Sabe-se que a marcação do tempo é uma história de poder e também um auxiliar do homem para se organizar. E que são vários os calendários existentes.
Acredito no tempo pessoal, interior, aquele que nos leva a aprender, a crescer por dentro.
Meu desejo: que no próximo ano sejamos pessoas melhores para nós mesmos, para os que nos cercam, para o mundo.
Feliz 2009, 5770, 7519...
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
domingo, 28 de dezembro de 2008
O futuro do jornal
Postado por
Arylce Tomaz
às
14:26
Pode-se ler nas edições de hoje de grande parte dos jornais, reportagens, artigos, notas, crônicas, matérias especiais, enfim... algo ou muito sobre o futuro próximo, ou seja: o ano de 2009.
Previsões pessoais sobre amor, dinheiro, saúde são ditadas pelos astros, por adivinhadores do futuro.
Crescimento (ou não) econômico, da violência, do desemprego, etc, etc são argumentos dos especialistas.
E em meio a isso tudo, o analista econômico e jornalista Celso Ming aborda o futuro dos jornais impressos.
Li com atenção ele relembrar as crises financeiras por que passaram em 2008 grandes jornais internacionais como o The Christian Science Monitor, que a partir de 2009 não terá mais edições diárias impressas, apenas on line.
Que no início deste mês, o New York Times hipotecou um edifício-sede em Manhattan para garantir empréstimo, tomado para equilibrar as finanças.
Que também em dezembro, o grupo Tribune, que controla o Los Angeles Times (460 mil exemplares diários) e o Chicago Tribune (864 mil) além de 23 canais de TV, pediu concordata. E por aí vai...
A opinião de Ming não difere da maioria absoluta dos seus colegas jornalistas: os jornais não conseguem acompanhar a internet, a TV, o rádio. Não mostram nada que já não seja do conhecimento de todos.
O veredicto? Ah! Também é idêntico à opinião de todos os jornalistas: os jornais precisam mudar, fazer a transição, não se sabe qual, mas fazer.
Minha contribuição ao tema: empresas jornalísticas e escolas de jornalismo caminharem juntas na transição que levará ao novo. Esse é um dos papéis da universidade.
Afinal, tudo muda. É a lógica da evolução.
Previsões pessoais sobre amor, dinheiro, saúde são ditadas pelos astros, por adivinhadores do futuro.
Crescimento (ou não) econômico, da violência, do desemprego, etc, etc são argumentos dos especialistas.
E em meio a isso tudo, o analista econômico e jornalista Celso Ming aborda o futuro dos jornais impressos.
Li com atenção ele relembrar as crises financeiras por que passaram em 2008 grandes jornais internacionais como o The Christian Science Monitor, que a partir de 2009 não terá mais edições diárias impressas, apenas on line.
Que no início deste mês, o New York Times hipotecou um edifício-sede em Manhattan para garantir empréstimo, tomado para equilibrar as finanças.
Que também em dezembro, o grupo Tribune, que controla o Los Angeles Times (460 mil exemplares diários) e o Chicago Tribune (864 mil) além de 23 canais de TV, pediu concordata. E por aí vai...
A opinião de Ming não difere da maioria absoluta dos seus colegas jornalistas: os jornais não conseguem acompanhar a internet, a TV, o rádio. Não mostram nada que já não seja do conhecimento de todos.
O veredicto? Ah! Também é idêntico à opinião de todos os jornalistas: os jornais precisam mudar, fazer a transição, não se sabe qual, mas fazer.
Minha contribuição ao tema: empresas jornalísticas e escolas de jornalismo caminharem juntas na transição que levará ao novo. Esse é um dos papéis da universidade.
Afinal, tudo muda. É a lógica da evolução.
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Sonhar faz bem
Postado por
Arylce Tomaz
às
19:33
Sou cética quanto à exatidão de algumas datas importantes, e dentre elas está o Natal.
Não acredito que o Jesus tenha nascido no dia 25 de dezembro, e acompanho com interesse os estudiosos que buscam se aproximar da verdade desse fato, cientificamente, longe do clamor da fé.
Mas isso não me impede de querer uma festa em nome de Cristo no dia 25 de dezembro.
Aliás, essa festa, na essência do seu significado, deveria existir na mente dos seres humanos, independente da fé professada, em todas as datas.
Pra vocês, amigos, meu desejo de feliz Natal todos os dias de 2009!
Não acredito que o Jesus tenha nascido no dia 25 de dezembro, e acompanho com interesse os estudiosos que buscam se aproximar da verdade desse fato, cientificamente, longe do clamor da fé.
Mas isso não me impede de querer uma festa em nome de Cristo no dia 25 de dezembro.
Aliás, essa festa, na essência do seu significado, deveria existir na mente dos seres humanos, independente da fé professada, em todas as datas.
Pra vocês, amigos, meu desejo de feliz Natal todos os dias de 2009!
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Fazer jornalismo não é escrever crônica
Postado por
Arylce Tomaz
às
22:39
O que é jornalismo e o que o distingue da literatura?
Essa pergunta, de resposta fácil para os estudantes de jornalismo, que ao longo do curso travam conhecimento com os gêneros jornalísticos, pode se transformar numa grande batalha para os leigos.
Ela serviu, inclusive, como um dos argumentos para a “guerra” que está sendo travada na Justiça, objetivando eliminar a obrigatoriedade da graduação em jornalismo para o exercício da profissão.
Sim, isso acontece até sob a alegação de que não há espaço e liberdade de expressão nos meios de comunicação para o simples cidadão (entenda-se o não graduado em jornalismo) se expressar.
E aí começa a primeira confusão. Meios de comunicação e meios jornalísticos interagem, mas são diferentes. O que não impede as pessoas de terem espaço nos veículos jornalísticos para se expressarem.
Particularmente, vejo a crônica como um legítimo gênero literário que colabora com o meio jornalístico, seja qual for o suporte deste último: jornal revista, rádio, TV ou internet.
A crônica preenche parte dos espaços destinados ao lazer, cultura e entretenimento que compõem os veículos de comunicação (onde se instala o jornalismo), simplesmente porque são significativos às ações humanas.
O jornalista e professor universitáriio Welligton Pereira, autor do livro Crônica: a arte do útil e do fútil (editora Calandra, 2004), faz um interessante estudo sobre a crônica e sua trajetória, expondo várias teorias sobre o assunto e sua inegável contribuição para a arte literária.
Para fazer uma boa crônica é preciso gostar e saber escrever, ter boas histórias para contar. Muitos jornalistas, inclusive, gostam e escrevem crônicas muito bem.
De minha parte, a crônica é importante na comunicação, da mesma forma que as histórias em quadrinhos. Ambas servem para a manifestação de diferentes gêneros de comunicação. Mas, atenção: não se trata de gênero jornalístico.
Ela permite aos que gostam e/ou precisam se comunicar com a sociedade que o façam, sem a pretensão de serem ou se considerarem profissionais da imprensa.
São também exemplos dessa situação aquelas pessoas que manifestam suas preocupações, reclamações, agradecimentos etc, através de cartas ou e-mails enviados aos jornais e publicados em colunas denominadas “carta do leitor”, “você reclama”, entre outros. Nesses espaços escrevem médicos, pedreiros, advogados, jardinheiros, donas-de-casas, desempregados, estudantes... Cidadãos.
O que é muito diferente de fazer jornalismo.
Jornalismo é outra história.
Essa pergunta, de resposta fácil para os estudantes de jornalismo, que ao longo do curso travam conhecimento com os gêneros jornalísticos, pode se transformar numa grande batalha para os leigos.
Ela serviu, inclusive, como um dos argumentos para a “guerra” que está sendo travada na Justiça, objetivando eliminar a obrigatoriedade da graduação em jornalismo para o exercício da profissão.
Sim, isso acontece até sob a alegação de que não há espaço e liberdade de expressão nos meios de comunicação para o simples cidadão (entenda-se o não graduado em jornalismo) se expressar.
E aí começa a primeira confusão. Meios de comunicação e meios jornalísticos interagem, mas são diferentes. O que não impede as pessoas de terem espaço nos veículos jornalísticos para se expressarem.
Particularmente, vejo a crônica como um legítimo gênero literário que colabora com o meio jornalístico, seja qual for o suporte deste último: jornal revista, rádio, TV ou internet.
A crônica preenche parte dos espaços destinados ao lazer, cultura e entretenimento que compõem os veículos de comunicação (onde se instala o jornalismo), simplesmente porque são significativos às ações humanas.
O jornalista e professor universitáriio Welligton Pereira, autor do livro Crônica: a arte do útil e do fútil (editora Calandra, 2004), faz um interessante estudo sobre a crônica e sua trajetória, expondo várias teorias sobre o assunto e sua inegável contribuição para a arte literária.
Para fazer uma boa crônica é preciso gostar e saber escrever, ter boas histórias para contar. Muitos jornalistas, inclusive, gostam e escrevem crônicas muito bem.
De minha parte, a crônica é importante na comunicação, da mesma forma que as histórias em quadrinhos. Ambas servem para a manifestação de diferentes gêneros de comunicação. Mas, atenção: não se trata de gênero jornalístico.
Ela permite aos que gostam e/ou precisam se comunicar com a sociedade que o façam, sem a pretensão de serem ou se considerarem profissionais da imprensa.
São também exemplos dessa situação aquelas pessoas que manifestam suas preocupações, reclamações, agradecimentos etc, através de cartas ou e-mails enviados aos jornais e publicados em colunas denominadas “carta do leitor”, “você reclama”, entre outros. Nesses espaços escrevem médicos, pedreiros, advogados, jardinheiros, donas-de-casas, desempregados, estudantes... Cidadãos.
O que é muito diferente de fazer jornalismo.
Jornalismo é outra história.
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
RECORD SAI NA FRENTE DA GLOBO E TEM O PRIMEIRO CORRESPONDENTE NA ÁFRICA
Postado por
Arylce Tomaz
às
13:36
Olá, pessoal, vale muito ler o texto abaixo, sobre telejornalismo, colaboração da Chrys Leite.
O nome da vez no telejornalismo nacional é Luiz Fara Monteiro. O ex-apresentador do programa Café com o Presidente, da antiga Radiobrás, entra para a história do segmento como o primeiro correspondente da tv comercial brasileira na África. Desde a década de 60, quando começaram as transmissões internacionais no país, nenhuma emissora de tv comercial mantém um repórter fixo para a divulgação das notícias do continente. Nem mesmo a rede Globo, pioneira nessas transmissões, “quis“ ou “pôde” dar esse passo.
Se fizermos as contas, são mais de 40 anos de esquecimento. Mais de 40 anos de isolamento e exclusão. Até este começo de dezembro, era como se a África não existisse.
Mas como e por que ignorar um território tão grande e populoso? A África é o terceiro continente do mundo em tamanho, só perde para a Ásia e as Américas; e o segundo, em população. Por lá, vivem mais de 800 milhões de pessoas. Não sou cientista política, economista, socióloga ou antropóloga, por isso não vou me atrever a responder a essa pergunta, mas acredito que os africanos não podem ser ignorados.
IMAGEM É TUDO
Arrisco dizer que a decisão da rede Record em criar um “posto avançado” na África está mais ligada a questões mercadológicas e políticas do que à vontade de aprimorar o trabalho jornalístico. Na verdade, creio que a Record fez isso pra não perder a chance de ser pioneira, afinal, mais cedo ou mais tarde alguém implantaria a mesma idéia. Lembro-me bem da previsão feita em abril de 2007, pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Franklin Martins. Na época, ele afirmou que quando a TV Brasil (televisão pública brasileira) contratasse um correspondente para atuar na África, as emissoras brasileiras iriam atrás em dois ou três anos. Franklin só errou na data. Menos de um ano depois da estréia do correspondente da Tv Brasil no vídeo, a Record escala Luiz Fara Monteiro.
SEGUNDO LUGAR E VICE NÃO FAZEM HISTÓRIA
Dizem os profissionais de marketing que uma empresa que é pioneira em algo tem mais chances de garantir um espaço na mente do seu consumidor ou potencial consumidor. O pioneirismo pode influenciar, inclusive, no posicionamento de uma empresa frente ao Mercado. Trocando em miúdos, ser lembrado com simpatia pode, lá na frente, interferir positivamente no market share de uma organização, ou seja, na posição que ela ocupa em relação à concorrência. Resumindo, ter um correspondente na África, além de ser politicamente correto pode ser um excelente negócio para a Record.
OLHAR BRASILEIRO
A presença de Luiz na África, se bem aproveitada, vai resultar um ganho e tanto para o telejornalismo brasileiro. Apesar de ser rica em notícias e "pautas", a África nunca teve o espaço que merece na mídia. Apenas tragédias e problemas como fome, epidemias, conflitos étnicos e políticos são divulgados no Brasil, e sempre a partir do olhar de europeus e americanos, ou seja, a partir da visão de países desenvolvidos que têm referenciais bem diferentes dos nossos. Parece que o jornalismo brasileiro (ou seriam os empresários da comunicação?) também esquece o quanto nosso país tem pontos em comum com os países africanos e o quanto nosso povo se identifica com os povos dessas nações. A África possui uma riqueza histórica, turística e cultural impressionante e que, em vários aspectos, tem tudo a ver conosco. Enfim, vai ser um grande prazer acompanhar as reportagens que chegarão do território vizinho, um lugar que, além de tudo, conta com paisagens deslumbrantes e um grande potencial para nos surpreender.
Resumo da ópera: no momento só tenho que parabenizar a Record pela iniciativa e desejar que essa novidade não seja só um “fogo de palha", uma "jogada de marketing", uma ação a ser revertida ao primeiro sinal de dificuldade.
Chrystianne Leite
Jornalista especializada em Comunicação com o Mercado pela ESPM-SP e
Coordenadora do curso de Jornalismo da Unimonte
O nome da vez no telejornalismo nacional é Luiz Fara Monteiro. O ex-apresentador do programa Café com o Presidente, da antiga Radiobrás, entra para a história do segmento como o primeiro correspondente da tv comercial brasileira na África. Desde a década de 60, quando começaram as transmissões internacionais no país, nenhuma emissora de tv comercial mantém um repórter fixo para a divulgação das notícias do continente. Nem mesmo a rede Globo, pioneira nessas transmissões, “quis“ ou “pôde” dar esse passo.
Se fizermos as contas, são mais de 40 anos de esquecimento. Mais de 40 anos de isolamento e exclusão. Até este começo de dezembro, era como se a África não existisse.
Mas como e por que ignorar um território tão grande e populoso? A África é o terceiro continente do mundo em tamanho, só perde para a Ásia e as Américas; e o segundo, em população. Por lá, vivem mais de 800 milhões de pessoas. Não sou cientista política, economista, socióloga ou antropóloga, por isso não vou me atrever a responder a essa pergunta, mas acredito que os africanos não podem ser ignorados.
IMAGEM É TUDO
Arrisco dizer que a decisão da rede Record em criar um “posto avançado” na África está mais ligada a questões mercadológicas e políticas do que à vontade de aprimorar o trabalho jornalístico. Na verdade, creio que a Record fez isso pra não perder a chance de ser pioneira, afinal, mais cedo ou mais tarde alguém implantaria a mesma idéia. Lembro-me bem da previsão feita em abril de 2007, pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Franklin Martins. Na época, ele afirmou que quando a TV Brasil (televisão pública brasileira) contratasse um correspondente para atuar na África, as emissoras brasileiras iriam atrás em dois ou três anos. Franklin só errou na data. Menos de um ano depois da estréia do correspondente da Tv Brasil no vídeo, a Record escala Luiz Fara Monteiro.
SEGUNDO LUGAR E VICE NÃO FAZEM HISTÓRIA
Dizem os profissionais de marketing que uma empresa que é pioneira em algo tem mais chances de garantir um espaço na mente do seu consumidor ou potencial consumidor. O pioneirismo pode influenciar, inclusive, no posicionamento de uma empresa frente ao Mercado. Trocando em miúdos, ser lembrado com simpatia pode, lá na frente, interferir positivamente no market share de uma organização, ou seja, na posição que ela ocupa em relação à concorrência. Resumindo, ter um correspondente na África, além de ser politicamente correto pode ser um excelente negócio para a Record.
OLHAR BRASILEIRO
A presença de Luiz na África, se bem aproveitada, vai resultar um ganho e tanto para o telejornalismo brasileiro. Apesar de ser rica em notícias e "pautas", a África nunca teve o espaço que merece na mídia. Apenas tragédias e problemas como fome, epidemias, conflitos étnicos e políticos são divulgados no Brasil, e sempre a partir do olhar de europeus e americanos, ou seja, a partir da visão de países desenvolvidos que têm referenciais bem diferentes dos nossos. Parece que o jornalismo brasileiro (ou seriam os empresários da comunicação?) também esquece o quanto nosso país tem pontos em comum com os países africanos e o quanto nosso povo se identifica com os povos dessas nações. A África possui uma riqueza histórica, turística e cultural impressionante e que, em vários aspectos, tem tudo a ver conosco. Enfim, vai ser um grande prazer acompanhar as reportagens que chegarão do território vizinho, um lugar que, além de tudo, conta com paisagens deslumbrantes e um grande potencial para nos surpreender.
Resumo da ópera: no momento só tenho que parabenizar a Record pela iniciativa e desejar que essa novidade não seja só um “fogo de palha", uma "jogada de marketing", uma ação a ser revertida ao primeiro sinal de dificuldade.
Chrystianne Leite
Jornalista especializada em Comunicação com o Mercado pela ESPM-SP e
Coordenadora do curso de Jornalismo da Unimonte
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Contratação de PJ
Postado por
Arylce Tomaz
às
12:39
Você sabe o que é PJ?
Pois bem, é sigla de pessoa jurídica, e que significa uma forma de terceirização de serviços através da contratação do jornalista como pessoa jurídica.
Para trabalhar, o jornalista precisa abrir uma empresa. O que o leva, conseqüentemente, a perder seus direitos como empregado, a exemplo de férias, 13º salário e, em caso de doença, não recebe pelos dias não trabalhados.
Ao optar por essa forma de trabalho, o profisisonal deve verificar se o valor contratado vale a perda dos benefícios trabalhistas.
Os sindicatos dos jornalistas mostram-se contrários a esse tipo de prestação de serviço, alegando, entre outros problemas, que o mesmo coloca na informalidade uma grande quantidade de jornalistas.
Pois bem, é sigla de pessoa jurídica, e que significa uma forma de terceirização de serviços através da contratação do jornalista como pessoa jurídica.
Para trabalhar, o jornalista precisa abrir uma empresa. O que o leva, conseqüentemente, a perder seus direitos como empregado, a exemplo de férias, 13º salário e, em caso de doença, não recebe pelos dias não trabalhados.
