quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Em 10 anos, o dobro de jornalistas

O número de jornalistas no Estado de São Paulo praticamente dobrou nos últimos dez anos.

Os dados foram obtidos através de pesquisa realizada pelo Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Em 1995, eram 5.746 profissionais de imprensa atuando no Estado. Em 2005, esse número passou para 10.783. De acordo com a entidade, desses, aproximadamente 4,5 mil são filiados ao Sindicato.

Atualmente, quatro segmentos são negociados pelo sindicato paulista: Jornais e Revistas da Capital, Jornais e Revistas do Interior, Rádio e Televisão e Assessoria de Imprensa. Cada um deles com um piso salarial diferente, que varia entre R$ 723 e R$ 2.520.

Entre os desafios da categoria, em São Paulo, estão diminuir o número de jornalistas que trabalham sem registro em carteira e melhorar os pisos e salários em geral, baixos quando comparados com outros profissionais de escolaridade equivalente.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Cobertura de Carnaval

Cobrir Carnaval era uma das ocasiões mais cansativas do jornalismo diário, quando Santos tinha um dos melhores desfiles oficiais de escolas de samba.

Escolas bonitas de verdade, com baterias nota 10 tão boas quando as do Rio, muitas fantasias e muita gente desfilando e assistindo.

Os desfiles começavam às 19 horas, quando os repórteres de pista tinham que estar na avenida, cada um se preparando para seu posto: cobrir concentração, dispersão, postos policial e médico, vendedores ambulantes e comércio fixo, povão, trânsito...

Os intervalos entre uma escola e outra chegavam a duas horas de espera. Haja paciência, haja brincadeiras entre os repórteres.

Até quem estava escalado para cobrir bailes dos clubes, quando terminava o serviço ia para a avenida, se juntar aos demais colegas.

Dias antes, na Redação, rolava uma vaquinha para comprarmos cerveja e levar para a Sala de Imprensa. Um lugarzinho cedido pela Prefeitura, apertado, coberto com lona, com uma máquina de escrever, uma cadeira e pilhas de laudas para quem quisesse ir adiantando as matérias.

O lanche a Prefeitura dava (sanduiche). Como também as credenciais. Todos os repórteres, de jornais, TV, rádios ganhavam credenciais, fossem ou não cobrir os desfiles. Era só a empresa enviar a relação com os nomes dos jornalistas para a Secretaria de Turismo.

Repórter cansado, que cochilasse sentado na calçada, corria o risco de perder o sapato. Eu tive uma sandália escondida sob o trono do Rei Momo e trabalhei descalça até que o dito cujo fosse embora com sua corte, já dia claro.

Dançávamos ao som da música mecânica que saia dos autofalantes presos ao madeirame das arquibancadas, de onde se ouviam as tradicionais e imortais marchinhas, enquanto a próxima escola não passava. Se chovesse, melhor ainda. Refrescava!

Andávamos de um lado para o outro, anunciávamos na Cabine de Som alguém perdido com as características e roupas de um colega jornalista. Quando ninguém mais aguentava de rir, ele percebia que a "criança" perdida era ele mesmo.

Trabalhávamos muito. Tinha desfile que acabava no dia seguinte, perto do meio dia. E ia todo mundo direto prá Redação, "bater" matéria. Suados, cansados, com confetes na roupa e no cabeço e serpentinas penduradas.

Era comum um fotógrafo tirar um cochilo no chão do Laboratório Fotográfico esperando para ver se a revelação ficou boa, ou um repórter dormir com a cabeça sobre a mesa, na Redação.

No meio da tarde chegavam os outros colegas, que não cobriam Carnaval, para o restante das coberturas jornalísticas. Sobrava pouco para eles, pois o jornal inteiro era quase que só Carnaval.

