamente e participarem das ações e programas da FENAJ e Sindicatos voltados à valorização e qualificação da formação e do próprio Jornalismo. Entre estes, além do Programa Nacional de Estímulo à Qualidade do Ensino, há a Escola do Jornalista (Programa de Atualização Profissional da FENAJ), a Cátedra FENAJ de Jornalismo para a Cidadania, a Proposta de Diretrizes Curriculares (elaborada em conjunto com FNPJ e outras entidades do campo em Campinas, SP, e que agora deve ser atualizada) e a proposta da FENAJ de um Programa Nacional de Estágio Acadêmico.

Contatos com a FENAJ podem ser feitos através do Departamento de Educação (diretores Alexandre Campello, Marjorie Moura e Valci Zuculoto), na página www.fenaj.org.br , e-mail fenaj@fenaj.org.br e fone (61) 32440650.

sábado, 18 de outubro de 2008

A trágica cobertura da tragédia no ABC

A cobertura intensiva do caso das adolescentes de 15 anos baleadas após serem mantidas reféns pelo ex-namorado de uma delas, em Santo André (SP), trouxe à tona mais uma vez, outro mal: a luta de alguns profissionais da imprensa pelos pontinhos que marcam a audiência das TVs – e de seus programas.

Essa segunda forma de descontrole ficou claramente exemplificada com o “duelo” travado entre os jornalistas Sônia Abrão e Luiz Datena, de emissoras de TV concorrentes. Deselegâncias e acusações na frente da telinha, para milhares de telespectadores assistirem (mais contundentes por parte de Datena), chocaram os menos avisados, que buscavam informações sobre outro tipo de agressão, no caso, o seqüestro.

Se, por um lado, há quem acredite que os policiais que conduziram as negociações durante o seqüestro das meninas poderiam ter evitado, pelo menos, que uma das vítimas fosse baleada durante o desfecho do crime, há quem acredite, também, que os jornalistas/apresentadores em questão precisam repensar algumas condutas profissionais. Talvez, rever o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, sobre o qual faço algumas indagações, frente à guerra dos jornalistas/apresentadores.

É mais do que sabido que o acesso à informação de relevante interesse público é um direito fundamental, e que os jornalistas não podem admitir que ele seja impedido por nenhum tipo de interesse.

Mas, até onde tornar pública uma briga que é unicamente pela audiência, teve por finalidade o interesse público e o pressuposto de que o exercício do jornalismo implica compromisso com a responsabilidade social inerente à profissão?

Lavando suas roupas sujas defronte às câmeras, eles cumpriram com deveres fundamentais do jornalista como valorizar, honrar e dignificar a profissão?

Eu, particularmente, não tenho dúvidas quanto às respostas a essas indagações.

Por outro lado, levando o problema especificamente para a cobertura jornalística feita durante a programação dos dois apresentadores, aí, sim, tenho muitas dúvidas.

Entrevistar o seqüestrador levou ao compromisso fundamental do jornalismo, que é com a verdade no relato dos fatos?

Para se chegar à opção de dar espaço num veículo de comunicação a uma pessoa que agia fora da lei, levou-se em consideração se era caso de incontestável interesse público? Se assim fosse, antes, foram esgotadas todas as outras possibilidades de apuração?

Divulgar em escala massiva informação sensacionalista ou contrária aos valores humanos, especialmente em cobertura de crimes e acidentes é dever e responsabilidade do profissional do jornalismo?

Bem... não custa relembrar P. Singer, quando o assunto envolve ética:

“A ética pode ser um conjunto de regras, princípios ou maneiras de pensar que guiam, ou chamam a si a autoridade de guiar, as ações de um grupo em particular (moralidade), ou é o estudo sistemático da argumentação sobre como nós devemos agir (filosofia moral)”.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Aos meus alunos (de hoje e de sempre)

Hoje é o Dia do Professor.

É estranho parar para pensar num data específica para comemorar as atividades que exerço. Afinal, tem dia do repórter, do jornalista, do comunicólogo, do redator, do professor, da mãe...

Mas decidi escrever no Dia do Professor. Afinal, gosto de ser professora, gosto da atividade que transmite conhecimentos. Talvez, por isso, não me canse de citar Cora Coralina: "Feliz daquele que transfere o que sabe e aprende com o que ensina".