Ao optar por essa forma de trabalho, o profisisonal deve verificar se o valor contratado vale a perda dos benefícios trabalhistas.
Os sindicatos dos jornalistas mostram-se contrários a esse tipo de prestação de serviço, alegando, entre outros problemas, que o mesmo coloca na informalidade uma grande quantidade de jornalistas.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Direito autoral do jornalista
Postado por
Arylce Tomaz
às
15:20
O jornalista é um autor intelectual, independente do meio em que atua.
A Associação Brasileira para a Proteção da Propriedade Intelectual dos Jornalistas (Apijor), braço da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), é a representante legítima e única de todos os jornalistas para as questões de direitos autorais.
Este ano, a temática dos direitos autorais está em ampla discussão entre governo, sociedades de autores e outras instituições, tendo a Lei nº 9.610, de fevereiro de 1998, conhecida como a Lei do Direito Autorial, objeto de questionamentos, por ser considerada muito restritiva.
A intenção é uma futura alteração na lei, ainda em 2009. Segundo a Apijor, hoje, as empresas de comunicação utilizam, sem autorização do autor, as obras jornalísticas nas suas mais diversas mídias: jornais, revistas, sites na Internet, sem que o profissional ganhe nada por isso.
Para a Apijor, o autor é o único dono de sua obra. Só ele pode vender ou autorizar a venda de sua obra. Qualquer negociação que se faça sem a autorização expressa do autor é ilegal. E destaca: a Internet é uma mídia como qualquer outra.
A atuação dos professores dos cursos de Jornalismo nesse sentido é fundamental. Os alunos devem ser conscientizados, desde o princípio, que é ilegal copiar textos ou partes de reportagens publicados por outros profissionais.
Isso diz respeito, inclusive, a estatísticas. Uma vez citadas, devem estar acompanhadas da identificação da fonte e do autor.
A Associação Brasileira para a Proteção da Propriedade Intelectual dos Jornalistas (Apijor), braço da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), é a representante legítima e única de todos os jornalistas para as questões de direitos autorais.
Este ano, a temática dos direitos autorais está em ampla discussão entre governo, sociedades de autores e outras instituições, tendo a Lei nº 9.610, de fevereiro de 1998, conhecida como a Lei do Direito Autorial, objeto de questionamentos, por ser considerada muito restritiva.
A intenção é uma futura alteração na lei, ainda em 2009. Segundo a Apijor, hoje, as empresas de comunicação utilizam, sem autorização do autor, as obras jornalísticas nas suas mais diversas mídias: jornais, revistas, sites na Internet, sem que o profissional ganhe nada por isso.
Para a Apijor, o autor é o único dono de sua obra. Só ele pode vender ou autorizar a venda de sua obra. Qualquer negociação que se faça sem a autorização expressa do autor é ilegal. E destaca: a Internet é uma mídia como qualquer outra.
A atuação dos professores dos cursos de Jornalismo nesse sentido é fundamental. Os alunos devem ser conscientizados, desde o princípio, que é ilegal copiar textos ou partes de reportagens publicados por outros profissionais.
Isso diz respeito, inclusive, a estatísticas. Uma vez citadas, devem estar acompanhadas da identificação da fonte e do autor.
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Revisão Curricular
Postado por
Arylce Tomaz
às
12:37
Entidades devem indicar nomes para qualificar a formação acadêmica.
Representantes da FENAJ, FNPJ e SBPJor discutem nesta semana, durante o 6º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo, as novas diretrizes e possíveis indicações para o Grupo de Trabalho do Ministério da Educação que realizará uma revisão do currículo dos cursos de Jornalismo.
As entidades rejeitam a idéia de um ciclo básico que permitiria o ingresso de profissionais de outras áreas no Jornalismo. O MEC indicou o professor José Marques de Melo para presidir o Grupo de Trabalho.
Fonte: Boletim eletrônico da Fenaj
Representantes da FENAJ, FNPJ e SBPJor discutem nesta semana, durante o 6º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo, as novas diretrizes e possíveis indicações para o Grupo de Trabalho do Ministério da Educação que realizará uma revisão do currículo dos cursos de Jornalismo.
As entidades rejeitam a idéia de um ciclo básico que permitiria o ingresso de profissionais de outras áreas no Jornalismo. O MEC indicou o professor José Marques de Melo para presidir o Grupo de Trabalho.
Fonte: Boletim eletrônico da Fenaj
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Você tem orgulho de ser jornalista?
Postado por
Arylce Tomaz
às
11:31
Para quem está em dúvida em ser jornalista, é interessante conhecer os dados da pesquisa do Comunique-se, embasada na pergunda: Você tem orgulho de ser jornalista?
O texto é dos colegas da Redação do Comunique-se.
Com tantos problemas, a profissão de jornalista pode ser até considerada um dom: não é qualquer um que agüenta a jornada de plantões e de longas horas de trabalho. Isso somada a baixa remuneração e o mercado de trabalho cada vez mais escasso. Então, vem a pergunta. Afinal, o jornalista tem orgulho da profissão?
Para responder a esta pergunta o Comunique-se realizou uma enquete com seus usuários contendo três perguntas: Você tem orgulho de ser jornalista? Você se sente realizado com a profissão? Você se arrepende de ter escolhido o jornalismo?
O resultado expôs o lado “mais romântico” do jornalista brasileiro: 58,91% dos profissionais têm, sim, orgulho da profissão. Menos de um terço do total, 27,43% tem algum orgulho, 8,64% têm pouco orgulho e apenas 4,99% não tem nenhum orgulho de ser jornalista.
“O resultado reflete as péssimas condições de trabalho, a existência de poucos jornais, e outros meios de comunicação. A última vez que tive acesso a esse tipo de estatística (e este quadro não deve ter mudado muito) havia uma proporção de quatro candidatos para um emprego. O que um jovem formado pode pensar a respeito da profissão diante de um quadro melancólico como esse?”, questiona Milton Coelho da Graça, colunista deste portal.
No entanto, apesar de mais da maioria dos votantes atestar que tem orgulho de ser jornalista, 51,93% dos entrevistados não se sentem realizado com a profissão. Os que se sentem plenamente realizados somaram 31,38% dos votos. “Eu poderia ser melhor remunerado, mas isso não tem a ver com realização. Eu sinto que, com o jornalismo que faço, contribuo de alguma forma com o mundo. Isso é muito bom!”, diz Magela Lima, repórter do Diário do Nordeste. Quase 6% dos usuários deste portal responderam que é impossível se sentir realizado nesta profissão.
A boa surpresa para o jornalismo brasileiro descoberta pela enquête é que, apesar de todos os pesares, 77,46% dos pesquisados não se arrepende de ter optado pelo jornalismo como profissão. É o caso de Fernanda Cunha, que foi coordenadora do site Brasil com Alckmin durante as eleições. “Quando penso no salário, na dificuldade de conseguir um trabalho legal, no dia-a-dia corrido, não ter horário, feriado ou fim de semana, aí me arrependo. Mas, quando penso no que o jornalismo me proporciona, acho que fiz a escolha certa. Embora às vezes eu entre em crise, não consigo me ver sendo outra coisa”, afirma.
Menos de 10% dos entrevistados se arrependem de ter escolhido jornalistas. Destes, 5% responderam que vão procurar outra faculdade.
O texto é dos colegas da Redação do Comunique-se.
Com tantos problemas, a profissão de jornalista pode ser até considerada um dom: não é qualquer um que agüenta a jornada de plantões e de longas horas de trabalho. Isso somada a baixa remuneração e o mercado de trabalho cada vez mais escasso. Então, vem a pergunta. Afinal, o jornalista tem orgulho da profissão?
Para responder a esta pergunta o Comunique-se realizou uma enquete com seus usuários contendo três perguntas: Você tem orgulho de ser jornalista? Você se sente realizado com a profissão? Você se arrepende de ter escolhido o jornalismo?
O resultado expôs o lado “mais romântico” do jornalista brasileiro: 58,91% dos profissionais têm, sim, orgulho da profissão. Menos de um terço do total, 27,43% tem algum orgulho, 8,64% têm pouco orgulho e apenas 4,99% não tem nenhum orgulho de ser jornalista.
“O resultado reflete as péssimas condições de trabalho, a existência de poucos jornais, e outros meios de comunicação. A última vez que tive acesso a esse tipo de estatística (e este quadro não deve ter mudado muito) havia uma proporção de quatro candidatos para um emprego. O que um jovem formado pode pensar a respeito da profissão diante de um quadro melancólico como esse?”, questiona Milton Coelho da Graça, colunista deste portal.
No entanto, apesar de mais da maioria dos votantes atestar que tem orgulho de ser jornalista, 51,93% dos entrevistados não se sentem realizado com a profissão. Os que se sentem plenamente realizados somaram 31,38% dos votos. “Eu poderia ser melhor remunerado, mas isso não tem a ver com realização. Eu sinto que, com o jornalismo que faço, contribuo de alguma forma com o mundo. Isso é muito bom!”, diz Magela Lima, repórter do Diário do Nordeste. Quase 6% dos usuários deste portal responderam que é impossível se sentir realizado nesta profissão.
A boa surpresa para o jornalismo brasileiro descoberta pela enquête é que, apesar de todos os pesares, 77,46% dos pesquisados não se arrepende de ter optado pelo jornalismo como profissão. É o caso de Fernanda Cunha, que foi coordenadora do site Brasil com Alckmin durante as eleições. “Quando penso no salário, na dificuldade de conseguir um trabalho legal, no dia-a-dia corrido, não ter horário, feriado ou fim de semana, aí me arrependo. Mas, quando penso no que o jornalismo me proporciona, acho que fiz a escolha certa. Embora às vezes eu entre em crise, não consigo me ver sendo outra coisa”, afirma.
Menos de 10% dos entrevistados se arrependem de ter escolhido jornalistas. Destes, 5% responderam que vão procurar outra faculdade.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Dúvidas
Postado por
Arylce Tomaz
às
13:12
Estamos no auge do período das dúvidas dos jovens que pretendem fazer um curso superior e não sabem o que escolher. As ofertas são inúmeras e cada vez mais diversificadas.
Os que têm mais experiência sabem que viver é lidar com dúvidas - algumas passageiras, outras eternas. E nem sempre sabemos se nossa escolha foi a mais acertada.
Que dirá um jovem de 17, 18 anos. Exigir que eles decidam, com tão pouca idade, a profissão que deverão - em hipótese - exercer pelo resto de suas vidas, é pedir demais, é quase cruel.
Uns têm a facilidade de conhecer algumas profissões mais de perto, por terem pais ou parentes cujas atividades permitem essa proximidade.
Mas a maioria dos nossos jovens não tem pais e parentes que exercem atividades que exijam curso de graduação. Não tem em quem se espelhar, como fazer comparações.
Resta, então, ler muito, se informar, aproveitar ao máximo as oportunidades que as instituições oferecem ao abrirem suas portas aos estudantes para que estes conheçam laboratórios, conversem com professores e outros profissionais das diferentes áreas.
As comparações surgirão normalmente e nem todas as dúvidas serão sanadas. Isso tanto é verdade, que o número de primeiroanistas de cursos superiores que desistem da faculdade ainda no primeiro ano é significativo, beira os 15%.
Mas, mesmo a desistência é válida. Mostra que foi feita uma opção e, desta vez, mais consciente.
Portanto, esse período de dúvidas deve ser vivido sem traumas. Optar não é fácil, pois quando fazemos uma escolha descartamos outras, e nem sempre estamos preparados para isso.
Mas, se lembrarmos que a todo instante fazemos opções - ou somos obrigados a fazê-las - a carga fica mais leve.
Afinal, o que importa de verdade é aprender a ser feliz com as escolhas que fazemos, ou ao termos coragem de mudá-las.
Os que têm mais experiência sabem que viver é lidar com dúvidas - algumas passageiras, outras eternas. E nem sempre sabemos se nossa escolha foi a mais acertada.
Que dirá um jovem de 17, 18 anos. Exigir que eles decidam, com tão pouca idade, a profissão que deverão - em hipótese - exercer pelo resto de suas vidas, é pedir demais, é quase cruel.
Uns têm a facilidade de conhecer algumas profissões mais de perto, por terem pais ou parentes cujas atividades permitem essa proximidade.
Mas a maioria dos nossos jovens não tem pais e parentes que exercem atividades que exijam curso de graduação. Não tem em quem se espelhar, como fazer comparações.
Resta, então, ler muito, se informar, aproveitar ao máximo as oportunidades que as instituições oferecem ao abrirem suas portas aos estudantes para que estes conheçam laboratórios, conversem com professores e outros profissionais das diferentes áreas.
As comparações surgirão normalmente e nem todas as dúvidas serão sanadas. Isso tanto é verdade, que o número de primeiroanistas de cursos superiores que desistem da faculdade ainda no primeiro ano é significativo, beira os 15%.
Mas, mesmo a desistência é válida. Mostra que foi feita uma opção e, desta vez, mais consciente.
Portanto, esse período de dúvidas deve ser vivido sem traumas. Optar não é fácil, pois quando fazemos uma escolha descartamos outras, e nem sempre estamos preparados para isso.
Mas, se lembrarmos que a todo instante fazemos opções - ou somos obrigados a fazê-las - a carga fica mais leve.
Afinal, o que importa de verdade é aprender a ser feliz com as escolhas que fazemos, ou ao termos coragem de mudá-las.
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Leitura interessante
Postado por
Arylce Tomaz
às
16:14
Uma dica:
"Formação Superior em Jornalismo", editado pela Federação Nacional dos Jornalistas - Fenaj, é um livro que deve ser lido por todos os que se interessam por jornalismo, de alunos a professores, e profissionais da mais diferentes mídias.
O exemplar custa só R$15,00.
"Formação Superior em Jornalismo", editado pela Federação Nacional dos Jornalistas - Fenaj, é um livro que deve ser lido por todos os que se interessam por jornalismo, de alunos a professores, e profissionais da mais diferentes mídias.
O exemplar custa só R$15,00.
domingo, 9 de novembro de 2008
Bota-fora de Jornalismo
Postado por
Arylce Tomaz
às
14:18
Olá pessoal!
O já tradicional Bota-Fora da Comunicação vai acontecer no dia 14/11, com bateria de escola de samba e banda!
A Carol Binato é quem dá o recado: vão ser confeccionadas camisetas personalizadas a R$ 20,00 cada.
Os interessados devem procurar os integrantes da Comissão de Formatura (Jornalismo: Carol Binato e Rodrigo Lima) até terça-feira, fornecendo o tamanho e o tipo: baby look ou camiseta.
VAMOS PARTICIPAR GALERAAAAAAAAAAAA!!!!!!!
O já tradicional Bota-Fora da Comunicação vai acontecer no dia 14/11, com bateria de escola de samba e banda!
A Carol Binato é quem dá o recado: vão ser confeccionadas camisetas personalizadas a R$ 20,00 cada.
Os interessados devem procurar os integrantes da Comissão de Formatura (Jornalismo: Carol Binato e Rodrigo Lima) até terça-feira, fornecendo o tamanho e o tipo: baby look ou camiseta.
VAMOS PARTICIPAR GALERAAAAAAAAAAAA!!!!!!!
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Mobilização pelo diploma, no Gonzaga
Postado por
Arylce Tomaz
às
18:59
Dia 29 de novembro às 16 horas, na barraca de praia do grêmio A Tribuna (entre o Moby e a Conselheiro Nébias, nos uniremos para fazer uma manifestação em prol da exigência do diploma e da regulamentação da profissão de jornalista.
Por que esse encontro?
- 74% da população apóia a obrigatoriedade do diploma para a profissão de jornalista.
- Na Colômbia, com a desregulamentação do profissional de jornalismo, os jornalistas têm que escrever e vender anúncios se quiserem ver a cor do dinheiro.
-Os sindicatos estão na luta pela regulamentação da profissão, pois sabe-se que muitos profissionais trabalham de forma irregular.
-A regulamentação profissional conquistada em 1969 e a criação de um Código de Ética não estão sendo suficientes para a normatização da profissão.
-A categoria dos jornalistas quer o direito - concedido a outras inúmeras categorias - de auto-regulamentar (e fiscalizar) sua profissão.
-Está em tramitação um projeto de lei do deputado Beto Mansur (PR/SP) que quer transformar funções de jornalista em de radialista.
-A decisão sobre a obrigatoriedade o diploma de jornalista está nas mãos do Supremo Tribunal Federal, e prestes a ser julgada.
-A população merece informação de qualidade e é obrigação do jornalista oferecê-la.
- Em todo o país profissionais estão se manifestando e se organizando em conjunto com os sindicatos e as entidades apoiadoras.
E você? Vai ficar de braços cruzados esperando que decidam o futuro da sua profissão?
FAÇA PARTE DESTA MOBILIZAÇÃO!!
Após o ato haverá música ao vivo.
É importante a presença de todos os profissionais e estudantes de jornalismo, pois a causa é nossa.
Camisetas do movimento "Jornalista por formação" podem ser adquiridas no Sindicato dos Jornalistas, pelo telefone (13) 3219-2546.
Por que esse encontro?
- 74% da população apóia a obrigatoriedade do diploma para a profissão de jornalista.
- Na Colômbia, com a desregulamentação do profissional de jornalismo, os jornalistas têm que escrever e vender anúncios se quiserem ver a cor do dinheiro.
-Os sindicatos estão na luta pela regulamentação da profissão, pois sabe-se que muitos profissionais trabalham de forma irregular.
-A regulamentação profissional conquistada em 1969 e a criação de um Código de Ética não estão sendo suficientes para a normatização da profissão.
-A categoria dos jornalistas quer o direito - concedido a outras inúmeras categorias - de auto-regulamentar (e fiscalizar) sua profissão.
-Está em tramitação um projeto de lei do deputado Beto Mansur (PR/SP) que quer transformar funções de jornalista em de radialista.
-A decisão sobre a obrigatoriedade o diploma de jornalista está nas mãos do Supremo Tribunal Federal, e prestes a ser julgada.
-A população merece informação de qualidade e é obrigação do jornalista oferecê-la.
- Em todo o país profissionais estão se manifestando e se organizando em conjunto com os sindicatos e as entidades apoiadoras.
E você? Vai ficar de braços cruzados esperando que decidam o futuro da sua profissão?
FAÇA PARTE DESTA MOBILIZAÇÃO!!
Após o ato haverá música ao vivo.
É importante a presença de todos os profissionais e estudantes de jornalismo, pois a causa é nossa.
Camisetas do movimento "Jornalista por formação" podem ser adquiridas no Sindicato dos Jornalistas, pelo telefone (13) 3219-2546.
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Onde estão as jornalistas?
Postado por
Arylce Tomaz
às
12:50
Jornalistas se reuniram na Câmara Municipal na última sexta-feira, para o ato em defesa da exigência do diploma para o exercício profissional e em comemoração aos 66 anos de existência do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo.