Eles viam nosso estado deplorável e não entendiam direito, nos achavam malucos por gostarmos daquele tipo de cobertura. Afinal, dali a pouco deveríamos estar de novo na avenida. Era só o tempo de ir prá casa, tomar um banho, comer alguma coisinha e voltar para a Passarela do Samba.

Isso, sem contar a cobertura das escolas campeãs, na Quarta-feira de Cinzas, que é outra história.

Êta maluquice gostosa!!!!!!!!!!!!

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Só para os meus alunos

Trabalho neste semestre com duas turmas mais do que especiais: uma que está chegando à faculdade e outra que se prepara para deixá-la.

Dois extremos no sentido da aprendizagem do Jornalismo, mas pessoas idênticas na busca por um ideal, por crescimento pessoal e na esperança de poder contribuir para uma sociedade mais humana, digna.

Vocês não imaginam o quanto é importante para mim estarmos juntos em mais uma jornada de vida.

Em troca por essa oportunidade, ofereço a vocês um dos mantras que mais gosto. Ele diz respeito exatamente à Educação, e me foi ensinado por uma das minhas queridas professoras de yoga, para ser repetido e praticado sempre.


"Que juntos nos protejamos
Que juntos nos reforcemos
Que nunca haja um malentendido entre nós
E que juntos obtenhamos o melhor êxito dos ensinamentos".

Namastê!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Sobre cátedras

Há palavras que não são constantes no nosso cotidiano e cátedra é uma delas.

Poucos estudantes têm contato com o termo, não sabem seu significado e importância.

Dá-se o nome de cátedra às alianças entre determinada empresa e um curso de graduação, através das quais disciplinas de um currículo são ministradas/ampliadas periodicamente por profissionais atuantes nas empresas.

Há cátedras voltadas aos graduandos e também aos profissionais e ao público em geral.

Existem várias cátedras de Comunicação (em especial Jornalismo), algumas muito conhecidas e respeitadas. Exemplos:

Cátedra da Unesco/IMS de Comunicação para o Desenvolvimento Regional, parceria entre a Unesco (organismo da ONU) e o Instituto Metodista de Ensino Superior.

Cátedra Octávio Frias de Oliveira e Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAM) em conjunto com a Folha de São Paulo.

Cátedra do Instituto RBS - Diário Catarinense e a Universidade Federal de Santa Catarina.

Cátedra IstoÉ e Universidade São Judas.


Normas éticas regem as cátedras, que têm coordenadores nas faculdades e empresas.

As ações das cátedras envolvem visitas técnicas, seminários, aulas expositivas semanais, apoio a pesquisas e a trabalhos de conclusão de curso, cursos de especialização, entre outros.

Bom para as empresas que ganham bônus para seus balanços sociais e bom para os estudantes e recém-formados, que conquistam diferenciais diante da concorrência e se aproximam da realidade do mercado de trabalho.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Ofício do jornalista

*"Assim como o advogado, o médico, o engenheiro, etc., não é diferente o ofício do jornalista, que é o operário da palavra, e que imprescindivelmente tem que frequentar o curso e jornalismo em escola superior para sua correta formação profissional.

"O papel do jornalista no Brasil não é o do qualquer cidadão, pois para o exercício da profissão é necessária a reflexão sobre a informação, tarefa difícil no cotidiano das redações e cuja aprendizagem, de modo adequado e intransferível, ainda é adquirida no curso superior de jornalismo, do qual não se pode abrir mão.

"A obrigatoriedade do diploma para o exercício da atividade de jornalista, não fez excluir dos meios de comunicação outras pessoas que não tenham o aludido diploma, tais como cientistas, intelectuais, outros profissionais liberais ou qualquer cidadão; na medidia em que foi criado a figura dos colaboradores que já a par de sua importância como fonte de informação, até hoje contribuem com seus artigos, crônicas, ensaios, críticas, elaborados dentro da área de especialidade em que atuam (medicina, direito, economia, engenharia, etc.)".

