segunda-feira, 28 de julho de 2008

Convergência de mídias

Não é preciso ter bola de cristal para adivinhar, nem ser um estudioso para concluir: o futuro é a dinâmica da interação.

Interagir já é palavra de ordem, e o jornalismo não pode se voltar a essa realidade.
Seja no telejornalismo, no radiojornalismo, nos veículos impressos e on-line, transmitir opiniões das fontes não é mais o suficiente. Além de passar a ser fonte, devemos como jornalistas, facilitar os meios de interação com o público, permitir que as pessoas se expressem, opinem, participem.

Ou seja: é preciso rever conceitos, sair da mesmice de pautas insossas, repetitivas, sem originalidade. Não somos mais meros transmissores de informação, precisamos ser criativos na busca de mecanismos de interação, de envolvimento da sociedade.

A Internet é o grande veículo para essa interação. Os web jornais exigem diálogo com o leitor, exigem pensar o usuário também com esse papel.

Cerca de 70% do tráfego da Internet é baixar, copiar e ceder. Quem baixar uma música a está copiando de outra pessoa e está sendo ao mesmo tempo copiado. Nem a TV escapa: seu futuro é ser assistida do computador, pela Internet, com o espectador contribuindo para o conteúdo.

Mas o processo não pára aí, vai mais além, ultrapassa a interatividade e ganha a convergência, a agregação. É preciso agregar conteúdos de mídias.

Alguns veículos já se posicionaram claramente sobre isso. Os jornalistas do Correio Brasiliense, através de um acordo com a Universidade de Brasília (Unb), estão participando de um curso multimídia para aprendem a trabalhar com os multimeios.

Afinal, a realidade da Redação de um veículo impresso é outra: dentro dela, ligados e conectados ininterruptamente estão a TV, o rádio, a Internet. Repórteres que antes só escreviam para o impresso, agora fazem matérias para o web jornal, e tudo vai para a Internet. É o preço do sucesso: estar interligado a várias mídias ao mesmo tempo.

De olho na convergência, as operadoras de telefonia usam o celular para ouvir música, gravar, fotografar, ver TV e transmitir notícias. Tá certo que são notícias sintéticas, com diminutos e tantas vezes pobres leads mais do que absolutos, que mal respondem ao que, quem e quando. Mas são notícias.

As redes estão aí também para receber documentários, fotos, ilustrações, exigindo aperfeiçoamento também dos jornalistas de imagem.

Estamos todo no mesmo processo de mudanças, de novos paradigmas, novas tecnologias. É necessário estarmos aptos a isso, é fundamental preparamos os futuros jornalistas para essa realidade.

Isso também se chama responsabilidade social.

Um comentário:

Unknown disse...

Esperamos que os cursos da área de comunicação social,já estejam se adequando a essa nova realidade. E que logo tenhamos recem-formados preparados para esse novo momento.