Infelizmente, como acontece na maioria das vezes em que ocorre um ato, seja uma solenidade, encontro ou reunião, as jornalistas não são convidadas a falar ou a fazer parte da mesa, ou, quando o são, não se manifestam. Lamentável para uma profissão cujos cargos são ocupados por mais de 50% de mulheres.
Fui a única jornalista a se pronunciar no ato público em defesa do diploma, e na oportunidade, cheguei a lamentar a falta de iniciativa das minhas colegas.
Abaixo, o que falei:
"Não ministrarei uma aula e tampouco proferirei um discurso. Minhas palavras serão breves. Mas, apesar disso, elas não nimimizam a importância deste ato e a relevância do mesmo para a Unimonte, a qual represento nesta noite.
São muitas as lutas trabalhistas do Sindicato dos Jornalistas, mas meus colegas jornalistas sindicalistas conhecem e podem contar essas histórias melhor do que eu.
Sou jornalista e professora universitária. E é nessa condição, de educadora, que destaco o Sindicato dos Jornalistas como um importante braço das escolas de jornalismo, na luta pela educação.
São vários os programas e as ações do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo junto à FENAJ e seus 31 sindicatos, voltados à valorização e qualificação da formação e do próprio Jornalismo.
Muitos professores de Jornalismo atuam fortalecendo lutas da categorias, se reunindo em encontros estaduais ou regionais. Aqui mesmo, em Santos, representantes das escolas de jornalismo têm-se reunido no sindicato, para intensificar a participação na Campanha Nacional em Defesa da Formação e da obrigatoriedade do Diploma.
Essa é nossa luta atual, é no que acreditamos. E não por uma simples questão corporativista, como muitos alegam.
Defedemos a diploma para o exercício do jornalismo porque, até o momento, nada nos convenceu de que um jovem, ao concluir um curso de jornalismo, sabe menos que alguém que não estudou jornalismo.
O ensino do jornalismo tem falhas, sabemos e lutamos para solucioná-las.
Mas, é imposível que diante de disciplinas teóricas como Sociologia da Comunicação, Psicologia da Comunicação, Filosofia, Ética, Análise Crítica das Mídias, Comunicação Comparada e tantas outras, além das específicas, um graduado em jornalismo esteja menos preparado para o exercício da profissãoque alguém que não estudou jornalismo.
Em um país como o nosso, tão necessitado de Educação, não acreditar nisso é, no mínimo, querer nivelar por baixo uma atividade fundamental para a sociedade.
Parabéns Sindicato dos Jornalistas, por essa e por todas as lutas da categoria".
Infelizmente, como acontece na maioria das vezes em que ocorre um ato, seja uma solenidade, encontro ou reunião, as jornalistas não são convidadas a falar ou a fazer parte da mesa, ou, quando o são, não se manifestam. Lamentável para uma profissão cujos cargos são ocupados por mais de 50% de mulheres.
Fui a única jornalista a se pronunciar no ato público em defesa do diploma, e na oportunidade, cheguei a lamentar a falta de iniciativa das minhas colegas.
Abaixo, o que falei:
"Não ministrarei uma aula e tampouco proferirei um discurso. Minhas palavras serão breves. Mas, apesar disso, elas não nimimizam a importância deste ato e a relevância do mesmo para a Unimonte, a qual represento nesta noite.
São muitas as lutas trabalhistas do Sindicato dos Jornalistas, mas meus colegas jornalistas sindicalistas conhecem e podem contar essas histórias melhor do que eu.
Sou jornalista e professora universitária. E é nessa condição, de educadora, que destaco o Sindicato dos Jornalistas como um importante braço das escolas de jornalismo, na luta pela educação.
São vários os programas e as ações do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo junto à FENAJ e seus 31 sindicatos, voltados à valorização e qualificação da formação e do próprio Jornalismo.
Muitos professores de Jornalismo atuam fortalecendo lutas da categorias, se reunindo em encontros estaduais ou regionais. Aqui mesmo, em Santos, representantes das escolas de jornalismo têm-se reunido no sindicato, para intensificar a participação na Campanha Nacional em Defesa da Formação e da obrigatoriedade do Diploma.
Essa é nossa luta atual, é no que acreditamos. E não por uma simples questão corporativista, como muitos alegam.
Defedemos a diploma para o exercício do jornalismo porque, até o momento, nada nos convenceu de que um jovem, ao concluir um curso de jornalismo, sabe menos que alguém que não estudou jornalismo.
O ensino do jornalismo tem falhas, sabemos e lutamos para solucioná-las.
Mas, é imposível que diante de disciplinas teóricas como Sociologia da Comunicação, Psicologia da Comunicação, Filosofia, Ética, Análise Crítica das Mídias, Comunicação Comparada e tantas outras, além das específicas, um graduado em jornalismo esteja menos preparado para o exercício da profissãoque alguém que não estudou jornalismo.
Em um país como o nosso, tão necessitado de Educação, não acreditar nisso é, no mínimo, querer nivelar por baixo uma atividade fundamental para a sociedade.
Parabéns Sindicato dos Jornalistas, por essa e por todas as lutas da categoria".
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Na Câmara, pelo diploma
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Arylce Tomaz
às
14:15
Sessão Solene em comemoração aos 66 anos de fundação do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo acontece hoje, a partir das 19h00, no Plenário Ulysses Guimarães, da Câmara Municipal de Santos, à Rua XV de Novembro, 103/109.
Estudantes, professores e representantes das escolas de Jornalismo da Cidade prestigiarão o ato, que tem ainda como finalidade, a luta pela defesa da exigência do diploma de nível superior para o exercício da profissão.
Todos lá!
Estudantes, professores e representantes das escolas de Jornalismo da Cidade prestigiarão o ato, que tem ainda como finalidade, a luta pela defesa da exigência do diploma de nível superior para o exercício da profissão.
Todos lá!
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Semana de Comunicação continua
Postado por
Arylce Tomaz
às
16:50
Hoje, o tema da Semana de Comunicação da Unimonte/Jornalismo será Comunicação Eficaz – Marketing Pessoal e Networking, com Reginah Araújo, diretora da empresa Novos Rumos Treinamentos e Consultorias, em Santos.
Local: Sala 22 Bloco A
Horário: 19h00
Jornalismo Digital em Tempos de Web 2.0 foi o assunto de ontem, com os convidados Cássio Politi (diretor da Escola de Comunicação do Comunique-se), Alessandra Spinelli (jornalista e gerente da equipe de Comunicação da E-Midia, dos sites Cyber Cook, Cyber Diet e Vila Mulher), Márcio Caixeta (diretor de Novos Negócios de A Tribuna Digital) e Maria Estela Galvão (jornalista e coordenadora de A Tribuna Digital).
Cada um levou sua contribuição aos participantes, mostrando que jornalismo e web não convivem mais separados e que o futuro está aberto a esse suporte para a informação.
Dúvidas e erros existem, mas também muitos acertos. E, o mais importante, joralistas e empresas já despertaram para isso e estão buscando a especialização.
Valeu, Teca, Caixeta, Cássio e Alessandra.
Local: Sala 22 Bloco A
Horário: 19h00
Jornalismo Digital em Tempos de Web 2.0 foi o assunto de ontem, com os convidados Cássio Politi (diretor da Escola de Comunicação do Comunique-se), Alessandra Spinelli (jornalista e gerente da equipe de Comunicação da E-Midia, dos sites Cyber Cook, Cyber Diet e Vila Mulher), Márcio Caixeta (diretor de Novos Negócios de A Tribuna Digital) e Maria Estela Galvão (jornalista e coordenadora de A Tribuna Digital).
Cada um levou sua contribuição aos participantes, mostrando que jornalismo e web não convivem mais separados e que o futuro está aberto a esse suporte para a informação.
Dúvidas e erros existem, mas também muitos acertos. E, o mais importante, joralistas e empresas já despertaram para isso e estão buscando a especialização.
Valeu, Teca, Caixeta, Cássio e Alessandra.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Quer qualidade? Mude de canal
Postado por
Arylce Tomaz
às
16:03
Discutir sobre telejornalismo é muito legal, pois significa trocar idéias sobre um tipo de jornalismo dinâmico, que entra na casa da gente pela TV, um aparelhinho mais do que popular.
Mas, discutir telejornalismo como aconteceu ontem, na abertura da Semana de Comunicação da Unimonte, é gratificante.
Primeiro, pela capacidade profissional dos convidados, jornalistas responsáveis pelas principais emissoras de TV da Baixada Santista.
Depois, pela simplicidade com que eles conversaram sobre temas como sustentabilidade nos telejornais, qualidade da informação, ética profissional, audiência, etc, etc.
Eles disseram que aprenderam com os alunos, aos ouvirem suas observações, temores, esperanças, críticas. Mas, com certeza, todos aprendemos.
De tudo, ficou algo para não ser esquecido: as TVs (onde se incluem os telejornais)só vão mudar se o telespectador não mais aceitar o que é mostrado.
E, para tanto, basta usar o controle remoto.
É isso aí pessoal. Para mudar a TV, basta mudar de canal.
Hoje tem mais: a noite será para discutir webjornalismo.
Até lá.
Mas, discutir telejornalismo como aconteceu ontem, na abertura da Semana de Comunicação da Unimonte, é gratificante.
Primeiro, pela capacidade profissional dos convidados, jornalistas responsáveis pelas principais emissoras de TV da Baixada Santista.
Depois, pela simplicidade com que eles conversaram sobre temas como sustentabilidade nos telejornais, qualidade da informação, ética profissional, audiência, etc, etc.
Eles disseram que aprenderam com os alunos, aos ouvirem suas observações, temores, esperanças, críticas. Mas, com certeza, todos aprendemos.
De tudo, ficou algo para não ser esquecido: as TVs (onde se incluem os telejornais)só vão mudar se o telespectador não mais aceitar o que é mostrado.
E, para tanto, basta usar o controle remoto.
É isso aí pessoal. Para mudar a TV, basta mudar de canal.
Hoje tem mais: a noite será para discutir webjornalismo.
Até lá.
sábado, 25 de outubro de 2008
Semana de Comunicação Unimonte
Postado por
Arylce Tomaz
às
14:20
Gente, a Semana de Comunicação da Unimonte está repleta de temas e convidados especiais. Ela é aberta a todos os interessados. E de graça. Tudo vai acontecer no Campus Vila Mathias, com entrada pela Avenida Rangel Pestana,99.
Abaixo,a programação do curso de Jornalismo.
Dia 27 de outubro – Segunda Feira
Tema: Televisão Regional e Sustentabilidade: o que temos a ver com isso?
Convidados: jornalistas responsáveis pelas principais emissoras de TV da Baixada Santista
Local: sala 16 Bloco A
Horário: 20 horas
Dia 28 de outubro – Terça Feira
Tema: Jornalismo Digital em Tempos de Web 2.0
Convidados: Cássio Politi (diretor da Escola de Comunicação do Comunique-se), Alessandra Spinelli (jornalista e gerente da equipe de Comunicação da E-Midia, dos sites Cyber Cook, Cyber Diet e Vila Mulher), Márcio Caixeta (diretor de Novos Negócios de A Tribuna Digital) e Maria Estela Galvão (jornalista e coordenadora de A Tribuna Digital).
Local: Sala 16 Bloco A
Horário: 19h
Dia 29 de outubro – Quarta Feira
Tema: Comunicação Eficaz – Marketing Pessoal e Networking
Convidada: Reginah Araújo (diretora da empresa Novos Rumos Treinamentos e Consultorias, em Santos)
Local: Sala 22 Bloco A
Horário: 19h
Dia 30 de outubro – Quinta Feira
Tema: Comunicação e Cidadania
Convidado: João Lara Mesquita (jornalista e escritor, apresentador do programa Mar Sem Fim, da TV Cultura, e autor dos livros ‘O Brasil Visto do Mar Sem Fim’ e ‘Eldorado, a Rádio Cidadã’).
Local: Auditório Verde
Horário: 19h
Abaixo,a programação do curso de Jornalismo.
Dia 27 de outubro – Segunda Feira
Tema: Televisão Regional e Sustentabilidade: o que temos a ver com isso?
Convidados: jornalistas responsáveis pelas principais emissoras de TV da Baixada Santista
Local: sala 16 Bloco A
Horário: 20 horas
Dia 28 de outubro – Terça Feira
Tema: Jornalismo Digital em Tempos de Web 2.0
Convidados: Cássio Politi (diretor da Escola de Comunicação do Comunique-se), Alessandra Spinelli (jornalista e gerente da equipe de Comunicação da E-Midia, dos sites Cyber Cook, Cyber Diet e Vila Mulher), Márcio Caixeta (diretor de Novos Negócios de A Tribuna Digital) e Maria Estela Galvão (jornalista e coordenadora de A Tribuna Digital).
Local: Sala 16 Bloco A
Horário: 19h
Dia 29 de outubro – Quarta Feira
Tema: Comunicação Eficaz – Marketing Pessoal e Networking
Convidada: Reginah Araújo (diretora da empresa Novos Rumos Treinamentos e Consultorias, em Santos)
Local: Sala 22 Bloco A
Horário: 19h
Dia 30 de outubro – Quinta Feira
Tema: Comunicação e Cidadania
Convidado: João Lara Mesquita (jornalista e escritor, apresentador do programa Mar Sem Fim, da TV Cultura, e autor dos livros ‘O Brasil Visto do Mar Sem Fim’ e ‘Eldorado, a Rádio Cidadã’).
Local: Auditório Verde
Horário: 19h
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Professores de Jornalismo são jornalistas, sim
Postado por
Arylce Tomaz
às
12:10
Nota Oficial do Sindicato dos Jornalistas (SP) dedicada aos profissionais que ministram aulas de Jornalismo, por ocasião do Dia do Professor - cujo título faz menção ao filme Ao Mestre, com Carinho -, me fez relembrar que colegas, na condição de professores de jornalismo, desconhecem pertencer à categoria dos jornalistas.
Pois é, colegas: nós, professores de Jornalismo brasileiros somos jornalistas, sim, e grande parte atua fortalecendo lutas da categorias: se reúnem em encontros estaduais ou regionais, tem sua entidade nacional, o FNPJ - Fórum Nacional de Professores de Jornalismo e a SBPJor - Sociedade Brasileira de Pesquisadores de Jornalismo.
Somos, por exemplo, a única categoria a propor um Programa Permanente de Qualidade do Ensino e de discuti-lo democraticamente com a comunidade acadêmica e com o empresariado. Este programa já tem mais de 10 anos de existência e vem sendo atualizado através de seminários nacionais, com a participação de todos os segmentos do Jornalismo.
A FENAJ - Federação Nacional dos Jornalistas e seus 31 sindicatos têm atuado junto à comunidade acadêmica, propondo ou encampando iniciativas para a melhoria da qualidade do ensino de Jornalismo, sempre alinhando-se especialmente com o FNPJ e a SBPJor.
Ao destacar a importância do Jornalismo na construção social da realidade nacional, a FENAJ indica tarefas históricas a todos nós do campo jornalístico - profissionais, professores e pesquisadores. E ressalta: "Uma das mais essenciais destas tarefas está sob a responsabilidade dos professores: a de formar com qualidade, ética, competência técnica e teórica para uma profissão com um papel tão importante e fundamental à sociedade".
E para que esse trabalho coletivo e interligado avance, a FENAJ convida a todos os professores:
- a intensificarem a participação na Campanha Nacional em Defesa da Formação e da obrigatoriedade do Diploma;
- a promoverem lançamentos, discutirem e divulgarem o segundo livro "Formação Superior em Jornalismo: uma exigência que interessa à sociedade";
- a conhecerem mais profundamente e participarem das ações e programas da FENAJ e Sindicatos voltados à valorização e qualificação da formação e do próprio Jornalismo. Entre estes, além do Programa Nacional de Estímulo à Qualidade do Ensino, há a Escola do Jornalista (Programa de Atualização Profissional da FENAJ), a Cátedra FENAJ de Jornalismo para a Cidadania, a Proposta de Diretrizes Curriculares (elaborada em conjunto com FNPJ e outras entidades do campo em Campinas, SP, e que agora deve ser atualizada) e a proposta da FENAJ de um Programa Nacional de Estágio Acadêmico.
Contatos com a FENAJ podem ser feitos através do Departamento de Educação (diretores Alexandre Campello, Marjorie Moura e Valci Zuculoto), na página www.fenaj.org.br , e-mail fenaj@fenaj.org.br e fone (61) 32440650.
Pois é, colegas: nós, professores de Jornalismo brasileiros somos jornalistas, sim, e grande parte atua fortalecendo lutas da categorias: se reúnem em encontros estaduais ou regionais, tem sua entidade nacional, o FNPJ - Fórum Nacional de Professores de Jornalismo e a SBPJor - Sociedade Brasileira de Pesquisadores de Jornalismo.
Somos, por exemplo, a única categoria a propor um Programa Permanente de Qualidade do Ensino e de discuti-lo democraticamente com a comunidade acadêmica e com o empresariado. Este programa já tem mais de 10 anos de existência e vem sendo atualizado através de seminários nacionais, com a participação de todos os segmentos do Jornalismo.
A FENAJ - Federação Nacional dos Jornalistas e seus 31 sindicatos têm atuado junto à comunidade acadêmica, propondo ou encampando iniciativas para a melhoria da qualidade do ensino de Jornalismo, sempre alinhando-se especialmente com o FNPJ e a SBPJor.
Ao destacar a importância do Jornalismo na construção social da realidade nacional, a FENAJ indica tarefas históricas a todos nós do campo jornalístico - profissionais, professores e pesquisadores. E ressalta: "Uma das mais essenciais destas tarefas está sob a responsabilidade dos professores: a de formar com qualidade, ética, competência técnica e teórica para uma profissão com um papel tão importante e fundamental à sociedade".
E para que esse trabalho coletivo e interligado avance, a FENAJ convida a todos os professores:
- a intensificarem a participação na Campanha Nacional em Defesa da Formação e da obrigatoriedade do Diploma;
- a promoverem lançamentos, discutirem e divulgarem o segundo livro "Formação Superior em Jornalismo: uma exigência que interessa à sociedade";
- a conhecerem mais profundamente e participarem das ações e programas da FENAJ e Sindicatos voltados à valorização e qualificação da formação e do próprio Jornalismo. Entre estes, além do Programa Nacional de Estímulo à Qualidade do Ensino, há a Escola do Jornalista (Programa de Atualização Profissional da FENAJ), a Cátedra FENAJ de Jornalismo para a Cidadania, a Proposta de Diretrizes Curriculares (elaborada em conjunto com FNPJ e outras entidades do campo em Campinas, SP, e que agora deve ser atualizada) e a proposta da FENAJ de um Programa Nacional de Estágio Acadêmico.