*João Roberto Egydio Piza Fontes (advogado).
Artigo publicado no livro Formação Superior em Jornalismo - uma exigência que interessa à sociedade.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Circulação de jornais cresceu 5% em 2008, diz instituto

Os donos de jornais podem até reclamar da falta de dinheiro, mas enquanto houver lançamentos imobiliários e automóveis para vender - cuja divulgação ocupa cadernos e mais cadernos de publicidade e rende milhões - os jornais impressos não correm o risco de acabar. É só ler o texto abaixo:


"Enquanto as ações dos jornais americanos registraram uma queda de 83% em média na bolsa de Nova Iorque em 2008, os dados do consolidado anual divulgado pelo Instituto Verificador de Circulação (IVC) apontam um crescimento de 5% na circulação dos jornais brasileiros em 2008, disse o portal AdNews.


No ranking de circulação dos títulos nacionais durante o mês de dezembro, a Folha de S.Paulo (SP), O Globo (RJ) e Super Notícia (MG) ficaram em primeiro, segundo e terceiro lugares, respectivamente".

(Fonte: Jornal das Américas- Blog de Notícias)

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Para ver mais opções, visite este grupo em
http://groups.google.com/group/sindicatopralutar?hl=pt-BR?hl=pt-BR

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Três chapas inscritas para comissão eleitoral do SJSP

Foi eleita nesta segunda-feira (02/02), a comissão que coordenará o processo eleitoral para a diretoria do SJSP no triênio 2009-2012. Três chapas foram inscritas pelas forças presentes à assembléia, realizada na sede do Sindicato com a participação de 88 jornalistas com direito a voto.

Com a mudança do estatuto, realizada no ano passado, as chapas puderam indicar proporcionalmente os membros da comissão eleitoral, de acordo com o número de votos computados.

A Chapa A, apresentada por um grupo encabeçado por ex-diretores, obteve 17% dos votos válidos; a Chapa B, pelo grupo Sindicato é pra Lutar - que há anos faz oposição a diretoria, teve 37,5% e a Chapa C, organizada pela atual diretoria, obteve 45%. Foram registradas 4 abstenções. Com isso, as cinco vagas da comissão foram distribuídas nesta proporção: 2 para a Chapa B, 2 para a Chapa C e 1 para a Chapa A.

A composição final é esta: Everaldo Gouveia (pela Chapa A); Tsuli Marimatsu e Orliano Cunha - Leon (Chapa B); Amadeu Memolo e Antonio Pereira de Oliveira (Chapa C). Na próxima semana, a comissão fará a reunião para estabelecer o calendário eleitoral, conforme previsto no estatuto.

O presidente do SJSP, Guto Camargo, afirma que a proporcionalidade foi um avanço. "Foi uma assembleia representativa, os debates foram tranquilos e esta mudança permite que todas as forças participem da eleição, o que não acontecia anteriormente. É uma vitória da democracia", concluiu.

(fonte: SJSP 4/2/2009)

Obs.: Eu estou com chapa do Pedro Pomar (B).

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O açougueiro e o camelô

*Vez por outra, repassarei frases de jornalistas e/ou professores de Jornalismo que defendem a exigência do diploma para o exercício da profissão. Hoje escolhi dois argumentos de Carlos Chagas, jornalista e professor da Universidade de Brasilía.

"Tome-se o seu Manoel, do açougue ali da esquina. É um craque no manejo do facão. Tira costelas e filés como ninguém. Por conta disso estará autorizado a trocar o avental pelo jaleco, entrar num hospital e operar alguém com apendicite?".

"O Camelô da Central do Brasil ou do Viaduto do Chá tornou-se mestre da palavra. Discursa como poucos, convence todo o mundo a comprar os produtos expostos em seu tabuleiro. Por isso deveria vestir beca, adentrar o Tribunal de Justiça e sustentar uma causa?"


*Extraídos do livro: Formação Superior em Jornalismo. Uma exigência que interessa à sociedade.