O caro abaixo é significativo para analisarmos a questão do sigilo da fonte e até onde ele é válido.
O jornalista francês Laurent Richard está causando polêmica por ter revelado à polícia a identidade de supostos pedófilos que entrevistou em uma reportagem para o programa Les Infiltrés. A matéria, feita com uma câmera escondida, será exibida nesta terça-feira, no canal estatal France 2.
Por causa da denúncia, 22 pessoas foram presas na França e uma no Canadá.
Para a reportagem, Richard fingiu ser uma garota de 12 anos chamada Jéssica. Depois, filmou os encontros com diversos homens. Na matéria, que levou cerca de um ano para ser realizada, as vozes foram alteradas e os rostos não são exibidos.
"Quando eu disse que era jornalista e que estava com uma câmera, eles não fugiram e aceitaram falar", explica Richard.
O jornalista também fingiu ser um pedófilo para entrar em contato com redes que trocam imagens de pornografia infantil. Nesse caso, sem avisar que as pessoas estavam sendo entrevistadas.
Para justificar a divulgação das fontes para a polícia, Richard diz ter feito “o que todo cidadão deve fazer” diante da “gravidade dos fatos”.
“Quando detemos informações que podem impedir tentativas de corrupção de menores ou o estupro de crianças, é normal levar o caso à polícia”, afirma.
Polêmica
O secretário-geral do Sindicato Nacional dos Jornalistas da França, Dominique Predalié, criticou a postura de Richard. Ele disse estar “escandalizado” e que “os jornalistas não devem divulgar suas fontes”.
Hervé Chebalier, presidente da Agência Capa, que produziu a reportagem, defendeu a posição do jornalista, alegando que a equipe cumpriu a lei, que prevê penas e multa para quem tiver conhecimento de violações sexuais e não informar as autoridades.
Fonte: Comunique-se, com informações da BBC.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
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