Contatos com a FENAJ podem ser feitos através do Departamento de Educação (diretores Alexandre Campello, Marjorie Moura e Valci Zuculoto), na página www.fenaj.org.br , e-mail fenaj@fenaj.org.br e fone (61) 32440650.
sábado, 18 de outubro de 2008
A trágica cobertura da tragédia no ABC
Postado por
Arylce Tomaz
às
16:14
A cobertura intensiva do caso das adolescentes de 15 anos baleadas após serem mantidas reféns pelo ex-namorado de uma delas, em Santo André (SP), trouxe à tona mais uma vez, outro mal: a luta de alguns profissionais da imprensa pelos pontinhos que marcam a audiência das TVs – e de seus programas.
Essa segunda forma de descontrole ficou claramente exemplificada com o “duelo” travado entre os jornalistas Sônia Abrão e Luiz Datena, de emissoras de TV concorrentes. Deselegâncias e acusações na frente da telinha, para milhares de telespectadores assistirem (mais contundentes por parte de Datena), chocaram os menos avisados, que buscavam informações sobre outro tipo de agressão, no caso, o seqüestro.
Se, por um lado, há quem acredite que os policiais que conduziram as negociações durante o seqüestro das meninas poderiam ter evitado, pelo menos, que uma das vítimas fosse baleada durante o desfecho do crime, há quem acredite, também, que os jornalistas/apresentadores em questão precisam repensar algumas condutas profissionais. Talvez, rever o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, sobre o qual faço algumas indagações, frente à guerra dos jornalistas/apresentadores.
É mais do que sabido que o acesso à informação de relevante interesse público é um direito fundamental, e que os jornalistas não podem admitir que ele seja impedido por nenhum tipo de interesse.
Mas, até onde tornar pública uma briga que é unicamente pela audiência, teve por finalidade o interesse público e o pressuposto de que o exercício do jornalismo implica compromisso com a responsabilidade social inerente à profissão?
Lavando suas roupas sujas defronte às câmeras, eles cumpriram com deveres fundamentais do jornalista como valorizar, honrar e dignificar a profissão?
Eu, particularmente, não tenho dúvidas quanto às respostas a essas indagações.
Por outro lado, levando o problema especificamente para a cobertura jornalística feita durante a programação dos dois apresentadores, aí, sim, tenho muitas dúvidas.
Entrevistar o seqüestrador levou ao compromisso fundamental do jornalismo, que é com a verdade no relato dos fatos?
Para se chegar à opção de dar espaço num veículo de comunicação a uma pessoa que agia fora da lei, levou-se em consideração se era caso de incontestável interesse público? Se assim fosse, antes, foram esgotadas todas as outras possibilidades de apuração?
Divulgar em escala massiva informação sensacionalista ou contrária aos valores humanos, especialmente em cobertura de crimes e acidentes é dever e responsabilidade do profissional do jornalismo?
Bem... não custa relembrar P. Singer, quando o assunto envolve ética:
“A ética pode ser um conjunto de regras, princípios ou maneiras de pensar que guiam, ou chamam a si a autoridade de guiar, as ações de um grupo em particular (moralidade), ou é o estudo sistemático da argumentação sobre como nós devemos agir (filosofia moral)”.
Essa segunda forma de descontrole ficou claramente exemplificada com o “duelo” travado entre os jornalistas Sônia Abrão e Luiz Datena, de emissoras de TV concorrentes. Deselegâncias e acusações na frente da telinha, para milhares de telespectadores assistirem (mais contundentes por parte de Datena), chocaram os menos avisados, que buscavam informações sobre outro tipo de agressão, no caso, o seqüestro.
Se, por um lado, há quem acredite que os policiais que conduziram as negociações durante o seqüestro das meninas poderiam ter evitado, pelo menos, que uma das vítimas fosse baleada durante o desfecho do crime, há quem acredite, também, que os jornalistas/apresentadores em questão precisam repensar algumas condutas profissionais. Talvez, rever o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, sobre o qual faço algumas indagações, frente à guerra dos jornalistas/apresentadores.
É mais do que sabido que o acesso à informação de relevante interesse público é um direito fundamental, e que os jornalistas não podem admitir que ele seja impedido por nenhum tipo de interesse.
Mas, até onde tornar pública uma briga que é unicamente pela audiência, teve por finalidade o interesse público e o pressuposto de que o exercício do jornalismo implica compromisso com a responsabilidade social inerente à profissão?
Lavando suas roupas sujas defronte às câmeras, eles cumpriram com deveres fundamentais do jornalista como valorizar, honrar e dignificar a profissão?
Eu, particularmente, não tenho dúvidas quanto às respostas a essas indagações.
Por outro lado, levando o problema especificamente para a cobertura jornalística feita durante a programação dos dois apresentadores, aí, sim, tenho muitas dúvidas.
Entrevistar o seqüestrador levou ao compromisso fundamental do jornalismo, que é com a verdade no relato dos fatos?
Para se chegar à opção de dar espaço num veículo de comunicação a uma pessoa que agia fora da lei, levou-se em consideração se era caso de incontestável interesse público? Se assim fosse, antes, foram esgotadas todas as outras possibilidades de apuração?
Divulgar em escala massiva informação sensacionalista ou contrária aos valores humanos, especialmente em cobertura de crimes e acidentes é dever e responsabilidade do profissional do jornalismo?
Bem... não custa relembrar P. Singer, quando o assunto envolve ética:
“A ética pode ser um conjunto de regras, princípios ou maneiras de pensar que guiam, ou chamam a si a autoridade de guiar, as ações de um grupo em particular (moralidade), ou é o estudo sistemático da argumentação sobre como nós devemos agir (filosofia moral)”.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Aos meus alunos (de hoje e de sempre)
Postado por
Arylce Tomaz
às
17:06
Hoje é o Dia do Professor.
É estranho parar para pensar num data específica para comemorar as atividades que exerço. Afinal, tem dia do repórter, do jornalista, do comunicólogo, do redator, do professor, da mãe...
Mas decidi escrever no Dia do Professor. Afinal, gosto de ser professora, gosto da atividade que transmite conhecimentos. Talvez, por isso, não me canse de citar Cora Coralina: "Feliz daquele que transfere o que sabe e aprende com o que ensina".
Gostaria que alguns colegas especiais ao meu coração lessem o que vou escrever, mas o texto abaixo foi pensado, especialmente, para os meus alunos. De hoje, de ontem, de sempre.
Vamos lá.
"A mágica contida em cada minuto desse nosso caminho fala de alentos e propósitos, lutas, valorização, dores, alegrias, lembranças, uma multidão de sensações inexplicadas.
Vivemos juntos dias em que algumas vezes nos sentimos sozinhos e minúsculos. Mas, em compensação, também conhecemos o extraordinário poder da superação que tem a vida, da força com que ela nos impele para enfrentar desafios, ultrapassar dificuldades e aprender.
Vocês escolheram ser jornalistas, eu escolhi ser jornalista e também transmirir a vocês o que sei sobre a profissão, o que vivi e ainda vivo no exercício do Jornalismo.
Isso significa nos expormos à análise diária. Vocês como aprendizes, eu, como transmissora de algum saber que um dia me foi transmitido por outros mestres, pelo exercício profissional, pela vida.
Vocês optaram por uma atividade profissional muitas vezes confundida com a ficção, que coloriu o Jornalismo com um dia-a-dia maravilhoso, cheio de aventuras, onde o repórter combate os males sociais. Creiam: na docência, não é diferente. Os filmes endeusam os professores, os colocam como salvadores dos males da humanidade.
Mas o que a ficção dificilmente mostra é que em qualquer atividade humana, também nós, professores, temos o contato íntimo com realidades nem sempre prazerosas, que o professor é tão humano quanto o aluno e que também lê com olhos diferentes aquilo que o agrada ou que o fere.
Afinal, na vida real, a falta de convivência com os contrários ainda não foi solucionada. É difícil exercer a liberdade de ação, pensamento e expressão com princípios éticos, respeitando o próximo em sua individualidade.
Mas vocês, meus alunos, já fizeram uma escolha, e, pouco a pouco, dão passos em direção ao crescimento, ao aperfeiçoamento.
Os campos do conhecimento vão se alargando, as aspirações se depurando e se enriquecendo com sentidos novos.
Caminham. E ganham consciência de que cada passo que dão à frente, se deparam com a necessidade de mais saber.
Aprendem que nossas conquistas não são mais do que esboços provisórios, superiores aos conhecimentos dos nossos pais, mas que serão substituídos por novas descobertas. Afinal, o presente não é senão uma estação na grande viagem da humanidade.
Aprendem que a vida não pára, que ela é rara, e que ela depende apenas de cada um. Saibam: não importa em quantos pedaços o nosso coração venha a ser partido, o mundo não espera para o consertarmos.
Comparando o que já aprenderam e o que ainda resta a ser explorado no mundo, já sabem que somente com muita reflexão e observação é que se adquire o conhecimento da vida, que se aprende a julgar os homens, a discernir o seu caráter, a resguardar-se dos embustes do mundo.
Um simples curso de graduação não levaria a toda essa percepção. Mas, tenho certeza, vocês têm acesso a outros valores. O conhecimento que adquirem a cada dia, já fez germinar em cada um de vocês a semente de um caminho digno.
O flagelo maior, a ignorância, vocês estão aprendendo a dominar. Ela é um mal soberano onde se processam todos os outros.
É loucura acreditar que conhecemos todas as coisas, mas é sabedoria estudar sempre.
Só o conhecimento permite progredir através de inumeráveis degraus, na perspectiva maravilhosa que o mundo oferece. É ele que possibilita a evolução do ser por si mesmo, construindo-se todos os dias, por seus atos. Pelo conhecimento se pode conquistar corações e mentes.
Conhecimento é poder. Não é o poder do mando, da palavra, da imagem, da seleção e interpretação dos fatos que, enganosamente, criam a ilusão do jornalista super-homem, do professor sabe-tudo.
É pelo livre-arbítrio que fixamos nosso próprio destino, e a vitória que vale a pena é a que aumenta a dignidade e reafirma valores profundos.
E ser digno, em qualquer campo da atividade humana, é transformar o olhar com que contemplamos os nossos semelhantes, confirmando a crença de que estamos todos juntos, na mesma tarefa de viver".
Feliz Dia do Aluno!
É estranho parar para pensar num data específica para comemorar as atividades que exerço. Afinal, tem dia do repórter, do jornalista, do comunicólogo, do redator, do professor, da mãe...
Mas decidi escrever no Dia do Professor. Afinal, gosto de ser professora, gosto da atividade que transmite conhecimentos. Talvez, por isso, não me canse de citar Cora Coralina: "Feliz daquele que transfere o que sabe e aprende com o que ensina".
Gostaria que alguns colegas especiais ao meu coração lessem o que vou escrever, mas o texto abaixo foi pensado, especialmente, para os meus alunos. De hoje, de ontem, de sempre.
Vamos lá.
"A mágica contida em cada minuto desse nosso caminho fala de alentos e propósitos, lutas, valorização, dores, alegrias, lembranças, uma multidão de sensações inexplicadas.
Vivemos juntos dias em que algumas vezes nos sentimos sozinhos e minúsculos. Mas, em compensação, também conhecemos o extraordinário poder da superação que tem a vida, da força com que ela nos impele para enfrentar desafios, ultrapassar dificuldades e aprender.
Vocês escolheram ser jornalistas, eu escolhi ser jornalista e também transmirir a vocês o que sei sobre a profissão, o que vivi e ainda vivo no exercício do Jornalismo.
Isso significa nos expormos à análise diária. Vocês como aprendizes, eu, como transmissora de algum saber que um dia me foi transmitido por outros mestres, pelo exercício profissional, pela vida.
Vocês optaram por uma atividade profissional muitas vezes confundida com a ficção, que coloriu o Jornalismo com um dia-a-dia maravilhoso, cheio de aventuras, onde o repórter combate os males sociais. Creiam: na docência, não é diferente. Os filmes endeusam os professores, os colocam como salvadores dos males da humanidade.
Mas o que a ficção dificilmente mostra é que em qualquer atividade humana, também nós, professores, temos o contato íntimo com realidades nem sempre prazerosas, que o professor é tão humano quanto o aluno e que também lê com olhos diferentes aquilo que o agrada ou que o fere.
Afinal, na vida real, a falta de convivência com os contrários ainda não foi solucionada. É difícil exercer a liberdade de ação, pensamento e expressão com princípios éticos, respeitando o próximo em sua individualidade.
Mas vocês, meus alunos, já fizeram uma escolha, e, pouco a pouco, dão passos em direção ao crescimento, ao aperfeiçoamento.
Os campos do conhecimento vão se alargando, as aspirações se depurando e se enriquecendo com sentidos novos.
Caminham. E ganham consciência de que cada passo que dão à frente, se deparam com a necessidade de mais saber.
Aprendem que nossas conquistas não são mais do que esboços provisórios, superiores aos conhecimentos dos nossos pais, mas que serão substituídos por novas descobertas. Afinal, o presente não é senão uma estação na grande viagem da humanidade.
Aprendem que a vida não pára, que ela é rara, e que ela depende apenas de cada um. Saibam: não importa em quantos pedaços o nosso coração venha a ser partido, o mundo não espera para o consertarmos.
Comparando o que já aprenderam e o que ainda resta a ser explorado no mundo, já sabem que somente com muita reflexão e observação é que se adquire o conhecimento da vida, que se aprende a julgar os homens, a discernir o seu caráter, a resguardar-se dos embustes do mundo.
Um simples curso de graduação não levaria a toda essa percepção. Mas, tenho certeza, vocês têm acesso a outros valores. O conhecimento que adquirem a cada dia, já fez germinar em cada um de vocês a semente de um caminho digno.
O flagelo maior, a ignorância, vocês estão aprendendo a dominar. Ela é um mal soberano onde se processam todos os outros.
É loucura acreditar que conhecemos todas as coisas, mas é sabedoria estudar sempre.
Só o conhecimento permite progredir através de inumeráveis degraus, na perspectiva maravilhosa que o mundo oferece. É ele que possibilita a evolução do ser por si mesmo, construindo-se todos os dias, por seus atos. Pelo conhecimento se pode conquistar corações e mentes.
Conhecimento é poder. Não é o poder do mando, da palavra, da imagem, da seleção e interpretação dos fatos que, enganosamente, criam a ilusão do jornalista super-homem, do professor sabe-tudo.
É pelo livre-arbítrio que fixamos nosso próprio destino, e a vitória que vale a pena é a que aumenta a dignidade e reafirma valores profundos.
E ser digno, em qualquer campo da atividade humana, é transformar o olhar com que contemplamos os nossos semelhantes, confirmando a crença de que estamos todos juntos, na mesma tarefa de viver".
Feliz Dia do Aluno!
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
O jornal como instrumento social
Postado por
Arylce Tomaz
às
13:36
A adoção, por parte dos docentes de Ensino Superior, do jornal impresso como recurso didático auxiliar e instrumento de análise da realidade, posicionando o aluno de forma crítica na sociedade, está longe de um índice satisfatório, se comparada com o que vem sendo realizado nos ensinos Fundamental e Médio.
Quando equiparada com outros recursos pedagógicos, a leitura de jornais, também na universidade, aparece relacionada a expressões degradantes como “matar aula” e “matar o tempo”, aparentemente análogas ao prestígio e capacidade do professor. E vários são os fatores que levam a isso.
Vivemos sob o estigma de que não existe tradição de leitura no País, dada as condições do seu desenvolvimento histórico e cultural. A leitura, enquanto atividade de atualização e lazer, sempre se restringiu a uma minoria de indivíduos e as dificuldades econômicas levantaram barreiras para o acesso à leitura.
Paralelamente a esses fatos, houve, nas últimas décadas, um surto de criação de novas faculdades, onde são comuns queixas dos professores sobre a carência cultural de grande parte dos alunos que nelas ingressam.
Embora com atraso, é preciso que se desenvolva nesses estudantes a conscientização da importância de se manterem informados, de enriquecerem seus conhecimentos culturais. O que implica em professores mediadores desse processo em sala de aula.
A utilização pedagógica de jornais contribui para esses objetivos. Minha experiência pessoal como professora de Comunicação Social (Jornalismo) e como jornalista profissional, leva-me à essa afirmação, sem temor de erro.
Fato abalizado, inclusive, pelos resultados satisfatórios percebidos em meus próprios alunos, e que estimularam a direcionar minha dissertação de Mestrado para a leitura crítica de textos jornalísticos nas classes de primeiro ano dos cursos de Jornalismo.
A importância do jornal impresso na produção de conhecimentos na universidade é destacada por vários e importantes educadores, a exemplo de Ezequiel Theodoro da Silva, pesquisador que tem dedicado parte de sua vida ao incentivo da leitura crítica. Ele afirma que a produção e divulgação da ciência e da cultura parece caminhar por meios que se utilizam da expressão escrita; assim sendo, pelo menos na grande maioria das vezes, o livro, o periódico (jornal), a revista especializada são os meios mais práticos para a circulação do conhecimento.
É sabido que a possibilidade de levar aos alunos fatos atuais se concretiza com as reportagens, uma espécie de forma especial para reunir o que é preciso narrar na vida diária, a única que realmente existe, com suas minúcias, suas importâncias e “desimportâncias”, como diria o poeta Manuel de Barros.
A reportagem concretiza, entre nós, uma forma de conhecimento da atividade social, permite compartilhar com os leitores o destino de um pedaço específico da humanidade.
Considerando-se a Educação a Pedagogia do Conhecimento, todo tipo de ação pedagógica deve, portanto, comprometer constantemente os alunos com a problemática de suas situações existenciais.
Atribui-se ainda à análise crítica da informação jornalística, a possibilidade de articulação entre os aspectos socioculturais e comportamentais das relações do homem com a realidade dos indivíduos, enfim, com o seu meio.
A leitura crítica dos veículos de comunicação como instrumento de acesso à cultura e de aquisição de experiências também é defendida pelo prof. Dr. José Marques de Melo, quando diz que a tarefa de disseminar a leitura crítica da comunicação principia na escola, onde as novas gerações devem ser iniciadas sistematicamente no mundo dos “media”, aprendendo a compreendê-los como engrenagens da difusão simbólica, que possuem suas próprias gramáticas.
Ou seja, que recorrem a artifícios de codificação, consentâneos com a sua natureza tecnológica, e cujo conhecimento por parte dos estudantes os capacitará a realizar leituras desmitificadas.
Quando equiparada com outros recursos pedagógicos, a leitura de jornais, também na universidade, aparece relacionada a expressões degradantes como “matar aula” e “matar o tempo”, aparentemente análogas ao prestígio e capacidade do professor. E vários são os fatores que levam a isso.
