Quem chega à graduação neste início de ano, vai se deparar, pelo menos nos centros de ensino avançados, com uma disciplina ainda pouco conhecida. A nomenclatura pode variar, mas estamos falando do trabalho interdisciplinare dirigido: Tidir.
O que, a princípio, aparenta ser um bicho-de-sete-cabeças, nada mais é do que uma tomada de posição face a um dilema educativo: propôr soluções para que a humanidade se conheça realmente, possa se expressar plenamente e evoluir.
Unindo teoria e prática, o aluno passa a conhecer sua realidade, o entorno onde vive e parte para desvendar a sociedade, da qual faz parte e deve interagir.
Como tudo não é uno, mas sim multifacetado, a interdisciplinaridade permite atribuir sentidos variados aos fatos, em substituição ao conhecimento unitário.
Paulo Freire sempre destacou a importância de se conhecer o entorno para compreender o todo. Lembro-me de citações dele, relembrando quando levava seus pequenos alunos a visitarem as quadras ao redor da escola, fazendo-os anotar o que viam de bom e ruim, para depois, em classe, discutirem as possibilidades de mudanças.
Das ruas ao redor da escola partiam para os bairros onde residiam, a cidade, o país.
É o estudante agindo ativamente, voltando um olhar científico sobre fatos concretos e, em equipe, experimentando, problematizando, agindo e interagindo.
Trabalho Interdisciplinar Dirigido: o verdadeiro sentido da aprendizagem transformadora.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
sábado, 24 de janeiro de 2009
Estágio em jornalismo
Postado por
Arylce Tomaz
às
13:57
O CIEE publica hoje (sábado) uma vaga para estágio em jornalismo.
A empresa cadastrada oferece bolsa-auxílio de R$ 415,00, das 8 às 14 horas, de segunda a sexta, mais transporte.
Quem não está inscrito no CIEE pode fazê-lo através do Portal CIEE: www.ciee.org.br
O atendimento é feito na Avenida Ana Costa, 79, Santos, de segunda a sexta-feira, das 8 às 17h30. E-mail: santos@ciee.org.br
A empresa cadastrada oferece bolsa-auxílio de R$ 415,00, das 8 às 14 horas, de segunda a sexta, mais transporte.
Quem não está inscrito no CIEE pode fazê-lo através do Portal CIEE: www.ciee.org.br
O atendimento é feito na Avenida Ana Costa, 79, Santos, de segunda a sexta-feira, das 8 às 17h30. E-mail: santos@ciee.org.br
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Fórum luta pelo fortalecimento da Mídia Livre
Postado por
Arylce Tomaz
às
12:22
O fortalecimento da mídia livre e a criação de políticas públicas democráticas de comunicação são a base dos trabalhos do Fórum de Mídia Livre, que abre inscrições para o Fórum Mundial de Mídia Livre (FMML) que acontece em Belém do Pará, dias 26 e 27 próximos. Adesões em http://forumdemidialivre.blogspot.com
Os profissionais da mídia que integram o movimento em nível nacional defendem que o setor da comunicação no Brasil não reflete os avanços que ao longo dos últimos 30 anos a sociedade brasileira garantiu em outras áreas. E explicam:
"Tal conjuntura é uma das responsáveis pelo não crescimento democrático do país, impedindo que se torne socialmente mais justo.
A democracia brasileira precisa de maior diversidade informativa e de amplo direito à comunicação. Para que isso se torne realidade, é necessário modificar a lógica que impera no setor e que privilegia os interesses dos grandes grupos econômicos.
Não é mais possível aceitar que os movimentos sociais, protagonistas de muitos dos nossos avanços democráticos, sejam sistematicamente criminalizados – sem defesa, espaço ou meios para responder –, pela quase totalidade dos grupos midiáticos comerciais. Não se pode mais aceitar que, numa sociedade que se almeja democrática, apenas as idéias e informações ligadas aos interesses políticos e econômicos de pequenos grupos tenham expressão pública. Tal cenário nega o direito de todas e todos a ter acesso ao contraditório, violando o direito à informação dos cidadãos.
Um Estado democrático deve assegurar que os mais distintos pontos de vista tenham expressão pública, situação tão distante da realidade em nosso país. No Brasil, menos de uma dezena de famílias controla a quase totalidade dos meios de comunicação, numa prática explícita de monopólios e oligopólios – que seguem sendo realidade, embora proibidos pela Constituição Federal.
