quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Brasileiros defendem diploma para jornalistas

Os brasileiros defendem o diploma para que jornalistas exerçam a profissão. Pesquisa de opinião realizada pela Fenaj/Sensus aponta que 74,3% dos dois mil entrevistados em território nacional disseram ser a favor do diploma, contra 13,9% que defendem a atuação jornalística sem o documento. Os que não souberam e não responderam foram 11,7%.

Questionados se um Conselho Federal dos Jornalistas deve ser criado, para a regulamentação da profissão, como acontece com a OAB, para os advogados, e o CREA, para os engenheiros, 74,8% aprovaram a idéia, contra 8,3% que rejeitaram - 6,5% responderam que depende/talvez e 10,4% não sabem ou não responderam.

Sobre a credibilidade das notícias, 42,7% acreditam no que lêem, ouvem ou assistem, enquanto 41,6% acreditam parcialmente, 12,2% não acreditam e 3,5% não sabem ou não responderam.

“Acho que no geral o resultado da pesquisa é positivo para a imprensa. Fiquei surpreso porque as pessoas acreditam nos jornalistas, o que aumenta o nosso grau de credibilidade e o nosso desafio para ampliar isso. A credibilidade é o maior patrimônio de um jornalista. É ela que nos diferencia dos blogueiros, por exemplo. É o jornalista que pode atestar que a informação é veraz, que pode ser usada”, disse o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Sérgio Murillo de Andrade.

Ele contou que alguns diretores da Fenaj tinham dúvida em fazer a pesquisa já que o debate a respeito do diploma é restrito a veículos especializados, como o Comunique-se, e não aos de grande alcance. “O resultado é natural. O sujeito que tá na rua vai querer o melhor médico, o melhor professor para seu filho, o melhor advogado. Por que vai querer o pior jornalista?”.

Ele já tem em mãos 11 cópias do relatório da pesquisa e vai entregar na tarde desta terça-feira os documentos nos gabinetes dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já que está próxima a votação da exigência do diploma.

A pesquisa foi realizada entre 15 e 19/09 em todo o País, com sorteio aleatório de 136 municípios pelo método da Probabilidade Proporcional ao Tamanho (PPT). A margem de erro é de 3% para mais ou para menos.

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