Vivemos sob o estigma de que não existe tradição de leitura no País, dada as condições do seu desenvolvimento histórico e cultural. A leitura, enquanto atividade de atualização e lazer, sempre se restringiu a uma minoria de indivíduos e as dificuldades econômicas levantaram barreiras para o acesso à leitura.
Paralelamente a esses fatos, houve, nas últimas décadas, um surto de criação de novas faculdades, onde são comuns queixas dos professores sobre a carência cultural de grande parte dos alunos que nelas ingressam.
Embora com atraso, é preciso que se desenvolva nesses estudantes a conscientização da importância de se manterem informados, de enriquecerem seus conhecimentos culturais. O que implica em professores mediadores desse processo em sala de aula.
A utilização pedagógica de jornais contribui para esses objetivos. Minha experiência pessoal como professora de Comunicação Social (Jornalismo) e como jornalista profissional, leva-me à essa afirmação, sem temor de erro.
Fato abalizado, inclusive, pelos resultados satisfatórios percebidos em meus próprios alunos, e que estimularam a direcionar minha dissertação de Mestrado para a leitura crítica de textos jornalísticos nas classes de primeiro ano dos cursos de Jornalismo.
A importância do jornal impresso na produção de conhecimentos na universidade é destacada por vários e importantes educadores, a exemplo de Ezequiel Theodoro da Silva, pesquisador que tem dedicado parte de sua vida ao incentivo da leitura crítica. Ele afirma que a produção e divulgação da ciência e da cultura parece caminhar por meios que se utilizam da expressão escrita; assim sendo, pelo menos na grande maioria das vezes, o livro, o periódico (jornal), a revista especializada são os meios mais práticos para a circulação do conhecimento.
É sabido que a possibilidade de levar aos alunos fatos atuais se concretiza com as reportagens, uma espécie de forma especial para reunir o que é preciso narrar na vida diária, a única que realmente existe, com suas minúcias, suas importâncias e “desimportâncias”, como diria o poeta Manuel de Barros.
A reportagem concretiza, entre nós, uma forma de conhecimento da atividade social, permite compartilhar com os leitores o destino de um pedaço específico da humanidade.
Considerando-se a Educação a Pedagogia do Conhecimento, todo tipo de ação pedagógica deve, portanto, comprometer constantemente os alunos com a problemática de suas situações existenciais.
Atribui-se ainda à análise crítica da informação jornalística, a possibilidade de articulação entre os aspectos socioculturais e comportamentais das relações do homem com a realidade dos indivíduos, enfim, com o seu meio.
A leitura crítica dos veículos de comunicação como instrumento de acesso à cultura e de aquisição de experiências também é defendida pelo prof. Dr. José Marques de Melo, quando diz que a tarefa de disseminar a leitura crítica da comunicação principia na escola, onde as novas gerações devem ser iniciadas sistematicamente no mundo dos “media”, aprendendo a compreendê-los como engrenagens da difusão simbólica, que possuem suas próprias gramáticas.
Ou seja, que recorrem a artifícios de codificação, consentâneos com a sua natureza tecnológica, e cujo conhecimento por parte dos estudantes os capacitará a realizar leituras desmitificadas.
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
População é a favor do diploma
Postado por
Arylce Tomaz
às
20:02
Hoje pela manhã, estivemos novamente reunidos na sede de Santos do Sindicato dos Jornalistas, para darmos continuidade aos trabalhos que visam a conscientização e mobilização da sociedade em relação à exigência do diploma de nível superior para o exercício do jornalismo. Lá estavam jornalistas representantes das escolas de jornalismo de Santos e jornalistas sindicalistas.
Um dos ítens expostos foi o resultado da pesquisa de opinião nacional CNT/Sensus, que registra que a grande maioria da população brasileira é a favor da exigência do diploma para o exercício da profissão.
Um total de 74,3% dos entrevistados - foram aplicados 2 mil questionários - se disseram a favor do diploma, 13,9% contra e 11,7% não souberam ou não responderam.
A pesquisa quis saber, ainda, o que o povo acha da criação do Conselho Faderal dos Jornalistas para a regulamentação do exercício da profissão no País, a exemplo das OABs para os advogados e dos CREAs para os engenheiros e arquitetos.
O resultado foi que 74,8% acham que o Conselho deve ser criado, 8,3% são contra, 6,5% responderam que depende, e 10,4% não sabem ou não responderam.
Sobre a pergunta relacionada à credibildiade das notícias, 42,7% disseram que acreditam no que lêem, ouvem ou assistem, 12,2% não acreditam, 41,6% que acreditam parcialmente e 3,5% não sabem ou não responderam.
Com a proximdiade da votação da exigência do diploma pelo Superior Tribunal Federal (STF), o resulto da pesquisa é um importante instrumento para mostrar aos ministros os anseios da sociedade e que a luta pelo diploma não é questão meramente classista, mas de defesa da qualidade da informação a ser oferecida à sociedade.
Afinal, informação e democracia caminham juntas.
Um dos ítens expostos foi o resultado da pesquisa de opinião nacional CNT/Sensus, que registra que a grande maioria da população brasileira é a favor da exigência do diploma para o exercício da profissão.
Um total de 74,3% dos entrevistados - foram aplicados 2 mil questionários - se disseram a favor do diploma, 13,9% contra e 11,7% não souberam ou não responderam.
A pesquisa quis saber, ainda, o que o povo acha da criação do Conselho Faderal dos Jornalistas para a regulamentação do exercício da profissão no País, a exemplo das OABs para os advogados e dos CREAs para os engenheiros e arquitetos.
O resultado foi que 74,8% acham que o Conselho deve ser criado, 8,3% são contra, 6,5% responderam que depende, e 10,4% não sabem ou não responderam.
Sobre a pergunta relacionada à credibildiade das notícias, 42,7% disseram que acreditam no que lêem, ouvem ou assistem, 12,2% não acreditam, 41,6% que acreditam parcialmente e 3,5% não sabem ou não responderam.
Com a proximdiade da votação da exigência do diploma pelo Superior Tribunal Federal (STF), o resulto da pesquisa é um importante instrumento para mostrar aos ministros os anseios da sociedade e que a luta pelo diploma não é questão meramente classista, mas de defesa da qualidade da informação a ser oferecida à sociedade.
Afinal, informação e democracia caminham juntas.
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Guia de Reforma Ortográfica
Postado por
Arylce Tomaz
às
18:55
A nova reforma ortográfica está prestes a entrar em vigor. A Melhoramentos apresenta o guia abaixo, muito legal.
Conheça e baixe:
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Contra a pirataria na comunicação
Postado por
Arylce Tomaz
às
13:54
A data já está definida: 31 de outubro, uma sexta-feira.
Nesse dia, em local a ser escolhido, estarão reunidos jornalistas, empresários de comunicação, políticos de várias esferas, professores, alunos e direção dos cursos de comunicação, representantes do Sindicato dos Jornalistas e outros convidados de vários segmentos da sociedade.
O objetivo é uma ampla discussão e conscientização sobre a pirataria que acontece em parte das empresas de comunicação da região.
Um problema que existe, é grave, mas que parcela significativa da sociedade desconhece.
E como o conhecimento é o primeiro passo rumo às mudanças, estão unidos nessa tarefa, apoiando oo Sindicato dos Jornalistas de Santos, as três universidades que mantêm cursos de comunicação: Unimonte, Unisanta e UniSantos.
Logo que o local seja escolhido, voltarei ao assunto.
O lema é: "Contra a pirataria na comunicação".
Nesse dia, em local a ser escolhido, estarão reunidos jornalistas, empresários de comunicação, políticos de várias esferas, professores, alunos e direção dos cursos de comunicação, representantes do Sindicato dos Jornalistas e outros convidados de vários segmentos da sociedade.
O objetivo é uma ampla discussão e conscientização sobre a pirataria que acontece em parte das empresas de comunicação da região.
Um problema que existe, é grave, mas que parcela significativa da sociedade desconhece.
E como o conhecimento é o primeiro passo rumo às mudanças, estão unidos nessa tarefa, apoiando oo Sindicato dos Jornalistas de Santos, as três universidades que mantêm cursos de comunicação: Unimonte, Unisanta e UniSantos.
Logo que o local seja escolhido, voltarei ao assunto.
O lema é: "Contra a pirataria na comunicação".
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
O melhor professor
Postado por
Arylce Tomaz
às
11:34
Ser o melhor no que se faz é a meta de todo profissional consciente.
O professor não foge à essa regra. Entretanto, o tipo de prestação de serviço do professor talvez seja o que o coloca tão desconfortavelmente na berlinda, quando analisado no quesito competência.
Ao procuramos um advogado queremos que ele resolva nosso problema, que facilite nossa vida, nos afastando do que nos preocupa, incomoda, dá trabalho e não temos condições de resolver por conta própria. O mesmo acontece com um dentista, um médico, um encanador, uma faxineira e tantas outras ocupações.
Mas, e com o professor?
Com essa categoria ocorre (ou deveria ocorrer) exatamente o oposto. O professor existe para nos transmitir conhecimento e para cobrar nosso aprendizado.
Dentre suas funções, as mais árduas são as que estão relacionadas a mensurar o aprendizado. E, por isso, o professor, ao contrário de outros profissionais, nos cobra, dá trabalho, exige, e até faz prova, com nota, para saber se atingimos certa meta.
Dar aos alunos alicerce para no futuro saber enfrentar o mercado de trabalho com competência e responsabilidade faz parte das atribuições docentes, em especial nos cursos profissionalizantes, onde se inclue o ensino superior.
Por isso me preocupa a avaliação sobre o melhor professor, quando competência se confunde com "passar a mão na cabeça", fechar os olhos à realidade.
Há quem acredite que o melhor é o professor quebra-galho, pouco exigente, que se satisfaz com o baixo rendimento, que não está nem aí com faltas e atrasos, que aceita desculpas bobas para não se aborrecer e chamar o aluno às suas responsabilidades.
Mas, chegar atrasado, faltar, não cumprir prazos extipulados, não ser exigente consigo mesmo e não buscar a qualidade e a competência no que faz é o perfil do profissional que as empresas buscam?
Flexibilizar, em qualquer área, é importante. Somos gente, e às vezes não conseguimos suportar toda a carga que nos é imposta. Mas, fazer disso uma prática mais comum do que a realidade do mercado de trabalho é estimular a incompetência.
E, na hora de encarar o emprego, não tem professor bonzinho que resolva o problema. Não mesmo!
O professor não foge à essa regra. Entretanto, o tipo de prestação de serviço do professor talvez seja o que o coloca tão desconfortavelmente na berlinda, quando analisado no quesito competência.
Ao procuramos um advogado queremos que ele resolva nosso problema, que facilite nossa vida, nos afastando do que nos preocupa, incomoda, dá trabalho e não temos condições de resolver por conta própria. O mesmo acontece com um dentista, um médico, um encanador, uma faxineira e tantas outras ocupações.
Mas, e com o professor?
Com essa categoria ocorre (ou deveria ocorrer) exatamente o oposto. O professor existe para nos transmitir conhecimento e para cobrar nosso aprendizado.
Dentre suas funções, as mais árduas são as que estão relacionadas a mensurar o aprendizado. E, por isso, o professor, ao contrário de outros profissionais, nos cobra, dá trabalho, exige, e até faz prova, com nota, para saber se atingimos certa meta.
Dar aos alunos alicerce para no futuro saber enfrentar o mercado de trabalho com competência e responsabilidade faz parte das atribuições docentes, em especial nos cursos profissionalizantes, onde se inclue o ensino superior.
Por isso me preocupa a avaliação sobre o melhor professor, quando competência se confunde com "passar a mão na cabeça", fechar os olhos à realidade.
Há quem acredite que o melhor é o professor quebra-galho, pouco exigente, que se satisfaz com o baixo rendimento, que não está nem aí com faltas e atrasos, que aceita desculpas bobas para não se aborrecer e chamar o aluno às suas responsabilidades.
Mas, chegar atrasado, faltar, não cumprir prazos extipulados, não ser exigente consigo mesmo e não buscar a qualidade e a competência no que faz é o perfil do profissional que as empresas buscam?
Flexibilizar, em qualquer área, é importante. Somos gente, e às vezes não conseguimos suportar toda a carga que nos é imposta. Mas, fazer disso uma prática mais comum do que a realidade do mercado de trabalho é estimular a incompetência.
E, na hora de encarar o emprego, não tem professor bonzinho que resolva o problema. Não mesmo!
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Ainda sobre estágio
Postado por
Arylce Tomaz
às
14:47
Não podemos esquecer que o estágio em Jornalismo continua proibido.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, buscando diminuir os abusos que ocorrem em muitas empresas de comunicação, criou algumas normas para a fiscalização dessas atividades que, apesar de proibidas, são uma realidade em todo o país.
Uma delas é o trabalho do estagiário ser acompanhado pela instituição de ensino superior na qual ele esteja regularmente matriculado, e pelo sindicato e/ou suas regionais.
Vale lembrar que as reportagens externas devem ser realizadas por um profissional contratado pela empresa, podendo o estagiário acompanhá-lo para efeito de observação das atividades e conseqüente aprendizagem.
Para os estudantes de Jornalismo, as atividades práticas desenvolvidas durante o curso - que são muitas e nas mais diferentes mídias - equivalem ao estágio. Daí a exigência, pelo MEC, dos produtos laboratoriais.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, buscando diminuir os abusos que ocorrem em muitas empresas de comunicação, criou algumas normas para a fiscalização dessas atividades que, apesar de proibidas, são uma realidade em todo o país.
Uma delas é o trabalho do estagiário ser acompanhado pela instituição de ensino superior na qual ele esteja regularmente matriculado, e pelo sindicato e/ou suas regionais.
Vale lembrar que as reportagens externas devem ser realizadas por um profissional contratado pela empresa, podendo o estagiário acompanhá-lo para efeito de observação das atividades e conseqüente aprendizagem.
Para os estudantes de Jornalismo, as atividades práticas desenvolvidas durante o curso - que são muitas e nas mais diferentes mídias - equivalem ao estágio. Daí a exigência, pelo MEC, dos produtos laboratoriais.
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Lula sanciona mudanças na Lei do Estágio
Postado por
Arylce Tomaz
às
13:27
Da Redação
Em São Paulo
Você é a favor da nova lei de estágio? Comente
Está publicada na edição desta sexta (26) do Diário Oficial da União a atualização da Lei do Estágio. De acordo com a Lei n.º 11.788, a partir de agora, os estagiários que tenham contrato com duração igual ou superior a um ano têm direito a 30 dias de recesso, preferencialmente durante as férias escolares.
Além disso, nos casos de o estágio ter duração inferior a um ano, os dias de recesso serão concedidos de maneira proporcional. A legislação também prevê que o recesso deverá ser remunerado quando o estagiário receber bolsa ou outra forma de auxílio.
Principais mudanças da lei
Vínculo do estágio ao projeto pedagógico da escola
Férias remuneradas, de 30 dias ou proporcionais
Limites de quatro ou seis horas diárias
Duração do estágio será de até 2 anos
Cotas de 10% das vagas para deficientes
Estágio não-obrigatório tem de ser remunerado
Limite de vagas nas empresas para estágio de nível médio
Quanto à duração do estágio, a nova lei diz que estudantes da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental (na modalidade profissional de educação de jovens e adultos) só podem ser contratados para a carga horária de quatro horas diárias de trabalho.
Os alunos do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular podem trabalhar até seis horas diárias. Estágios com 40 horas semanais podem ser destinados somente a estudantes matriculados em cursos que alternem aulas teóricas e práticas.
A lei estabelece ainda que o estágio, mesmo aquele que não é obrigatório para a conclusão do curso, agora tem de estar vinculado ao projeto pedagógico da escola, inclusive no ensino médio. O estagiário tem ainda de ser supervisionado por um coordenador na universidade e por um profissional na empresa. No máximo a cada seis meses, um relatório das atividades do estágio tem de ser apresentado à instituição de ensino.
A lei também fixa limites para o número de estudantes de nível médio estagiando nas empresas. As empresas que têm de um a cinco empregados poderão recrutar apenas um estagiário; de seis a dez, até dois; de 11 a 25 empregados, até cinco estagiários; e acima de 25, até 20%. A justificativa para a mudança é reduzir a utilização do estágio como substituição de mão-de-obra.
Outra mudança é a de que o estágio deve durar no máximo dois anos -- a lei anterior fixava um mínimo, de seis meses, que não está previsto na nova legislação, mas não estabelecia um máximo. Além disso, a lei estabelece que profissionais liberais de nível superior também poderão recrutar estagiários.
Com informações da Agência Brasil
Em São Paulo
Você é a favor da nova lei de estágio? Comente
Está publicada na edição desta sexta (26) do Diário Oficial da União a atualização da Lei do Estágio. De acordo com a Lei n.º 11.788, a partir de agora, os estagiários que tenham contrato com duração igual ou superior a um ano têm direito a 30 dias de recesso, preferencialmente durante as férias escolares.
Além disso, nos casos de o estágio ter duração inferior a um ano, os dias de recesso serão concedidos de maneira proporcional. A legislação também prevê que o recesso deverá ser remunerado quando o estagiário receber bolsa ou outra forma de auxílio.
Principais mudanças da lei
Vínculo do estágio ao projeto pedagógico da escola
Férias remuneradas, de 30 dias ou proporcionais
Limites de quatro ou seis horas diárias
Duração do estágio será de até 2 anos
Cotas de 10% das vagas para deficientes
Estágio não-obrigatório tem de ser remunerado
Limite de vagas nas empresas para estágio de nível médio
Quanto à duração do estágio, a nova lei diz que estudantes da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental (na modalidade profissional de educação de jovens e adultos) só podem ser contratados para a carga horária de quatro horas diárias de trabalho.
Os alunos do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular podem trabalhar até seis horas diárias. Estágios com 40 horas semanais podem ser destinados somente a estudantes matriculados em cursos que alternem aulas teóricas e práticas.
A lei estabelece ainda que o estágio, mesmo aquele que não é obrigatório para a conclusão do curso, agora tem de estar vinculado ao projeto pedagógico da escola, inclusive no ensino médio. O estagiário tem ainda de ser supervisionado por um coordenador na universidade e por um profissional na empresa. No máximo a cada seis meses, um relatório das atividades do estágio tem de ser apresentado à instituição de ensino.
A lei também fixa limites para o número de estudantes de nível médio estagiando nas empresas. As empresas que têm de um a cinco empregados poderão recrutar apenas um estagiário; de seis a dez, até dois; de 11 a 25 empregados, até cinco estagiários; e acima de 25, até 20%. A justificativa para a mudança é reduzir a utilização do estágio como substituição de mão-de-obra.