Ainda segundo a Constituição, deve-se criar um amplo e diversificado sistema público de comunicação, produzido pelo público, para o público, com o público. Um sistema que ofereça à sociedade informação jornalística e programação cultural-educativa para além da lógica do mercado, sintonizadas às várias áreas do conhecimento e à valorização da produção regional e independente.
Por fim, um Estado democrático precisa defender a verdadeira liberdade de expressão e de acesso à informação, em toda sua dimensão política e pública. Um avanço que acontece, essencialmente, quando cidadãs e cidadãos, bem como os diversos grupos sociais, têm condições de expressar suas opiniões, reflexões e provocações de forma livre, e de alcançar, de modo equânime, toda a variedade de pontos de vista que compõe o universo ideológico de uma sociedade".
Compromissos - Abaixo, o estabelecido no 1° Fórum de Mídia Livre, realizado na Universidade Federal do Rio de Janeiro nos dias 14 e 15 de junho de 2008, debatido e aprovado entre os cerca de 400 participantes:
1. Promover uma campanha e mobilização social pela democratização das verbas publicitárias públicas, com a realização, entre outras, das seguintes ações:
* Desenvolvimento, pelo Fórum de Mídia Livre e organizações parceiras, de critérios democráticos e transparentes de distribuição das verbas públicas que visem à democratização da comunicação e que se efetivem como legislação e políticas públicas;
* Proposta de revisão dos critérios e “parâmetros técnicos de mídia” (tais como custo por mil etc.) utilizados pela administração pública, de forma a combater os fundamentos exclusivamente mercadológicos e viabilizar o acesso a veículos de menor circulação ou sem verificação.
2. Contribuir na promoção de outras políticas públicas de incentivo à pluralidade e à diversidade por meio do fomento à produção e à distribuição;
3. Cobrar do Executivo federal que convoque e dê suporte à realização de uma Conferência Nacional de Comunicações nos moldes das conferências de outros setores já realizadas no país;
4. Lutar pelo estabelecimento de políticas democráticas de comunicação, na perspectiva de um novo marco regulatório para o setor que inclua um novo processo de outorga das concessões, a democratização e universalização da banda larga e a adoção do padrão nacional nos sistemas brasileiros de TV e rádio digital, além do fortalecimento das rádios comunitárias;
5. Criar uma ferramenta colaborativa que reúna diversas iniciativas de mídia livre e contemple a diversidade de atuação dos veículos e dos midialivristas, em formato a ser aprimorado nos próximos meses pelo grupo de trabalho permanente e aprovado no próximo Fórum de Mídia Livre;
6. Mapear as diversas iniciativas da mídia livre visando o conhecimento sobre a realidade do setor e o reconhecimento dos diversos fazedores de mídia;
7. Propor a implementação de pontos de mídia, como política pública, integrados e articulados aos pontos de cultura, veículos comunitários, escolas e ao desenvolvimento local, viabilizando, por meio de infra-estrutura tecnológica e pública, a produção, distribuição e difusão de mídia livre;
8. Buscar espaços para exibição de conteúdo produzido por movimentos sociais na TV pública;
9. Incentivar a consolidação de redes de produtores de mídia alternativa, a começar da comunicação interna (listas de discussões) e externa (portal na web) dos próprios integrantes do Fórum de Mídia Livre, que deve funcionar como rede flexível, difusa e permanente;
10. Estimular a criação e fortalecimento de modelos de gestão colaborativa das iniciativas e mídias, com organização não-monetária do trabalho, por meio de sistemas de trocas de serviço.
Fonte: Fórum de Mídia Livre
Os profissionais da mídia que integram o movimento em nível nacional defendem que o setor da comunicação no Brasil não reflete os avanços que ao longo dos últimos 30 anos a sociedade brasileira garantiu em outras áreas. E explicam:
"Tal conjuntura é uma das responsáveis pelo não crescimento democrático do país, impedindo que se torne socialmente mais justo.
A democracia brasileira precisa de maior diversidade informativa e de amplo direito à comunicação. Para que isso se torne realidade, é necessário modificar a lógica que impera no setor e que privilegia os interesses dos grandes grupos econômicos.