Gostaria que alguns colegas especiais ao meu coração lessem o que vou escrever, mas o texto abaixo foi pensado, especialmente, para os meus alunos. De hoje, de ontem, de sempre.
Vamos lá.


"A mágica contida em cada minuto desse nosso caminho fala de alentos e propósitos, lutas, valorização, dores, alegrias, lembranças, uma multidão de sensações inexplicadas.

Vivemos juntos dias em que algumas vezes nos sentimos sozinhos e minúsculos. Mas, em compensação, também conhecemos o extraordinário poder da superação que tem a vida, da força com que ela nos impele para enfrentar desafios, ultrapassar dificuldades e aprender.

Vocês escolheram ser jornalistas, eu escolhi ser jornalista e também transmirir a vocês o que sei sobre a profissão, o que vivi e ainda vivo no exercício do Jornalismo.

Isso significa nos expormos à análise diária. Vocês como aprendizes, eu, como transmissora de algum saber que um dia me foi transmitido por outros mestres, pelo exercício profissional, pela vida.

Vocês optaram por uma atividade profissional muitas vezes confundida com a ficção, que coloriu o Jornalismo com um dia-a-dia maravilhoso, cheio de aventuras, onde o repórter combate os males sociais. Creiam: na docência, não é diferente. Os filmes endeusam os professores, os colocam como salvadores dos males da humanidade.

Mas o que a ficção dificilmente mostra é que em qualquer atividade humana, também nós, professores, temos o contato íntimo com realidades nem sempre prazerosas, que o professor é tão humano quanto o aluno e que também lê com olhos diferentes aquilo que o agrada ou que o fere.

Afinal, na vida real, a falta de convivência com os contrários ainda não foi solucionada. É difícil exercer a liberdade de ação, pensamento e expressão com princípios éticos, respeitando o próximo em sua individualidade.

Mas vocês, meus alunos, já fizeram uma escolha, e, pouco a pouco, dão passos em direção ao crescimento, ao aperfeiçoamento.

Os campos do conhecimento vão se alargando, as aspirações se depurando e se enriquecendo com sentidos novos.

Caminham. E ganham consciência de que cada passo que dão à frente, se deparam com a necessidade de mais saber.

Aprendem que nossas conquistas não são mais do que esboços provisórios, superiores aos conhecimentos dos nossos pais, mas que serão substituídos por novas descobertas. Afinal, o presente não é senão uma estação na grande viagem da humanidade.

Aprendem que a vida não pára, que ela é rara, e que ela depende apenas de cada um. Saibam: não importa em quantos pedaços o nosso coração venha a ser partido, o mundo não espera para o consertarmos.

Comparando o que já aprenderam e o que ainda resta a ser explorado no mundo, já sabem que somente com muita reflexão e observação é que se adquire o conhecimento da vida, que se aprende a julgar os homens, a discernir o seu caráter, a resguardar-se dos embustes do mundo.

Um simples curso de graduação não levaria a toda essa percepção. Mas, tenho certeza, vocês têm acesso a outros valores. O conhecimento que adquirem a cada dia, já fez germinar em cada um de vocês a semente de um caminho digno.

O flagelo maior, a ignorância, vocês estão aprendendo a dominar. Ela é um mal soberano onde se processam todos os outros.

É loucura acreditar que conhecemos todas as coisas, mas é sabedoria estudar sempre.

Só o conhecimento permite progredir através de inumeráveis degraus, na perspectiva maravilhosa que o mundo oferece. É ele que possibilita a evolução do ser por si mesmo, construindo-se todos os dias, por seus atos. Pelo conhecimento se pode conquistar corações e mentes.

Conhecimento é poder. Não é o poder do mando, da palavra, da imagem, da seleção e interpretação dos fatos que, enganosamente, criam a ilusão do jornalista super-homem, do professor sabe-tudo.

É pelo livre-arbítrio que fixamos nosso próprio destino, e a vitória que vale a pena é a que aumenta a dignidade e reafirma valores profundos.

E ser digno, em qualquer campo da atividade humana, é transformar o olhar com que contemplamos os nossos semelhantes, confirmando a crença de que estamos todos juntos, na mesma tarefa de viver".

Feliz Dia do Aluno!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

O jornal como instrumento social

A adoção, por parte dos docentes de Ensino Superior, do jornal impresso como recurso didático auxiliar e instrumento de análise da realidade, posicionando o aluno de forma crítica na sociedade, está longe de um índice satisfatório, se comparada com o que vem sendo realizado nos ensinos Fundamental e Médio.