Outra mudança é a de que o estágio deve durar no máximo dois anos -- a lei anterior fixava um mínimo, de seis meses, que não está previsto na nova legislação, mas não estabelecia um máximo. Além disso, a lei estabelece que profissionais liberais de nível superior também poderão recrutar estagiários.
Com informações da Agência Brasil
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Documentário: "Carteira Preta"
Postado por
Arylce Tomaz
às
12:59
Para conhecer um pouco sobre a estiva, aí está mais um documentário da turma de jornalismo: "Carteira Preta".
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Contra a pirataria nas empresas jornalísticas
Postado por
Arylce Tomaz
às
18:48
Hoje cedo, em reunião na sede do Sindicato dos Jornalistas, em Santos, o grupo de jornalistas formado para unir esforços em torno da campanha em defesa do diploma universitário para o exercício da profissão definiu algumas ações.
Uma delas será a realização de um amplo debate, provavelmente, no início de novembro, com os mais variados representantes dos segmentos sociais (jornalistas, políticos, empresários, sindicalistas, reitores, etc.), para debaterem sobre a responsabilidade das empresas jornalísticas em todo o processo de regulamentação profissional.
Mais especificamente, será discutida a própria constituição jurídica das empresas de comunicação (que não pode se comprarar a um simples comércio) e, a conseqüente contratação de profissionais.
Não à pirataria nas empresas jornalísticas é o nosso objetivo.
Participaram da reunião os jornalistas Nilson Regalado, Luigi Bongiovani, Ouydes Fonseca, Humberto Challoub e Arylce Tomaz.
Uma delas será a realização de um amplo debate, provavelmente, no início de novembro, com os mais variados representantes dos segmentos sociais (jornalistas, políticos, empresários, sindicalistas, reitores, etc.), para debaterem sobre a responsabilidade das empresas jornalísticas em todo o processo de regulamentação profissional.
Mais especificamente, será discutida a própria constituição jurídica das empresas de comunicação (que não pode se comprarar a um simples comércio) e, a conseqüente contratação de profissionais.
Não à pirataria nas empresas jornalísticas é o nosso objetivo.
Participaram da reunião os jornalistas Nilson Regalado, Luigi Bongiovani, Ouydes Fonseca, Humberto Challoub e Arylce Tomaz.
Brasileiros defendem diploma para jornalistas
Postado por
lousada
às
18:36
Os brasileiros defendem o diploma para que jornalistas exerçam a profissão. Pesquisa de opinião realizada pela Fenaj/Sensus aponta que 74,3% dos dois mil entrevistados em território nacional disseram ser a favor do diploma, contra 13,9% que defendem a atuação jornalística sem o documento. Os que não souberam e não responderam foram 11,7%.
Questionados se um Conselho Federal dos Jornalistas deve ser criado, para a regulamentação da profissão, como acontece com a OAB, para os advogados, e o CREA, para os engenheiros, 74,8% aprovaram a idéia, contra 8,3% que rejeitaram - 6,5% responderam que depende/talvez e 10,4% não sabem ou não responderam.
Sobre a credibilidade das notícias, 42,7% acreditam no que lêem, ouvem ou assistem, enquanto 41,6% acreditam parcialmente, 12,2% não acreditam e 3,5% não sabem ou não responderam.
“Acho que no geral o resultado da pesquisa é positivo para a imprensa. Fiquei surpreso porque as pessoas acreditam nos jornalistas, o que aumenta o nosso grau de credibilidade e o nosso desafio para ampliar isso. A credibilidade é o maior patrimônio de um jornalista. É ela que nos diferencia dos blogueiros, por exemplo. É o jornalista que pode atestar que a informação é veraz, que pode ser usada”, disse o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Sérgio Murillo de Andrade.
Ele contou que alguns diretores da Fenaj tinham dúvida em fazer a pesquisa já que o debate a respeito do diploma é restrito a veículos especializados, como o Comunique-se, e não aos de grande alcance. “O resultado é natural. O sujeito que tá na rua vai querer o melhor médico, o melhor professor para seu filho, o melhor advogado. Por que vai querer o pior jornalista?”.
Ele já tem em mãos 11 cópias do relatório da pesquisa e vai entregar na tarde desta terça-feira os documentos nos gabinetes dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já que está próxima a votação da exigência do diploma.
A pesquisa foi realizada entre 15 e 19/09 em todo o País, com sorteio aleatório de 136 municípios pelo método da Probabilidade Proporcional ao Tamanho (PPT). A margem de erro é de 3% para mais ou para menos.
Questionados se um Conselho Federal dos Jornalistas deve ser criado, para a regulamentação da profissão, como acontece com a OAB, para os advogados, e o CREA, para os engenheiros, 74,8% aprovaram a idéia, contra 8,3% que rejeitaram - 6,5% responderam que depende/talvez e 10,4% não sabem ou não responderam.
Sobre a credibilidade das notícias, 42,7% acreditam no que lêem, ouvem ou assistem, enquanto 41,6% acreditam parcialmente, 12,2% não acreditam e 3,5% não sabem ou não responderam.
“Acho que no geral o resultado da pesquisa é positivo para a imprensa. Fiquei surpreso porque as pessoas acreditam nos jornalistas, o que aumenta o nosso grau de credibilidade e o nosso desafio para ampliar isso. A credibilidade é o maior patrimônio de um jornalista. É ela que nos diferencia dos blogueiros, por exemplo. É o jornalista que pode atestar que a informação é veraz, que pode ser usada”, disse o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Sérgio Murillo de Andrade.
Ele contou que alguns diretores da Fenaj tinham dúvida em fazer a pesquisa já que o debate a respeito do diploma é restrito a veículos especializados, como o Comunique-se, e não aos de grande alcance. “O resultado é natural. O sujeito que tá na rua vai querer o melhor médico, o melhor professor para seu filho, o melhor advogado. Por que vai querer o pior jornalista?”.
Ele já tem em mãos 11 cópias do relatório da pesquisa e vai entregar na tarde desta terça-feira os documentos nos gabinetes dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já que está próxima a votação da exigência do diploma.
A pesquisa foi realizada entre 15 e 19/09 em todo o País, com sorteio aleatório de 136 municípios pelo método da Probabilidade Proporcional ao Tamanho (PPT). A margem de erro é de 3% para mais ou para menos.
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Onde estão as camisetas?
Postado por
Arylce Tomaz
às
12:29
Mobilização
A FENAJ e os 31 Sindicatos de Jornalistas do país convidam todos os profissionais, estudantes e professores de Jornalismo que não puderem se deslocar até Brasília a vestir, hoje, dia do Ato, a camisa da campanha "Jornalistas por formação" para marcar o protesto nas redações, assessorias e faculdades de todos os estados.
Tudo muito legal. Mas, onde estão as camisetas? Por que nosso sindicato, aqui na região da Baixada Santista e Litoral, não se mobilizou nesse sentido?
Não vi ninguém do sindicato nas faculdades vendendo camisetas - ou o que é mais importante - conversando com os estudantes. O assunto só chegou aos alunos porque alguns de nós, jornalistas e professores universitários, por conta própria, não deixamos a questão cair no eequecimento dos futuros colegas de profissão.
A intenção do protesto de hoje é sensibilizar os 11 ministros do STF a votarem a favor da manutenção do diploma como garantia mínima de qualificação teórica, ética e técnica profissional e de um Jornalismo voltado para o interesse público.
Será que nossa participação nessa mobilização não é importante, pelo fato de não trabalharmos nas grandes capitais?
A FENAJ e os 31 Sindicatos de Jornalistas do país convidam todos os profissionais, estudantes e professores de Jornalismo que não puderem se deslocar até Brasília a vestir, hoje, dia do Ato, a camisa da campanha "Jornalistas por formação" para marcar o protesto nas redações, assessorias e faculdades de todos os estados.
Tudo muito legal. Mas, onde estão as camisetas? Por que nosso sindicato, aqui na região da Baixada Santista e Litoral, não se mobilizou nesse sentido?
Não vi ninguém do sindicato nas faculdades vendendo camisetas - ou o que é mais importante - conversando com os estudantes. O assunto só chegou aos alunos porque alguns de nós, jornalistas e professores universitários, por conta própria, não deixamos a questão cair no eequecimento dos futuros colegas de profissão.
A intenção do protesto de hoje é sensibilizar os 11 ministros do STF a votarem a favor da manutenção do diploma como garantia mínima de qualificação teórica, ética e técnica profissional e de um Jornalismo voltado para o interesse público.
Será que nossa participação nessa mobilização não é importante, pelo fato de não trabalharmos nas grandes capitais?
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Diploma: Ato público nacional em Brasília defende formação e regulamentação dos Jornalistas
Postado por
lousada
às
16:19
Na semana em que a FENAJ completa 62 anos de história, jornalistas brasileiros se reúnem em frente ao STF num Ato público em defesa do diploma para o exercício da profissão. O Ato está previsto para 13 horas desta quarta-feira, dia 17 de setembro, na Praça dos Três Poderes, em frente ao Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Parlamentares, entidades e movimentos sociais já confirmaram presença no evento.
Mudanças no Grupo Estado avançam
Postado por
lousada
às
00:25
Eduardo Ribeiro (*)
Quem se aventurasse a um passeio pelas redações dos veículos do Grupo Estado no final da manhã desta terça-feira certamente encontraria um imenso vazio humano, quase sem viva alma. E por incrível que pareça tratava-se de um vazio provocado por uma reunião, ou melhor, por uma plenária, que tinha como objetivo apresentar a todos os profissionais do jornalismo da casa as novas orientações editoriais que querem colocar os produtos Estado up to date com o que de mais moderno se faz no mundo da informação. Entre elas – e aí está a ponta de ironia – a de que o novo jornalismo de uma empresa de comunicação se faz não mais hierarquicamente, buscando um deadline de fechamento, mas durante as 24 horas do dia, sete dias por semana, 365 dias por ano – isso quando não for ano bissexto, porque neste caso o número passa a 366. Isso quer dizer que qualquer que seja o momento, as redações terão de estar preparadas e com equipes responsáveis para colocar online no ar informações relevantes, sem deixar obviamente de preparar os produtos com hora marcada, que levarão para o público informações organizadas e hierarquizadas, necessárias para organizar o pensamento e o melhor entendimento da realidade.
Cerca de 270 jornalistas das várias redações do Grupo Estado acotovelaram-se no auditório da empresa, onde a capacidade máxima de pessoas sentadas é de 250. E desses pelo que apurou este Jornalistas&Cia mais de 170 eram repórteres.
No encontro, que reuniu profissionais de O Estado de S.Paulo, Jornal da Tarde, Agência Estado, portal e Rádio Eldorado, o diretor de Conteúdo, Ricardo Gandour, falou sobre o projeto Fase 3, que prevê mudanças ainda mais intensas na área de conteúdo e do intenso envolvimento nesse processo de toda a cadeia produtiva e não mais apenas dos editores e diretores da casa.
Para melhor entender esse processo, que começou em 2004, em parceria com a consultoria Cases, de Barcelona, é preciso lembrar que o Fase 1 foi o redesenho do Estadão em 2004. O Fase 2, já na gestão de Gandour, em janeiro de 2007, mudou a arquitetura das redações, integrou os mesões de Estado, JT e portal e implantou um estúdio de tevê no meio da redação.
Os projetos Rumos e Fase 3, iniciados este ano, têm o objetivo de revisar processos editoriais, potencializar a atuação multimídia e otimizar a alocação de recursos, contemplando um processo contínuo de produção e edição ao longo das 24 horas do dia. Além disso, foram estudados e debatidos os rumos do jornalismo de qualidade no mundo todo. Os trabalhos mobilizaram os principais editores de todo o Grupo, em grupos de trabalho e reuniões plenárias. O Fase 3, especificamente, altera horários e rotinas dos jornais, o que já começou a ser feito na semana passada, aproxima mais as produções de todo o grupo e, além de aprofundar a visão multimídia nas pautas, cria a Central de Notícias, espécie de “rádio-escuta 2.0”, que já está em implantação mas irá operar a partir de novembro.
Esses dois projetos começaram em fevereiro, com um ciclo de palestras internacionais, do qual participaram, entre outros, executivos do The Guardian, do Clarín e o designer espanhol Toni Cases. Neste mesmo ciclo, jornalistas da casa relataram visitas feitas a jornais do exterior, como Washington Post, New York Times e diversos outros jornais norte-americanos. Depois, foram criados nove grupos de trabalho que mobilizaram mais de 50 jornalistas da casa e que culminaram com propostas debatidas em plenárias com todos os editores.
Um dos editores do jornal, a propósito, disse a esta coluna que, por envolver toda a equipe, este projeto tem contado com ampla participação e uma motivação muito grande de todos. Ele garantiu ainda que obviamente ninguém ali vai revelar o pulo do gato, mas os resultados estarão visíveis em poucos meses... nas bancas, no rádio, na web...
Versão aberta na internet – A versão impressa do Estadão está temporariamente disponível, na íntegra, para todos na internet, e não apenas para assinantes, com diversas facilidades de navegação, no http://digital.estadao.com.br/home.aspx . Segundo o diretor de Circulação do jornal, Antonio Hércules, “isso é uma ação de degustação, com uma nova tecnologia, mas será fechado em outubro”.
(*) É jornalista profissional formado pela Fundação Armando Álvares Penteado e co-autor de inúmeros projetos editoriais focados no jornalismo e na comunicação corporativa, entre eles o livro-guia "Fontes de Informação" e o livro "Jornalistas Brasileiros - Quem é quem no Jornalismo de Economia". Integra o Conselho Fiscal da Abracom - Associação Brasileira das Agências de Comunicação e é também colunista do jornal Unidade, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, além de dirigir e editar o informativo Jornalistas&Cia, da M&A Editora. É também diretor da Mega Brasil Comunicação, empresa responsável pela organização do Congresso Brasileiro de Jornalismo Empresarial, Assessoria de Imprensa e Relações Públicas.
Quem se aventurasse a um passeio pelas redações dos veículos do Grupo Estado no final da manhã desta terça-feira certamente encontraria um imenso vazio humano, quase sem viva alma. E por incrível que pareça tratava-se de um vazio provocado por uma reunião, ou melhor, por uma plenária, que tinha como objetivo apresentar a todos os profissionais do jornalismo da casa as novas orientações editoriais que querem colocar os produtos Estado up to date com o que de mais moderno se faz no mundo da informação. Entre elas – e aí está a ponta de ironia – a de que o novo jornalismo de uma empresa de comunicação se faz não mais hierarquicamente, buscando um deadline de fechamento, mas durante as 24 horas do dia, sete dias por semana, 365 dias por ano – isso quando não for ano bissexto, porque neste caso o número passa a 366. Isso quer dizer que qualquer que seja o momento, as redações terão de estar preparadas e com equipes responsáveis para colocar online no ar informações relevantes, sem deixar obviamente de preparar os produtos com hora marcada, que levarão para o público informações organizadas e hierarquizadas, necessárias para organizar o pensamento e o melhor entendimento da realidade.
Cerca de 270 jornalistas das várias redações do Grupo Estado acotovelaram-se no auditório da empresa, onde a capacidade máxima de pessoas sentadas é de 250. E desses pelo que apurou este Jornalistas&Cia mais de 170 eram repórteres.
No encontro, que reuniu profissionais de O Estado de S.Paulo, Jornal da Tarde, Agência Estado, portal e Rádio Eldorado, o diretor de Conteúdo, Ricardo Gandour, falou sobre o projeto Fase 3, que prevê mudanças ainda mais intensas na área de conteúdo e do intenso envolvimento nesse processo de toda a cadeia produtiva e não mais apenas dos editores e diretores da casa.
Para melhor entender esse processo, que começou em 2004, em parceria com a consultoria Cases, de Barcelona, é preciso lembrar que o Fase 1 foi o redesenho do Estadão em 2004. O Fase 2, já na gestão de Gandour, em janeiro de 2007, mudou a arquitetura das redações, integrou os mesões de Estado, JT e portal e implantou um estúdio de tevê no meio da redação.
Os projetos Rumos e Fase 3, iniciados este ano, têm o objetivo de revisar processos editoriais, potencializar a atuação multimídia e otimizar a alocação de recursos, contemplando um processo contínuo de produção e edição ao longo das 24 horas do dia. Além disso, foram estudados e debatidos os rumos do jornalismo de qualidade no mundo todo. Os trabalhos mobilizaram os principais editores de todo o Grupo, em grupos de trabalho e reuniões plenárias. O Fase 3, especificamente, altera horários e rotinas dos jornais, o que já começou a ser feito na semana passada, aproxima mais as produções de todo o grupo e, além de aprofundar a visão multimídia nas pautas, cria a Central de Notícias, espécie de “rádio-escuta 2.0”, que já está em implantação mas irá operar a partir de novembro.
Esses dois projetos começaram em fevereiro, com um ciclo de palestras internacionais, do qual participaram, entre outros, executivos do The Guardian, do Clarín e o designer espanhol Toni Cases. Neste mesmo ciclo, jornalistas da casa relataram visitas feitas a jornais do exterior, como Washington Post, New York Times e diversos outros jornais norte-americanos. Depois, foram criados nove grupos de trabalho que mobilizaram mais de 50 jornalistas da casa e que culminaram com propostas debatidas em plenárias com todos os editores.
Um dos editores do jornal, a propósito, disse a esta coluna que, por envolver toda a equipe, este projeto tem contado com ampla participação e uma motivação muito grande de todos. Ele garantiu ainda que obviamente ninguém ali vai revelar o pulo do gato, mas os resultados estarão visíveis em poucos meses... nas bancas, no rádio, na web...
Versão aberta na internet – A versão impressa do Estadão está temporariamente disponível, na íntegra, para todos na internet, e não apenas para assinantes, com diversas facilidades de navegação, no http://digital.estadao.com.br/home.aspx . Segundo o diretor de Circulação do jornal, Antonio Hércules, “isso é uma ação de degustação, com uma nova tecnologia, mas será fechado em outubro”.
(*) É jornalista profissional formado pela Fundação Armando Álvares Penteado e co-autor de inúmeros projetos editoriais focados no jornalismo e na comunicação corporativa, entre eles o livro-guia "Fontes de Informação" e o livro "Jornalistas Brasileiros - Quem é quem no Jornalismo de Economia". Integra o Conselho Fiscal da Abracom - Associação Brasileira das Agências de Comunicação e é também colunista do jornal Unidade, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, além de dirigir e editar o informativo Jornalistas&Cia, da M&A Editora. É também diretor da Mega Brasil Comunicação, empresa responsável pela organização do Congresso Brasileiro de Jornalismo Empresarial, Assessoria de Imprensa e Relações Públicas.
sábado, 13 de setembro de 2008
Sobre a Vírgula - Muito legal a campanha dos 100 anos da ABI (Associação Brasileira de Imprensa)
Postado por
lousada
às
12:40
Vírgula pode ser uma pausa...ou não.