Não é mais possível aceitar que os movimentos sociais, protagonistas de muitos dos nossos avanços democráticos, sejam sistematicamente criminalizados – sem defesa, espaço ou meios para responder –, pela quase totalidade dos grupos midiáticos comerciais. Não se pode mais aceitar que, numa sociedade que se almeja democrática, apenas as idéias e informações ligadas aos interesses políticos e econômicos de pequenos grupos tenham expressão pública. Tal cenário nega o direito de todas e todos a ter acesso ao contraditório, violando o direito à informação dos cidadãos.
Um Estado democrático deve assegurar que os mais distintos pontos de vista tenham expressão pública, situação tão distante da realidade em nosso país. No Brasil, menos de uma dezena de famílias controla a quase totalidade dos meios de comunicação, numa prática explícita de monopólios e oligopólios – que seguem sendo realidade, embora proibidos pela Constituição Federal.
Ainda segundo a Constituição, deve-se criar um amplo e diversificado sistema público de comunicação, produzido pelo público, para o público, com o público. Um sistema que ofereça à sociedade informação jornalística e programação cultural-educativa para além da lógica do mercado, sintonizadas às várias áreas do conhecimento e à valorização da produção regional e independente.
Por fim, um Estado democrático precisa defender a verdadeira liberdade de expressão e de acesso à informação, em toda sua dimensão política e pública. Um avanço que acontece, essencialmente, quando cidadãs e cidadãos, bem como os diversos grupos sociais, têm condições de expressar suas opiniões, reflexões e provocações de forma livre, e de alcançar, de modo equânime, toda a variedade de pontos de vista que compõe o universo ideológico de uma sociedade".
Compromissos - Abaixo, o estabelecido no 1° Fórum de Mídia Livre, realizado na Universidade Federal do Rio de Janeiro nos dias 14 e 15 de junho de 2008, debatido e aprovado entre os cerca de 400 participantes:
1. Promover uma campanha e mobilização social pela democratização das verbas publicitárias públicas, com a realização, entre outras, das seguintes ações:
* Desenvolvimento, pelo Fórum de Mídia Livre e organizações parceiras, de critérios democráticos e transparentes de distribuição das verbas públicas que visem à democratização da comunicação e que se efetivem como legislação e políticas públicas;
* Proposta de revisão dos critérios e “parâmetros técnicos de mídia” (tais como custo por mil etc.) utilizados pela administração pública, de forma a combater os fundamentos exclusivamente mercadológicos e viabilizar o acesso a veículos de menor circulação ou sem verificação.
2. Contribuir na promoção de outras políticas públicas de incentivo à pluralidade e à diversidade por meio do fomento à produção e à distribuição;
3. Cobrar do Executivo federal que convoque e dê suporte à realização de uma Conferência Nacional de Comunicações nos moldes das conferências de outros setores já realizadas no país;
4. Lutar pelo estabelecimento de políticas democráticas de comunicação, na perspectiva de um novo marco regulatório para o setor que inclua um novo processo de outorga das concessões, a democratização e universalização da banda larga e a adoção do padrão nacional nos sistemas brasileiros de TV e rádio digital, além do fortalecimento das rádios comunitárias;
5. Criar uma ferramenta colaborativa que reúna diversas iniciativas de mídia livre e contemple a diversidade de atuação dos veículos e dos midialivristas, em formato a ser aprimorado nos próximos meses pelo grupo de trabalho permanente e aprovado no próximo Fórum de Mídia Livre;
6. Mapear as diversas iniciativas da mídia livre visando o conhecimento sobre a realidade do setor e o reconhecimento dos diversos fazedores de mídia;
7. Propor a implementação de pontos de mídia, como política pública, integrados e articulados aos pontos de cultura, veículos comunitários, escolas e ao desenvolvimento local, viabilizando, por meio de infra-estrutura tecnológica e pública, a produção, distribuição e difusão de mídia livre;
8. Buscar espaços para exibição de conteúdo produzido por movimentos sociais na TV pública;
9. Incentivar a consolidação de redes de produtores de mídia alternativa, a começar da comunicação interna (listas de discussões) e externa (portal na web) dos próprios integrantes do Fórum de Mídia Livre, que deve funcionar como rede flexível, difusa e permanente;
10. Estimular a criação e fortalecimento de modelos de gestão colaborativa das iniciativas e mídias, com organização não-monetária do trabalho, por meio de sistemas de trocas de serviço.
