segunda-feira, 17 de maio de 2010

Integração e inclusão

Os direitos das pessoas com deficiência avançaram de uma prática de segregação ao modelo da integração, para agora chegar ao conceito de sociedade inclusiva.

Sem saber o que é sociedade inclusiva, o jornalista não vai conseguir fazer matérias interessantes e importantes sobre o tema. E não ajudará em nada a sociedade.

Durante muitos séculos as pessoas com deficiência eram consideradas inválidas e socialmente inúteis. Até o final da década de 1940, impunha-se a essas pessoas a internação definitiva em instituições fechadas.

Surge então o movimento de integração, propondo a adaptação das pessoas com deficiência ao meio social. A integração nos induz a acreditar que podemos escolher quais seres humanos têm direito a estar nas escolas, nos parques de diversão, nas igrejas, nos ambientes de trabalho, em todos os lugares. É uma injustiça do modelo integrativo, que só aceitava quem estava pronta ou quase pronta para esse ingresso social.

A partir de 1980 se inicia uma inquietação sobre os limites dessa interação, que ganha forma no conceito de inclusão. Desde 1999 o Brasil tem ratificado seu compromisso com a inclusão. = uma sociedade global para todos. Força inclusiva da nossa Constituição. Lei federal nº 7.853. “É crime passível de punição qualquer tentativa de impedir que uma pessoa com deficiência frequentasse uma escola de sua comunidade.

A inclusão, ao contrário da integração, aponta para um novo caminho. Nela, nossas decisões são guiadas pela certeza de que o direito de escolher seres humanos é filosoficamente ilegítimo, além de anticonstitucional.

Uma sociedade inclusiva tem compromisso com as minorias e não apenas com as pessoas com deficiências. Tem compromisso com elas e sua diversidade. É um movimento com características políticas.

Como filosofia, incluir é a crença de que todos têm direito de participar ativamente da sociedade.

Como ideologia, a inclusão vem para quebrar barreiras em torno de grupos estigmatizados.
A inclusão é para todos porque somo diferentes. Todos.

A partir da certeza de que todos somos diferentes, não existem os especiais, os normais, os excepcionais. O que existe são pessoas com deficiência.

O adjetivo inclusive é quando se busca qualidade para todas as pessoas com e sem deficiência (escola inclusiva, trabalho inclusivo, lazer inclusivo, etc).


Fonte: Diversidade, Mídia e deficiência. ANDI – Fundação Banco do Brasil.

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