Não, espere.
Não espere.
Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.
Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.
Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.
Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.
Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
Detalhes Adicionais
SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA
PROCURA.
Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER.
Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.
Não, espere.
Não espere.
Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.
Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.
Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.
Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.
Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
Detalhes Adicionais
SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA
PROCURA.
Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER.
Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Agir em favor do Jornalismo e de nós mesmos
Postado por
Arylce Tomaz
às
10:31
Oi, pessoal.
O jornalista e amigo Orlando Flexa reforça o pedido dos sindicatos de jornalistas de todo o Brasil para que a sociedade e, em especial, alunos, ex-alunos, professores e demais profissionais ligados ao Jornalismo se envolvam efetivamente na luta pela exigência do diploma de nível superior para o exercício da profissão.
É fácil, basta seguir as orientações abaixo para enviar e-mails às autoridades. São apenas alguns minutos. Essa ação interferirá no futuro da profissão e na qualidade da informação, tão essencial para a sociedade.
São apenas alguns minutos para ler o texto abaixo e agir.
"Olá minha eterna professora!
Gostaria de te pedir pra colocar esse aviso no seu Blog e repassar aos seus alunos de jornalismo, professores e quem você conhecer da nossa área. Estamos numa fase muito crítica de nossa profissão e precisamos nos cobrir por todos os lados.
Esse é o e-mail que recebi de nosso Sindicato.
Beijão e até mais!"
O STF está prestes a julgar a necessidade de formação superior para o exercício da profissão de jornalista e precisamos convencer os 11 Ministros do Supremo de que a obrigatoriedade do diploma interessa não apenas à categoria, mas principalmente a toda a sociedade. Isto para que a regulamentação da profissão continue sendo um dos instrumentos de defesa deste Jornalismo cumpridor de sua função social.
Assim, solicitamos que enviem e-mails aos ministros do STF, manifestando essa opinião. Também divulguem esta mensagem, repassando a suas listas e mailings.
Abaixo, apresentamos uma sugestão de texto a ser enviado e os nomes e endereços de todos os Ministros.
Entre nesta luta, ela é de todos nós.
Contamos com seu apoio,
Um abraço,
Rudinaldo Gonçalves
Sindicato dos Jornalistas de São Paulo
Membro da Coordenação Nacional da Campanha em Defesa do Jornalismo
Texto-sugestão
À Sua Excelência Sr(a)
.............
Ministro(a) do STF
A exigência do diploma de Curso Superior em Jornalismo para o exercício independente e ético da profissão de jornalista é uma conquista histórica não só desta corporação, mas de toda a população brasileira. A luta pela criação de Escolas de Jornalismo começou no início do século passado. O primeiro Curso foi implantado 40 anos atrás e a profissão, regulamentada há 70 anos, desde 1969 exige a formação superior na sua legislação. Este requisito representou um avanço para a imprensa do país ao democratizar o acesso à profissão, antes condicionado por relações pessoais e interesses outros que não o de atender o direito da sociedade de ser bem informada.
Setores sem compromisso com a construção de um jornalismo responsável e realmente cumpridor de sua função social vêm questionando este fundamental instrumento para a seriedade, democracia e liberdade na imprensa. Confio que o(a) Excelentíssimo Ministro(a) votará com este entendimento no (RE) 511961, em favor de uma categoria profissional com papel tão relevante e em defesa da sociedade brasileira.
O diploma em Jornalismo, bem ao contrário de ameaçar a liberdade de expressão, é uma das garantias que conferem à mídia brasileira qualidade e compromisso com a informação livre e plural .
Nome:
Profissão e/ou cargo em entidade:
E-mails
Ministro Gilmar Mendes - Presidente
mgilmar@stf.gov.br
Chefe de Gabinete: Isabel Cristina Ferreira de Carvalho
isabelc@stf.gob.br
Ministro Cezar Peluso - Vice-Presidente
macpeluso@stf.gov.br
Chefe de Gabinete : Carla Kindler Rosanova Sotto
mluciam@stf.gov.br
Ministro Celso de Mello
mcelso@stf.gov.br
Chefe de Gabinete: Miguel Ricardo de Oliveira Piazzi
piazzi@stf.gov.br
Ministro Marco Aurélio
mmarco@stf.gov.br
Chefe de Gabinete: Marcos Paulo Loures Meneses
marcosp@stf.gov.br
Ministra Ellen Gracie
ellengracie@stf.gov.br
Chefe de Gabinete: Ângelo Tabet
angelotabet@stf.gov.br
Ministro Carlos Britto
gabcarlosbritto@stf.gov.br
Chefe de Gabinete: Beatriz Ventura Teixeira Coimbra
beatriz@stf.gov.br
Ministro Joaquim Barbosa
mjbarbosa@stf.gov.br
Chefe de Gabinete: Marco Aurélio Lúcio
marco@stf.gov.br
Ministro Eros Grau
egrau@stf.gov.br
Chefe de Gabinete: Alexandra Mery Hansen Matsuo
alexandram@stf.gov.br
Ministro Ricardo Lewandowski
gabinete-lewandowski@stf.gov.br
Chefe de Gabinete: Patrícia Maria Landi da Silva Bastos: patriciaml@stf.gov.br
Ministra Cármen Lúcia
clarocha@stf.gov.br
Chefe de Gabinete: Eduardo Silva Toledo
eduardost@stf.gov.br
Ministro Menezes Direito
Chefe de Gabinete: Ana Maria Alvarenga Mamede Neves: gabmdireito@stf.gov.br
O jornalista e amigo Orlando Flexa reforça o pedido dos sindicatos de jornalistas de todo o Brasil para que a sociedade e, em especial, alunos, ex-alunos, professores e demais profissionais ligados ao Jornalismo se envolvam efetivamente na luta pela exigência do diploma de nível superior para o exercício da profissão.
É fácil, basta seguir as orientações abaixo para enviar e-mails às autoridades. São apenas alguns minutos. Essa ação interferirá no futuro da profissão e na qualidade da informação, tão essencial para a sociedade.
São apenas alguns minutos para ler o texto abaixo e agir.
"Olá minha eterna professora!
Gostaria de te pedir pra colocar esse aviso no seu Blog e repassar aos seus alunos de jornalismo, professores e quem você conhecer da nossa área. Estamos numa fase muito crítica de nossa profissão e precisamos nos cobrir por todos os lados.
Esse é o e-mail que recebi de nosso Sindicato.
Beijão e até mais!"
O STF está prestes a julgar a necessidade de formação superior para o exercício da profissão de jornalista e precisamos convencer os 11 Ministros do Supremo de que a obrigatoriedade do diploma interessa não apenas à categoria, mas principalmente a toda a sociedade. Isto para que a regulamentação da profissão continue sendo um dos instrumentos de defesa deste Jornalismo cumpridor de sua função social.
Assim, solicitamos que enviem e-mails aos ministros do STF, manifestando essa opinião. Também divulguem esta mensagem, repassando a suas listas e mailings.
Abaixo, apresentamos uma sugestão de texto a ser enviado e os nomes e endereços de todos os Ministros.
Entre nesta luta, ela é de todos nós.
Contamos com seu apoio,
Um abraço,
Rudinaldo Gonçalves
Sindicato dos Jornalistas de São Paulo
Membro da Coordenação Nacional da Campanha em Defesa do Jornalismo
Texto-sugestão
À Sua Excelência Sr(a)
.............
Ministro(a) do STF
A exigência do diploma de Curso Superior em Jornalismo para o exercício independente e ético da profissão de jornalista é uma conquista histórica não só desta corporação, mas de toda a população brasileira. A luta pela criação de Escolas de Jornalismo começou no início do século passado. O primeiro Curso foi implantado 40 anos atrás e a profissão, regulamentada há 70 anos, desde 1969 exige a formação superior na sua legislação. Este requisito representou um avanço para a imprensa do país ao democratizar o acesso à profissão, antes condicionado por relações pessoais e interesses outros que não o de atender o direito da sociedade de ser bem informada.
Setores sem compromisso com a construção de um jornalismo responsável e realmente cumpridor de sua função social vêm questionando este fundamental instrumento para a seriedade, democracia e liberdade na imprensa. Confio que o(a) Excelentíssimo Ministro(a) votará com este entendimento no (RE) 511961, em favor de uma categoria profissional com papel tão relevante e em defesa da sociedade brasileira.
O diploma em Jornalismo, bem ao contrário de ameaçar a liberdade de expressão, é uma das garantias que conferem à mídia brasileira qualidade e compromisso com a informação livre e plural .
Nome:
Profissão e/ou cargo em entidade:
E-mails
Ministro Gilmar Mendes - Presidente
mgilmar@stf.gov.br
Chefe de Gabinete: Isabel Cristina Ferreira de Carvalho
isabelc@stf.gob.br
Ministro Cezar Peluso - Vice-Presidente
macpeluso@stf.gov.br
Chefe de Gabinete : Carla Kindler Rosanova Sotto
mluciam@stf.gov.br
Ministro Celso de Mello
mcelso@stf.gov.br
Chefe de Gabinete: Miguel Ricardo de Oliveira Piazzi
piazzi@stf.gov.br
Ministro Marco Aurélio
mmarco@stf.gov.br
Chefe de Gabinete: Marcos Paulo Loures Meneses
marcosp@stf.gov.br
Ministra Ellen Gracie
ellengracie@stf.gov.br
Chefe de Gabinete: Ângelo Tabet
angelotabet@stf.gov.br
Ministro Carlos Britto
gabcarlosbritto@stf.gov.br
Chefe de Gabinete: Beatriz Ventura Teixeira Coimbra
beatriz@stf.gov.br
Ministro Joaquim Barbosa
mjbarbosa@stf.gov.br
Chefe de Gabinete: Marco Aurélio Lúcio
marco@stf.gov.br
Ministro Eros Grau
egrau@stf.gov.br
Chefe de Gabinete: Alexandra Mery Hansen Matsuo
alexandram@stf.gov.br
Ministro Ricardo Lewandowski
gabinete-lewandowski@stf.gov.br
Chefe de Gabinete: Patrícia Maria Landi da Silva Bastos: patriciaml@stf.gov.br
Ministra Cármen Lúcia
clarocha@stf.gov.br
Chefe de Gabinete: Eduardo Silva Toledo
eduardost@stf.gov.br
Ministro Menezes Direito
Chefe de Gabinete: Ana Maria Alvarenga Mamede Neves: gabmdireito@stf.gov.br
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Seres estranhos na sala de aula
Postado por
Arylce Tomaz
às
15:17
Considero a sala de aula - ou qualquer outro lugar onde professor e alunos se encontram para trocar idéias e conhecimentos - muito interessante e peculiar.
Primeiro, por reunir uma pequena parcela da comunidade que passou a fazer parte de um grupo sem que um tivesse escolhido o outro.
O professor não escolhe para quem dará aulas, os alunos não escolhem os colegas e tampouco os professores. Simpatia, empatia, antipatia ou seja lá qual for o fator que nos faz ser agradáveis ou não aos outros, não são levados em consideração na formação desse grupo.
Outra questão que dificulta o período inicial de adaptação desses estranhos são as características individuais: num mesmo ambiente reúnem-se extrovertidos, críticos, autoritários, falantes, debochados e/ou alegres com outros, totalmente opostos: introspectivos, tímidos, com baixa alto-estima, submissos, tristes...
Há, ainda, os que querem estudar, aprender, e os que não estão nem aí.
À essa gama de heterogeneidade deve-se somar os fatores extra-escolares que se carrega para dentro da classe: experiências de atuação ou discriminação no pequeno grupo social em que se vive (família e amigos), interação social, aspectos econômicos, etc, etc.
Várias outras questões completam esse quadro, tão semelhante a um quebra-cabeças de milhares peças, e que fazem da sala de aula uma célula da sociedade, onde há, digamos, de tudo um pouco.
A Sociologia da Educação apresenta várias formas e níveis de interação que facilitam ao professor trabalhar nesse meio tão diversificado (do qual ele faz parte), sendo um dos mais importantes, a cooperação.
Para o sociólogo Nelson Pilettti, a cooperação é ideal para o aprendizado da convivência com os diferentes. Para esse estudioso, é o grau de cooperação que identifica os alunos de uma classe como um grupo particular com características próprias que o distingue dos demais.
Quando os alunos começam a cooperar uns com os outros - o que é totalmente diferente de fazer um trabalho e colocar o nome do amigo que não fez nada - ele está valorizando a si mesmo como ser humano e também ao colega.
Taí o início de uma ação conjunta efetiva, porta aberta para a ação social transformadora.
Não é simples, não. Mas é possível.
Primeiro, por reunir uma pequena parcela da comunidade que passou a fazer parte de um grupo sem que um tivesse escolhido o outro.
O professor não escolhe para quem dará aulas, os alunos não escolhem os colegas e tampouco os professores. Simpatia, empatia, antipatia ou seja lá qual for o fator que nos faz ser agradáveis ou não aos outros, não são levados em consideração na formação desse grupo.
Outra questão que dificulta o período inicial de adaptação desses estranhos são as características individuais: num mesmo ambiente reúnem-se extrovertidos, críticos, autoritários, falantes, debochados e/ou alegres com outros, totalmente opostos: introspectivos, tímidos, com baixa alto-estima, submissos, tristes...
Há, ainda, os que querem estudar, aprender, e os que não estão nem aí.
À essa gama de heterogeneidade deve-se somar os fatores extra-escolares que se carrega para dentro da classe: experiências de atuação ou discriminação no pequeno grupo social em que se vive (família e amigos), interação social, aspectos econômicos, etc, etc.
Várias outras questões completam esse quadro, tão semelhante a um quebra-cabeças de milhares peças, e que fazem da sala de aula uma célula da sociedade, onde há, digamos, de tudo um pouco.
A Sociologia da Educação apresenta várias formas e níveis de interação que facilitam ao professor trabalhar nesse meio tão diversificado (do qual ele faz parte), sendo um dos mais importantes, a cooperação.
Para o sociólogo Nelson Pilettti, a cooperação é ideal para o aprendizado da convivência com os diferentes. Para esse estudioso, é o grau de cooperação que identifica os alunos de uma classe como um grupo particular com características próprias que o distingue dos demais.
Quando os alunos começam a cooperar uns com os outros - o que é totalmente diferente de fazer um trabalho e colocar o nome do amigo que não fez nada - ele está valorizando a si mesmo como ser humano e também ao colega.
Taí o início de uma ação conjunta efetiva, porta aberta para a ação social transformadora.
Não é simples, não. Mas é possível.
terça-feira, 9 de setembro de 2008
A turma se manifesta!
Postado por
Arylce Tomaz
às
12:57
Eliana Motta, ex-aluna, hoje jornalista, se une às homenagens ao Maurício Oliveira.
Obrigada, menina!
"Arylce,
A vitória no Expocom é a prova da competência, da generosidade, amor à profissão e aos alunos que tem valor. Parabéns pela conquista!!
Particularmente, sou muito feliz por ter participado, mesmo que por pouco tempo, desse grupo. CREIA, sou muito orgulhosa de ter sido sua aluna e ter desfrutado da sua convivência. E você não sabe o quanto!!
Em breve também trarei notícias positivas, fruto da generosidade, sua e do professor Adelto, quando me receberam tão bem nessa casa e pela publicação da crônica sobre o meu TCC".
Obrigada, menina!
"Arylce,
A vitória no Expocom é a prova da competência, da generosidade, amor à profissão e aos alunos que tem valor. Parabéns pela conquista!!
Particularmente, sou muito feliz por ter participado, mesmo que por pouco tempo, desse grupo. CREIA, sou muito orgulhosa de ter sido sua aluna e ter desfrutado da sua convivência. E você não sabe o quanto!!
Em breve também trarei notícias positivas, fruto da generosidade, sua e do professor Adelto, quando me receberam tão bem nessa casa e pela publicação da crônica sobre o meu TCC".
Um alô do vencedor
Postado por
Arylce Tomaz
às
12:35
O Maurício enviou o e-mail abaixo e autorizou blogá-lo. Está muito legal.
"Olá para todos.
Obrigado, querida professora Arylce!
Cada detalhe, parece fácil, não? Foi muita energia mesmo. A nossa Instituição, o Centro Universitário Monte Serrat, representada pelo seu corpo docente, e acadêmicos de comunicação não precisam mais do super incentivo à pesquisa cientifica. Nós somos a segunda Escola de Comunicação mais premiada na atual edição do Congresso. Isso, consideradas categorias de extrema importância. Portanto meus caríssimos colegas, arregacem as mangas, o Brasil precisa de vocês, a Baixada Santista precisa de vocês.
Em Natal entrei pela porta da frente da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Mais ainda, conheci jovens jornalistas de todo o país: Pernambuco, Campina Grande, João Pessoa, Roraima, Palmas, São Paulo, Bahia e até do Paraná. Os curitibanos que, por sinal, receberam a missão de sediar o próximo EXPOCON - 2009. Entre todos estavam os nossos anfitriões, os potiguás, preocupados com a acolhida das comitivas. Pode parecer "clichê", mas uma coisa era comum entre todos: responsabilidade social. De lá, saí com a cabeça erguida, e uma tremenda ressaca.
Depois de alguns projetos QUE, HONRADO, INTEGREI durante meus quatro anos de graduação, encerro essa reflexão indo um pouquinho mais além: "A fé e o conhecimento ainda são os bens mais importantes para o indivíduo e para a sociedade". Somente com o trabalho de pesquisa científica será possível utilizarmos as novas tecnologias para uma interação pró-ativa, rumo ao desenvolvimento humano coletivo, e de fato cristalizar o pensamento construtivista. Amanhã não serão mais três caiçaras, e sim três mil cientistas.
"Nunca almejei ficar rico e famoso, apenas fui fazendo o que gosto", explica Éder Augusto no vídeo-documentário. Acho bem por aí, esse é o caminho.
Farei uso das palavras do filósofo Confúcio: "Tudo que cresce permanece"...
AVANTE, A CARAVANA NÃO PÁRA!
Trabalho, saúde e amor...
... a todos... os sonhadores acadêmicos da
FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL E ARTES DO CENTRO UNIVERSITÁRIO MONTE SERRAT".
Mauricio Oliveira
"Olá para todos.
Obrigado, querida professora Arylce!
Cada detalhe, parece fácil, não? Foi muita energia mesmo. A nossa Instituição, o Centro Universitário Monte Serrat, representada pelo seu corpo docente, e acadêmicos de comunicação não precisam mais do super incentivo à pesquisa cientifica. Nós somos a segunda Escola de Comunicação mais premiada na atual edição do Congresso. Isso, consideradas categorias de extrema importância. Portanto meus caríssimos colegas, arregacem as mangas, o Brasil precisa de vocês, a Baixada Santista precisa de vocês.