Fonte: Fórum de Mídia Livre
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Jornalistas de A Tribuna temem que unificação gere demissões
Postado por
Arylce Tomaz
às
23:41
A Regional de Santos do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo já realizou duas assembléias extraordinárias com profissionais das redações de A Tribuna e Expresso Popular, para tratar da unificação das redações e prováveis demissões nos dois jornais.
Há três meses no cargo, o editor-chefe Wilson Marini anunciou às 23h do último dia 15/1, que a partir de 19/1, as equipes de Esportes dos dois jornais passariam a trabalhar juntas.
Segundo os funcionários, desde quando Marini foi contratado, os 110 jornalistas, diagramadores e fotógrafos da empresa vivem com o receio de iminentes demissões e boatos, agora confirmados, de unificação das duas redações.
“Não está descartada a paralisação das atividades nas duas redações, como ocorreu no final de abril de 2008, até que a empresa esclareça seus planos e assuma compromissos de não demitir profissionais”, afirma o diretor regional Nilson Regalado.
Fonte: Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo.
Há três meses no cargo, o editor-chefe Wilson Marini anunciou às 23h do último dia 15/1, que a partir de 19/1, as equipes de Esportes dos dois jornais passariam a trabalhar juntas.
Segundo os funcionários, desde quando Marini foi contratado, os 110 jornalistas, diagramadores e fotógrafos da empresa vivem com o receio de iminentes demissões e boatos, agora confirmados, de unificação das duas redações.
“Não está descartada a paralisação das atividades nas duas redações, como ocorreu no final de abril de 2008, até que a empresa esclareça seus planos e assuma compromissos de não demitir profissionais”, afirma o diretor regional Nilson Regalado.
Fonte: Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
A alunos e recém-formados, uma dica: o Jornalismo Sindical está crescendo
Postado por
Arylce Tomaz
às
21:36
Repasso texto enviado pelo jornalista e amigo Orlando Flexa, que atua na área sindical, como ele mesmo diz, o "patinho feio" do jornalismo.
O Brasil manteve um ritmo acentuado de crescimento nos últimos anos incentivado por diversas iniciativas públicas. Mesmo com o desenrolar da crise internacional desencadeada pela bolha hipotecária americana e o fundo de pensões, a imprensa internacional, embasada nas agências de classificação de risco, demonstra que iremos desacelerar – mas de forma alguma haverá recessão ou queda brusca de crescimento.
Por trabalhar na área sindical, lido constantemente com informações sobre demissões e contratações temporárias em gigantes como a Motorola, Delphi, Magnetti-Mareli e outras empresas de grande porte e, por serem justamente multinacionais, utilizam-se da moeda norte-americana para realização de transações. Em outras palavras: alegam que o alto custo do dólar está afetando diretamente a produção e o lucro estimado.
Nas últimas semanas fomos bombardeados com várias informações sobre a crise. Deparamos desde então todos os dias com as palavras: Demissões, Férias coletivas, Fechamento de planta fabril, Redução e corte de salários, entre outras.
O que é engraçado e deve ser ressaltado, é que pelos dados os quais tenho posse é que a crise está afetando muito menos estas empresas do que elas próprias relatam.
Vocês devem estar curiosos para saber "o que isso tem a ver com Jornalismo Sindical"!
Simples! Se não perceberam o encaixe dos fatos, eu vou procurar ser mais claro: A imprensa sindical é o patinho feio dos jornalismos. Poucas faculdades se atêm sobre o assunto, mas o brasileiro, hoje, é mais politizado e mais informado do que há tempos.
Sendo assim, a procura dos sindicatos por profissionais que sejam bem informados, capazes de redigir textos claros e alinhados com a realidade torna-se uma necessidade, pois estas entidades procuram levar aos trabalhadores dados não manipulados e voltados apenas ao bem da classe menos favorecida. Está crescendo uma demanda inestimável de jornalistas assessores de imprensa que tenham em suas características conhecimentos multifuncionais da profissão. Que sejam capazes de diagramar pequenos informativos, redigir releases, captar imagens e, principalmente, que possam ter um bom jogo de cintura com a imprensa local.
E por se tratarem de Sindicatos, os salários de jornalistas e as convenções coletivas de trabalho de nossa classe são respeitadas a rigor. Ou seja, o salário inicial é sempre o mínimo informado pelo Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Para que vocês entendam: você começa ganhando mais do que se começasse no Estadão, ou mesmo na Tribuna, e têm, de cara, garantido os reajustes da nossa classe.