Quando equiparada com outros recursos pedagógicos, a leitura de jornais, também na universidade, aparece relacionada a expressões degradantes como “matar aula” e “matar o tempo”, aparentemente análogas ao prestígio e capacidade do professor. E vários são os fatores que levam a isso.

Vivemos sob o estigma de que não existe tradição de leitura no País, dada as condições do seu desenvolvimento histórico e cultural. A leitura, enquanto atividade de atualização e lazer, sempre se restringiu a uma minoria de indivíduos e as dificuldades econômicas levantaram barreiras para o acesso à leitura.

Paralelamente a esses fatos, houve, nas últimas décadas, um surto de criação de novas faculdades, onde são comuns queixas dos professores sobre a carência cultural de grande parte dos alunos que nelas ingressam.

Embora com atraso, é preciso que se desenvolva nesses estudantes a conscientização da importância de se manterem informados, de enriquecerem seus conhecimentos culturais. O que implica em professores mediadores desse processo em sala de aula.

A utilização pedagógica de jornais contribui para esses objetivos. Minha experiência pessoal como professora de Comunicação Social (Jornalismo) e como jornalista profissional, leva-me à essa afirmação, sem temor de erro.

Fato abalizado, inclusive, pelos resultados satisfatórios percebidos em meus próprios alunos, e que estimularam a direcionar minha dissertação de Mestrado para a leitura crítica de textos jornalísticos nas classes de primeiro ano dos cursos de Jornalismo.

A importância do jornal impresso na produção de conhecimentos na universidade é destacada por vários e importantes educadores, a exemplo de Ezequiel Theodoro da Silva, pesquisador que tem dedicado parte de sua vida ao incentivo da leitura crítica. Ele afirma que a produção e divulgação da ciência e da cultura parece caminhar por meios que se utilizam da expressão escrita; assim sendo, pelo menos na grande maioria das vezes, o livro, o periódico (jornal), a revista especializada são os meios mais práticos para a circulação do conhecimento.

É sabido que a possibilidade de levar aos alunos fatos atuais se concretiza com as reportagens, uma espécie de forma especial para reunir o que é preciso narrar na vida diária, a única que realmente existe, com suas minúcias, suas importâncias e “desimportâncias”, como diria o poeta Manuel de Barros.

A reportagem concretiza, entre nós, uma forma de conhecimento da atividade social, permite compartilhar com os leitores o destino de um pedaço específico da humanidade.
Considerando-se a Educação a Pedagogia do Conhecimento, todo tipo de ação pedagógica deve, portanto, comprometer constantemente os alunos com a problemática de suas situações existenciais.

Atribui-se ainda à análise crítica da informação jornalística, a possibilidade de articulação entre os aspectos socioculturais e comportamentais das relações do homem com a realidade dos indivíduos, enfim, com o seu meio.

A leitura crítica dos veículos de comunicação como instrumento de acesso à cultura e de aquisição de experiências também é defendida pelo prof. Dr. José Marques de Melo, quando diz que a tarefa de disseminar a leitura crítica da comunicação principia na escola, onde as novas gerações devem ser iniciadas sistematicamente no mundo dos “media”, aprendendo a compreendê-los como engrenagens da difusão simbólica, que possuem suas próprias gramáticas.

Ou seja, que recorrem a artifícios de codificação, consentâneos com a sua natureza tecnológica, e cujo conhecimento por parte dos estudantes os capacitará a realizar leituras desmitificadas.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

População é a favor do diploma

Hoje pela manhã, estivemos novamente reunidos na sede de Santos do Sindicato dos Jornalistas, para darmos continuidade aos trabalhos que visam a conscientização e mobilização da sociedade em relação à exigência do diploma de nível superior para o exercício do jornalismo. Lá estavam jornalistas representantes das escolas de jornalismo de Santos e jornalistas sindicalistas.

Um dos ítens expostos foi o resultado da pesquisa de opinião nacional CNT/Sensus, que registra que a grande maioria da população brasileira é a favor da exigência do diploma para o exercício da profissão.

Um total de 74,3% dos entrevistados - foram aplicados 2 mil questionários - se disseram a favor do diploma, 13,9% contra e 11,7% não souberam ou não responderam.

