Os anos em que fui coordenadora de curso de Jornalismo me permitiram sentir na pele o quanto é difícil preparar um encontro, seminário, fórum ou seja lá o que idealizamos em nome do conhecimento. Quem já fez algo assim, conhece a dor e delícia que isso significa.
Daí, meu apoio aos organizadores do 2º Encontro de Jornalismo Ambiental da Costa da Mata Atlântica, que ocorreu sábado passado, no Senac-Santos, em comemoração a um ano de existência do Núcleo de Jornalismo Ambiental de Santos.
O tema, Mata Atlântica: conhecer para conservar, apesar de muito oportuno, não conseguiu levar para o auditório mais do que 70 pessoas - isso no início dos trabalhos.
Por volta das 17 horas, menos de um terço desse número compunha a plateia.
Fábio Olmos, com doutorado em Ciências Biológicas, com larga experiência em manejo ambiental, inventários de biodiversidade, foi um dos destaques na tarde, seguido pela jornalista Miriam Duailibi, do Instituto Ecoar, que atualmente coordena o curso de pós-graduação em Mudanças Climáticas e Mercado de Carbono pelo instituto. E as belas fotos do fotógrafo especializado em meio ambiente, Du Zuppani, encantaram.
"Mas... e as políticas públicas?" - indagou uma ativista, já no final do evento. "Estou aqui, sentada, há quatro horas, esperando algo sobre políticas públicas, e nada".
Ela estava com razão. Mas, em parte.
Bem ou mal, quem passou a tarde de sábado no evento buscava aprender e também sensibilizar pessoas - sejam jornalistas, estudantes e/ou profissionais de outras áreas -, sobre a necessidade do conhecimento para a ação.
Tinha pouca gente? Tinha. Deixaram se ser discutidos assuntos importantes como as políticas públicas? Sim. Afinal, Jornalismo e políticas púbicas têm que caminhar juntos.
Mas, algo foi feito.
É o tal do trabalho de formiguinha.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
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