Ou seja: trabalhar em Sindicato é mais do que compensador. O salário é melhor do que em muitos locais que pagam pouco e exigem muito. Por outro lado, nós, jornalistas, mantemos nosso ideal de levar a informação clara e precisa aos mais necessitados, uma premissa que se aprende desde o primeiro ano de faculdade. A verdade doa a quem doer!
Para elucidar sobre a área: os sindicatos, após a benéfica década de 80 (quando o sindicalismo cresceu apoiado na figura de Lula e na indústria automobilística do ABC paulista) perderam sua força nos anos FHC com a política neo-liberalista implantada pelos tucanos, mas hoje ressurgem como a lendária Fênix, saída das cinzas.
Alunos: não percam oportunidades. Deixem um pouco de lado a ilusória carreira televisiva, extremamente concorrida e mal remunerada, e procurem estes novos nichos de emprego pois, muita vezes, são extremamente compensadores e quase sempre desprezados.
Hoje é mais do que necessário produzirmos jornalistas politizados e engajados na informação sindical para que possamos exercer fundamentalmente a nossa profissão, sem cortes ou linhas editoriais que possam agradar somente a pequenos grupos de elite. Mas também é papel do aluno, enquanto cidadão, perceber e atuar ativamente nesta mudança.
O povo brasileiro merece ser bem informado. E este meio só compete a nós!
--
Saudações,
Orlando Flexa
O Brasil manteve um ritmo acentuado de crescimento nos últimos anos incentivado por diversas iniciativas públicas. Mesmo com o desenrolar da crise internacional desencadeada pela bolha hipotecária americana e o fundo de pensões, a imprensa internacional, embasada nas agências de classificação de risco, demonstra que iremos desacelerar – mas de forma alguma haverá recessão ou queda brusca de crescimento.
Por trabalhar na área sindical, lido constantemente com informações sobre demissões e contratações temporárias em gigantes como a Motorola, Delphi, Magnetti-Mareli e outras empresas de grande porte e, por serem justamente multinacionais, utilizam-se da moeda norte-americana para realização de transações. Em outras palavras: alegam que o alto custo do dólar está afetando diretamente a produção e o lucro estimado.
Nas últimas semanas fomos bombardeados com várias informações sobre a crise. Deparamos desde então todos os dias com as palavras: Demissões, Férias coletivas, Fechamento de planta fabril, Redução e corte de salários, entre outras.
O que é engraçado e deve ser ressaltado, é que pelos dados os quais tenho posse é que a crise está afetando muito menos estas empresas do que elas próprias relatam.
Vocês devem estar curiosos para saber "o que isso tem a ver com Jornalismo Sindical"!
Simples! Se não perceberam o encaixe dos fatos, eu vou procurar ser mais claro: A imprensa sindical é o patinho feio dos jornalismos. Poucas faculdades se atêm sobre o assunto, mas o brasileiro, hoje, é mais politizado e mais informado do que há tempos.
Sendo assim, a procura dos sindicatos por profissionais que sejam bem informados, capazes de redigir textos claros e alinhados com a realidade torna-se uma necessidade, pois estas entidades procuram levar aos trabalhadores dados não manipulados e voltados apenas ao bem da classe menos favorecida. Está crescendo uma demanda inestimável de jornalistas assessores de imprensa que tenham em suas características conhecimentos multifuncionais da profissão. Que sejam capazes de diagramar pequenos informativos, redigir releases, captar imagens e, principalmente, que possam ter um bom jogo de cintura com a imprensa local.
E por se tratarem de Sindicatos, os salários de jornalistas e as convenções coletivas de trabalho de nossa classe são respeitadas a rigor. Ou seja, o salário inicial é sempre o mínimo informado pelo Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Para que vocês entendam: você começa ganhando mais do que se começasse no Estadão, ou mesmo na Tribuna, e têm, de cara, garantido os reajustes da nossa classe.
Ou seja: trabalhar em Sindicato é mais do que compensador. O salário é melhor do que em muitos locais que pagam pouco e exigem muito. Por outro lado, nós, jornalistas, mantemos nosso ideal de levar a informação clara e precisa aos mais necessitados, uma premissa que se aprende desde o primeiro ano de faculdade. A verdade doa a quem doer!