A pesquisa quis saber, ainda, o que o povo acha da criação do Conselho Faderal dos Jornalistas para a regulamentação do exercício da profissão no País, a exemplo das OABs para os advogados e dos CREAs para os engenheiros e arquitetos.

O resultado foi que 74,8% acham que o Conselho deve ser criado, 8,3% são contra, 6,5% responderam que depende, e 10,4% não sabem ou não responderam.

Sobre a pergunta relacionada à credibildiade das notícias, 42,7% disseram que acreditam no que lêem, ouvem ou assistem, 12,2% não acreditam, 41,6% que acreditam parcialmente e 3,5% não sabem ou não responderam.

Com a proximdiade da votação da exigência do diploma pelo Superior Tribunal Federal (STF), o resulto da pesquisa é um importante instrumento para mostrar aos ministros os anseios da sociedade e que a luta pelo diploma não é questão meramente classista, mas de defesa da qualidade da informação a ser oferecida à sociedade.

Afinal, informação e democracia caminham juntas.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Guia de Reforma Ortográfica

A nova reforma ortográfica está prestes a entrar em vigor. A Melhoramentos apresenta o guia abaixo, muito legal.

Conheça e baixe:
Clique aqui

Contra a pirataria na comunicação

A data já está definida: 31 de outubro, uma sexta-feira.

Nesse dia, em local a ser escolhido, estarão reunidos jornalistas, empresários de comunicação, políticos de várias esferas, professores, alunos e direção dos cursos de comunicação, representantes do Sindicato dos Jornalistas e outros convidados de vários segmentos da sociedade.

O objetivo é uma ampla discussão e conscientização sobre a pirataria que acontece em parte das empresas de comunicação da região.

Um problema que existe, é grave, mas que parcela significativa da sociedade desconhece.

E como o conhecimento é o primeiro passo rumo às mudanças, estão unidos nessa tarefa, apoiando oo Sindicato dos Jornalistas de Santos, as três universidades que mantêm cursos de comunicação: Unimonte, Unisanta e UniSantos.

Logo que o local seja escolhido, voltarei ao assunto.
O lema é: "Contra a pirataria na comunicação".

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

O melhor professor

Ser o melhor no que se faz é a meta de todo profissional consciente.

O professor não foge à essa regra. Entretanto, o tipo de prestação de serviço do professor talvez seja o que o coloca tão desconfortavelmente na berlinda, quando analisado no quesito competência.

Ao procuramos um advogado queremos que ele resolva nosso problema, que facilite nossa vida, nos afastando do que nos preocupa, incomoda, dá trabalho e não temos condições de resolver por conta própria. O mesmo acontece com um dentista, um médico, um encanador, uma faxineira e tantas outras ocupações.

Mas, e com o professor?

Com essa categoria ocorre (ou deveria ocorrer) exatamente o oposto. O professor existe para nos transmitir conhecimento e para cobrar nosso aprendizado.

Dentre suas funções, as mais árduas são as que estão relacionadas a mensurar o aprendizado. E, por isso, o professor, ao contrário de outros profissionais, nos cobra, dá trabalho, exige, e até faz prova, com nota, para saber se atingimos certa meta.

Dar aos alunos alicerce para no futuro saber enfrentar o mercado de trabalho com competência e responsabilidade faz parte das atribuições docentes, em especial nos cursos profissionalizantes, onde se inclue o ensino superior.

Por isso me preocupa a avaliação sobre o melhor professor, quando competência se confunde com "passar a mão na cabeça", fechar os olhos à realidade.

Há quem acredite que o melhor é o professor quebra-galho, pouco exigente, que se satisfaz com o baixo rendimento, que não está nem aí com faltas e atrasos, que aceita desculpas bobas para não se aborrecer e chamar o aluno às suas responsabilidades.

Mas, chegar atrasado, faltar, não cumprir prazos extipulados, não ser exigente consigo mesmo e não buscar a qualidade e a competência no que faz é o perfil do profissional que as empresas buscam?

Flexibilizar, em qualquer área, é importante. Somos gente, e às vezes não conseguimos suportar toda a carga que nos é imposta. Mas, fazer disso uma prática mais comum do que a realidade do mercado de trabalho é estimular a incompetência.

E, na hora de encarar o emprego, não tem professor bonzinho que resolva o problema. Não mesmo!