Para elucidar sobre a área: os sindicatos, após a benéfica década de 80 (quando o sindicalismo cresceu apoiado na figura de Lula e na indústria automobilística do ABC paulista) perderam sua força nos anos FHC com a política neo-liberalista implantada pelos tucanos, mas hoje ressurgem como a lendária Fênix, saída das cinzas.
Alunos: não percam oportunidades. Deixem um pouco de lado a ilusória carreira televisiva, extremamente concorrida e mal remunerada, e procurem estes novos nichos de emprego pois, muita vezes, são extremamente compensadores e quase sempre desprezados.
Hoje é mais do que necessário produzirmos jornalistas politizados e engajados na informação sindical para que possamos exercer fundamentalmente a nossa profissão, sem cortes ou linhas editoriais que possam agradar somente a pequenos grupos de elite. Mas também é papel do aluno, enquanto cidadão, perceber e atuar ativamente nesta mudança.
O povo brasileiro merece ser bem informado. E este meio só compete a nós!
--
Saudações,
Orlando Flexa
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Só para experientes
Postado por
Arylce Tomaz
às
11:08
Produto do Jornalismo Literário, o livro-reportagem é uma extensão interessante do Jornalismo, que ganha espaço com o interesse de pessoas públicas em deixarem suas histórias para a posteridade.
É crescente o número de artistas, políticos e outros profissionais (com muito ou pouco destaque e influência social) que buscam jornalistas para escreverem suas biografias.
Aliás, a biografia não é exatamente um livro-reportagem, mas estas têm-se pautado, em muitos casos, nas linhas do fascínio do Jornalismo Literário, o que faz surgir histórias reais narradas com captação e observação do real e construção do texto que levam o leitor ao mundo mágico da leitura.
Trabalhado em esferas de tempo e espaço, o livro-reportagem passa pelo mesmo critério da construção das grandes reportagens, da pauta à edição, mas com uma
liberdade temática peculiar, confirmada pelos inúmeros temas apresentados.
Um ótimo espaço de trabalho para os jornalistas experientes.
É crescente o número de artistas, políticos e outros profissionais (com muito ou pouco destaque e influência social) que buscam jornalistas para escreverem suas biografias.
Aliás, a biografia não é exatamente um livro-reportagem, mas estas têm-se pautado, em muitos casos, nas linhas do fascínio do Jornalismo Literário, o que faz surgir histórias reais narradas com captação e observação do real e construção do texto que levam o leitor ao mundo mágico da leitura.
Trabalhado em esferas de tempo e espaço, o livro-reportagem passa pelo mesmo critério da construção das grandes reportagens, da pauta à edição, mas com uma
liberdade temática peculiar, confirmada pelos inúmeros temas apresentados.
Um ótimo espaço de trabalho para os jornalistas experientes.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
sábado, 10 de janeiro de 2009
Primeiro passo para a cidadania
Postado por
Arylce Tomaz
às
14:14
A certidão de nascimento é o ato inaugural da cidadania.
Com ela a criança poderá tomar vacinas, se matricular na escola...
Não registrar o filho ou deixar para fazê-lo mais tarde ainda acontece muito no país e não é privilégio de zonas afastadas, não. Existem casos assim também nas cidades, sejam elas pequenas, médias ou grandes.
Caso você conheça alguém que não possui esse documento, encaminhe-o (ou o responsável) ao cartório de registro civil.
Ajudar a formar um cidadão também é educar.
Com ela a criança poderá tomar vacinas, se matricular na escola...
Não registrar o filho ou deixar para fazê-lo mais tarde ainda acontece muito no país e não é privilégio de zonas afastadas, não. Existem casos assim também nas cidades, sejam elas pequenas, médias ou grandes.
Caso você conheça alguém que não possui esse documento, encaminhe-o (ou o responsável) ao cartório de registro civil.
Ajudar a formar um cidadão também é educar.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Educação deve estar atenta à segurança emocional, grande aliada dos relacionamentos profissionais
Postado por
Arylce Tomaz
às
11:45
O caminho para um mundo melhor passa pelo grupo, pelo coletivo. Isso exige, entretanto, a prática do enriquecimento interno para o desenvolvimento da compreensão de si próprio e, consequentemente, do ser humano.
Nesse aspecto, a Educação pode contribuir de forma efetiva para a sociedade, aliando ao conhecimento formal e ao domínio de novas tecnologias, um novo instrumento de aprendizagem: a neurolinguística.
Há quase dois anos fui privilegiada ao participar de um curso do instituto Marca Pessoal, voltado ao desenvolvimetno pessoal tendo como fundamento a neurolinguística.
Comigo estavam jovens empreendedores, diretores, gerentes e muitos funcionários "bancados" pelas próprias empresas que apostam que seus colaboradores, entendendo melhor suas emoções, se tornam melhores colegas de trabalho, melhores chefes.
Percebo os cursos fundamentados na neurolinguística como importantes instrumentos do aprendizado permanente que devem ser levados também aos estudantes de graduação, os quais, como educadores, pretendemos preparar para o exercício profissional.
Independente das avaliações exigidas nas disciplinas curriculares é necessário mostrar aos estudantes que se pode pensar diferente e que existe uma nova postura individual para resolver os problemas coletivos.
É preciso apresentarmos aos futuros profissionais a possiblidade de uma nova liderança, sem pré-julgamentos ou julgamentos precipitados que podem ser perniciosos à própria empresa onde trabalham ou onde irão um dia prestar serviços.
Afinal, alguém apto a ser feliz consigo mesmo é mais tolerante com a diversidade sem deixar de ser crítico observador da realidade.
Isso significa a segurança emocional permeando os relacionamentos pessoais e profissionais, em busca do bem estar coletivo e de uma sociedade melhor.
E não é esse um dos papéis da Educação?
Nesse aspecto, a Educação pode contribuir de forma efetiva para a sociedade, aliando ao conhecimento formal e ao domínio de novas tecnologias, um novo instrumento de aprendizagem: a neurolinguística.
Há quase dois anos fui privilegiada ao participar de um curso do instituto Marca Pessoal, voltado ao desenvolvimetno pessoal tendo como fundamento a neurolinguística.
Comigo estavam jovens empreendedores, diretores, gerentes e muitos funcionários "bancados" pelas próprias empresas que apostam que seus colaboradores, entendendo melhor suas emoções, se tornam melhores colegas de trabalho, melhores chefes.
Percebo os cursos fundamentados na neurolinguística como importantes instrumentos do aprendizado permanente que devem ser levados também aos estudantes de graduação, os quais, como educadores, pretendemos preparar para o exercício profissional.
Independente das avaliações exigidas nas disciplinas curriculares é necessário mostrar aos estudantes que se pode pensar diferente e que existe uma nova postura individual para resolver os problemas coletivos.
É preciso apresentarmos aos futuros profissionais a possiblidade de uma nova liderança, sem pré-julgamentos ou julgamentos precipitados que podem ser perniciosos à própria empresa onde trabalham ou onde irão um dia prestar serviços.
Afinal, alguém apto a ser feliz consigo mesmo é mais tolerante com a diversidade sem deixar de ser crítico observador da realidade.
Isso significa a segurança emocional permeando os relacionamentos pessoais e profissionais, em busca do bem estar coletivo e de uma sociedade melhor.
E não é esse um dos papéis da Educação?
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Ação contra o diploma
Postado por
Arylce Tomaz
às
12:24
Julgamento de ação contra o diploma ficou para este ano.
Não incluído na pauta das últimas sessões do Supremo Tribunal Federal de 2008, o julgamento do Recurso Extraordinário RE 511961, que questiona a constitucionalidade da exigência do diploma em Jornalismo como requisito para o exercício da profissão ficou para este ano, como também a Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a Lei de Imprensa.
Movimentações em vários estados marcaram a Campanha em Defesa do Diploma nas últimas semanas de 2008, e a Coordenação Nacional, que fez um balanço desta luta, orienta que a Campanha prossiga no início de 2009.
Fonte: Boletim eletrônico da Fenaj.
Não incluído na pauta das últimas sessões do Supremo Tribunal Federal de 2008, o julgamento do Recurso Extraordinário RE 511961, que questiona a constitucionalidade da exigência do diploma em Jornalismo como requisito para o exercício da profissão ficou para este ano, como também a Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a Lei de Imprensa.
Movimentações em vários estados marcaram a Campanha em Defesa do Diploma nas últimas semanas de 2008, e a Coordenação Nacional, que fez um balanço desta luta, orienta que a Campanha prossiga no início de 2009.
Fonte: Boletim eletrônico da Fenaj.
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