Em Natal entrei pela porta da frente da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Mais ainda, conheci jovens jornalistas de todo o país: Pernambuco, Campina Grande, João Pessoa, Roraima, Palmas, São Paulo, Bahia e até do Paraná. Os curitibanos que, por sinal, receberam a missão de sediar o próximo EXPOCON - 2009. Entre todos estavam os nossos anfitriões, os potiguás, preocupados com a acolhida das comitivas. Pode parecer "clichê", mas uma coisa era comum entre todos: responsabilidade social. De lá, saí com a cabeça erguida, e uma tremenda ressaca.
Depois de alguns projetos QUE, HONRADO, INTEGREI durante meus quatro anos de graduação, encerro essa reflexão indo um pouquinho mais além: "A fé e o conhecimento ainda são os bens mais importantes para o indivíduo e para a sociedade". Somente com o trabalho de pesquisa científica será possível utilizarmos as novas tecnologias para uma interação pró-ativa, rumo ao desenvolvimento humano coletivo, e de fato cristalizar o pensamento construtivista. Amanhã não serão mais três caiçaras, e sim três mil cientistas.
"Nunca almejei ficar rico e famoso, apenas fui fazendo o que gosto", explica Éder Augusto no vídeo-documentário. Acho bem por aí, esse é o caminho.
Farei uso das palavras do filósofo Confúcio: "Tudo que cresce permanece"...
AVANTE, A CARAVANA NÃO PÁRA!
Trabalho, saúde e amor...
... a todos... os sonhadores acadêmicos da
FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL E ARTES DO CENTRO UNIVERSITÁRIO MONTE SERRAT".
Mauricio Oliveira
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Maurício, deu Brasil na Expocom!
Postado por
Arylce Tomaz
às
12:31
Escrevo hoje especialmente para o querido jornalista Maurício Oliveira, meu ex-aluno de Jornalismo.
Ele acaba de ganhar o 1ª lugar, a nível nacional, na Expocom, um dos maiores eventos das escolas de Comunicação do País.
Maurício concorreu com um video-documentário sobre educomunicação.
Pois é, Maurício: Quando eu escolhi seu trabalho para representar o curso de Jornalismo na Expocom, tinha a certeza que, pelo menos, ele estaria entre os melhores.
Lembra-se do que você me disse, ainda na Van, quando voltávamos de São Paulo, onde ocorreu a fase regional?
Feliz da vida com a excelente receptividade do seu trabalho pelo corpo de jurados, você falou: "Professora, acho que vai dar samba, acho que vai dar Brasil!" - referindo-se à possibilidade de sua videorreportagem ser selecionada para a fase nacional.
E, logo em seguida, indagou: "Estou sonhando alto demais?
Na ocasião, eu disse que não devemos ter medo de sonhar quando nos mantemos cientes de que sempre podemos nos deparar com gente que derruba em poucos minutos, com um simples gesto impensado, uma decisão egoísta, pessoal e fria, nosso sonho.
"Sonhar com os pés na realidade é saborear o momento de prazer e alegria ao máximo", comentei.
E voltamos a Santos cantando, rindo por chegarmos até ali. Eu, você, o Rogério Silvério, o Jefferson Chaves e a Carol Za.
É Maurício: Deu samba, deu Brasil! Deu você!!!
Deu trabalho, também, muito trabalho.
Relembro agora como foi difícil até para fazer a inscrição. Fui correndo no banco, na horado almoço, tirei dinheiro do caixa eletrônico e paguei o boleto, para não perdermos o prazo.
E o programa que aluguei para colocar no computador aqui de casa, para preparar o material em vídeo? Minha nossa, nem sabia como começar a mexer nele!.
Sem falar nos dias aqui em casa e no estúdio, resumindo o video-documentário nos 10 minutos necessários, passando e repassando tudo em MPeg.
Gravar e regravar, correr para comprar DCs, revisar tudo. Senhas trocadas, várias ligações do meu celular para os organizadores do evento... Eles prometendo dar retorno e não davam.
E na noite que você chegou com um amigo, especialista em computação, para nos ajudar?
Ele andava com a gente de um lado para outro...
Correria, correria, correria.
Houve quem me chamasse de louca, que dissesse que jamais faria o que eu fiz.
Mas valeu, querido Maurício. Estou muito feliz por ter escolhido seu trabalho e ajudado você nessa empreitada. Fiz porque acreditei e acredito em você e porque acreditava no que eu estava fazendo.
Faria de novo, se precissasse.
Quando a Renata Alcalde me telefonou, sábado à noite, dando a notícia de que seu trabalho havia vencido, fiquei emocionada, de verdade. Ainda mais quando ela disse que sabia o quanto eu briguei para isso se tornar realidade. Valeu, Renatinha!
Agora, Maurício, falta a tão sonhada pós-graduação, né?
Vai lá, atrás do seu sonho!
Se precisar, estou aqui. Para o que der e vier!
Você sabe, eu acredito! E continuo sonhando...
Parabéns e um grande abraço, meu amigo jornalista!
Ele acaba de ganhar o 1ª lugar, a nível nacional, na Expocom, um dos maiores eventos das escolas de Comunicação do País.
Maurício concorreu com um video-documentário sobre educomunicação.
Pois é, Maurício: Quando eu escolhi seu trabalho para representar o curso de Jornalismo na Expocom, tinha a certeza que, pelo menos, ele estaria entre os melhores.
Lembra-se do que você me disse, ainda na Van, quando voltávamos de São Paulo, onde ocorreu a fase regional?
Feliz da vida com a excelente receptividade do seu trabalho pelo corpo de jurados, você falou: "Professora, acho que vai dar samba, acho que vai dar Brasil!" - referindo-se à possibilidade de sua videorreportagem ser selecionada para a fase nacional.
E, logo em seguida, indagou: "Estou sonhando alto demais?
Na ocasião, eu disse que não devemos ter medo de sonhar quando nos mantemos cientes de que sempre podemos nos deparar com gente que derruba em poucos minutos, com um simples gesto impensado, uma decisão egoísta, pessoal e fria, nosso sonho.
"Sonhar com os pés na realidade é saborear o momento de prazer e alegria ao máximo", comentei.
E voltamos a Santos cantando, rindo por chegarmos até ali. Eu, você, o Rogério Silvério, o Jefferson Chaves e a Carol Za.
É Maurício: Deu samba, deu Brasil! Deu você!!!
Deu trabalho, também, muito trabalho.
Relembro agora como foi difícil até para fazer a inscrição. Fui correndo no banco, na horado almoço, tirei dinheiro do caixa eletrônico e paguei o boleto, para não perdermos o prazo.
E o programa que aluguei para colocar no computador aqui de casa, para preparar o material em vídeo? Minha nossa, nem sabia como começar a mexer nele!.
Sem falar nos dias aqui em casa e no estúdio, resumindo o video-documentário nos 10 minutos necessários, passando e repassando tudo em MPeg.
Gravar e regravar, correr para comprar DCs, revisar tudo. Senhas trocadas, várias ligações do meu celular para os organizadores do evento... Eles prometendo dar retorno e não davam.
E na noite que você chegou com um amigo, especialista em computação, para nos ajudar?
Ele andava com a gente de um lado para outro...
Correria, correria, correria.
Houve quem me chamasse de louca, que dissesse que jamais faria o que eu fiz.
Mas valeu, querido Maurício. Estou muito feliz por ter escolhido seu trabalho e ajudado você nessa empreitada. Fiz porque acreditei e acredito em você e porque acreditava no que eu estava fazendo.
Faria de novo, se precissasse.
Quando a Renata Alcalde me telefonou, sábado à noite, dando a notícia de que seu trabalho havia vencido, fiquei emocionada, de verdade. Ainda mais quando ela disse que sabia o quanto eu briguei para isso se tornar realidade. Valeu, Renatinha!
Agora, Maurício, falta a tão sonhada pós-graduação, né?
Vai lá, atrás do seu sonho!
Se precisar, estou aqui. Para o que der e vier!
Você sabe, eu acredito! E continuo sonhando...
Parabéns e um grande abraço, meu amigo jornalista!
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Educar dá trabalho
Postado por
Arylce Tomaz
às
17:09
Este artigo eu escrevi para a coluna sobre Educação que tenho no jornal O Percurso. Espero que gostem.
Você já pensou no que vem a ser Educação?
Pois é, gente, a Educação é ampla, muito mais abrangente do que se pensa.
É comum ouvirmos: “Quero que meu filho tenha a Educação que eu não tive, por isso ele vai à escola todos os dias”.
Sim, fazer com que os filhos freqüentem as aulas é obrigação dos pais. Mas, é o mínimo que podemos fazer sobre isso, pois a escola, ao contrário do que muitos pensam, não é o único local onde se educa um ser humano.
Pensando dessa forma, ou seja, errado, pais, mães e outras pessoas responsáveis pelas crianças e adolescentes transferem para os professores, funções de responsabilidade da família.
A família é o primeiro núcleo social que o ser humano tem contato. Se ela é problemática, faz do erro uma constante, a criança crescerá acreditando que isso é normal, se acostumará com esses fatos e os repetirá vida afora.
Vamos a um exemplo: o respeito.
Ensinar nossos rebentos a respeitar as pessoas é algo que se faz desde que eles são pequenos, e em casa. É impossível nossos filhos respeitarem um estranho, se não conseguimos fazer com que eles nos respeitem e aos mais próximos.
Eu sei, ensinar dá trabalho, muito trabalho e requer enorme paciência, também. E, para aliviar nossa culpa, alegamos que é preciso falar centenas de vezes, orientar, dar exemplos, por de castigo até, e nem sempre há tempo para isso.
Mas, se a família não tem tempo nem paciência para ensinar a seus filhos, o que dirá um professor ter que fazer isso a 30, 40 crianças de uma vez e em curto espaço de tempo?
Haja paciência, boa vontade, tem po e trabalho.
Que tal reassumirmos parte dessa responsabilidade? Com certeza, estaremos contribuindo para uma mudança significativa em nós mesmos, em nossos filhos, na família, na escola e na sociedade.
Será o começo de uma revolução estrutural feita de dentro para fora.
É uma batalha contra a ignorância, que implica em deveres e, em conseqüência, em direitos. É começar a aprender a ser e a fazer cidadãos.
Você já pensou no que vem a ser Educação?
Pois é, gente, a Educação é ampla, muito mais abrangente do que se pensa.
É comum ouvirmos: “Quero que meu filho tenha a Educação que eu não tive, por isso ele vai à escola todos os dias”.
Sim, fazer com que os filhos freqüentem as aulas é obrigação dos pais. Mas, é o mínimo que podemos fazer sobre isso, pois a escola, ao contrário do que muitos pensam, não é o único local onde se educa um ser humano.
Pensando dessa forma, ou seja, errado, pais, mães e outras pessoas responsáveis pelas crianças e adolescentes transferem para os professores, funções de responsabilidade da família.
A família é o primeiro núcleo social que o ser humano tem contato. Se ela é problemática, faz do erro uma constante, a criança crescerá acreditando que isso é normal, se acostumará com esses fatos e os repetirá vida afora.
Vamos a um exemplo: o respeito.
Ensinar nossos rebentos a respeitar as pessoas é algo que se faz desde que eles são pequenos, e em casa. É impossível nossos filhos respeitarem um estranho, se não conseguimos fazer com que eles nos respeitem e aos mais próximos.
Eu sei, ensinar dá trabalho, muito trabalho e requer enorme paciência, também. E, para aliviar nossa culpa, alegamos que é preciso falar centenas de vezes, orientar, dar exemplos, por de castigo até, e nem sempre há tempo para isso.
Mas, se a família não tem tempo nem paciência para ensinar a seus filhos, o que dirá um professor ter que fazer isso a 30, 40 crianças de uma vez e em curto espaço de tempo?
Haja paciência, boa vontade, tem po e trabalho.
Que tal reassumirmos parte dessa responsabilidade? Com certeza, estaremos contribuindo para uma mudança significativa em nós mesmos, em nossos filhos, na família, na escola e na sociedade.
Será o começo de uma revolução estrutural feita de dentro para fora.
É uma batalha contra a ignorância, que implica em deveres e, em conseqüência, em direitos. É começar a aprender a ser e a fazer cidadãos.
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Sem novidades. Portanto...
Postado por
Arylce Tomaz
às
12:12
Oi, pessoal.
Quando o meu colega jornalista e professor universitário Sílvio Lousada, que é colaborador deste blog, postou a notícia de que o jornalista Márcio Calves não era mais o editor-chefe do jornal A Tribuna, o fez com a intenção, tão somente, de dar uma informação. Afinal, A Tribuna é o jornal diário de maior vendagem da Cidade.
Postamos uma seqüência de comentários recebidos sobre o fato, porque não pretendemos fazer nenhum tipo de censura no blog.
Entretanto, devido ao aumento de opiniões que, pelo seu teor, deixaram de acrescentar informações à comunidade acadêmica - motivo da existência deste blog - damos por encerrado o assunto.
Confirmado o nome do novo(a) editor(a)-chefe, anunciaremos.
Quando o meu colega jornalista e professor universitário Sílvio Lousada, que é colaborador deste blog, postou a notícia de que o jornalista Márcio Calves não era mais o editor-chefe do jornal A Tribuna, o fez com a intenção, tão somente, de dar uma informação. Afinal, A Tribuna é o jornal diário de maior vendagem da Cidade.
Postamos uma seqüência de comentários recebidos sobre o fato, porque não pretendemos fazer nenhum tipo de censura no blog.
Entretanto, devido ao aumento de opiniões que, pelo seu teor, deixaram de acrescentar informações à comunidade acadêmica - motivo da existência deste blog - damos por encerrado o assunto.
Confirmado o nome do novo(a) editor(a)-chefe, anunciaremos.
Contra o Interesse dos empresários
Postado por
Arylce Tomaz
às
12:08
Artigo publicado no JORNAL DO CAMPUS, da ECA-USP, edição da segunda quinzena de agosto de 2008.
JORNALISMO
A regulamentação organiza
o compromisso da categoria
Hamilton Octavio de Souza
De tempos em tempos as empresas jornalísticas atacam a regulamentação da profissão de jornalista, seja por meio de projetos de lei apresentados no Congresso Nacional, geralmente por deputados e senadores que colocam seus mandatos a serviço do capital, seja por ações no Judiciário, geralmente por juízes subordinados aos interesses patronais. Nos últimos anos os ataques ganharam maior força no bojo da onda neoliberal e do refluxo dos movimentos dos trabalhadores.
Vale lembrar que a regulamentação da profissão de jornalista e a exigência de curso superior para o registro e o exercício profissional do Jornalismo, a partir de 1971, representaram importante conquista para os jornalistas, valorização e definição do perfil profissional da categoria, elevação do nível técnico e cultural dos novos profissionais, compromisso com a ética e com a prestação de serviço público relevante, o desenvolvimento dos estudos acadêmicos e científicos sobre o Jornalismo.
Antes dessa regulamentação, a atividade jornalística era sistematicamente invadida e ocupada por curiosos e aventureiros que se dispunham a fazer “bicos” e trabalhar voluntariamente por indicação livre dos donos das empresas jornalísticas. A profissionalização era precária. Muitos professores, advogados, policiais e outros profissionais usavam o jornalismo como atividade secundária, para complementação da renda e para defender interesses específicos. Não raramente as redações abrigavam “jornalistas” que se dedicavam ao achaque e à extorsão.
Mesmo com a reconhecida deficiência do ensino superior no Brasil e com a proliferação descontrolada de cursos de Jornalismo de baixíssimo nível, a exigência de formação universitária fortaleceu as lutas da categoria para a conquista de piso salarial, jornada especial de trabalho e contratos coletivos conforme a realidade da organização dos jornalistas em cada base sindical. A exigência tornou a formação acadêmica bastante atraente e disputada, com desdobramentos profissionais para áreas afins, como a assessoria, a comunicação institucional, o documentarismo etc.
A regulamentação da profissão nunca restringiu a liberdade de expressão de quem quer que seja e nem impede que qualquer pessoa, de qualquer profissão e segmento social, tenha acesso aos meios de comunicação e contribua com jornais, revistas e emissoras de rádio e TV. A regulamentação vale apenas e tão somente para quem vive da atividade jornalística, é assalariado, vende a mão de obra para as empresas jornalísticas. A regulamentação define quem é profissional e quem não é profissional; e essa definição deve ser dada pela sociedade, através do Estado, e não pela vontade dos empresários e concessionários dos meios de comunicação.
*****
Hamilton Octavio de Souza é jornalista e professor da PUC-SP.
JORNALISMO
A regulamentação organiza
o compromisso da categoria
Hamilton Octavio de Souza
De tempos em tempos as empresas jornalísticas atacam a regulamentação da profissão de jornalista, seja por meio de projetos de lei apresentados no Congresso Nacional, geralmente por deputados e senadores que colocam seus mandatos a serviço do capital, seja por ações no Judiciário, geralmente por juízes subordinados aos interesses patronais. Nos últimos anos os ataques ganharam maior força no bojo da onda neoliberal e do refluxo dos movimentos dos trabalhadores.
Vale lembrar que a regulamentação da profissão de jornalista e a exigência de curso superior para o registro e o exercício profissional do Jornalismo, a partir de 1971, representaram importante conquista para os jornalistas, valorização e definição do perfil profissional da categoria, elevação do nível técnico e cultural dos novos profissionais, compromisso com a ética e com a prestação de serviço público relevante, o desenvolvimento dos estudos acadêmicos e científicos sobre o Jornalismo.
Antes dessa regulamentação, a atividade jornalística era sistematicamente invadida e ocupada por curiosos e aventureiros que se dispunham a fazer “bicos” e trabalhar voluntariamente por indicação livre dos donos das empresas jornalísticas. A profissionalização era precária. Muitos professores, advogados, policiais e outros profissionais usavam o jornalismo como atividade secundária, para complementação da renda e para defender interesses específicos. Não raramente as redações abrigavam “jornalistas” que se dedicavam ao achaque e à extorsão.
Mesmo com a reconhecida deficiência do ensino superior no Brasil e com a proliferação descontrolada de cursos de Jornalismo de baixíssimo nível, a exigência de formação universitária fortaleceu as lutas da categoria para a conquista de piso salarial, jornada especial de trabalho e contratos coletivos conforme a realidade da organização dos jornalistas em cada base sindical. A exigência tornou a formação acadêmica bastante atraente e disputada, com desdobramentos profissionais para áreas afins, como a assessoria, a comunicação institucional, o documentarismo etc.
A regulamentação da profissão nunca restringiu a liberdade de expressão de quem quer que seja e nem impede que qualquer pessoa, de qualquer profissão e segmento social, tenha acesso aos meios de comunicação e contribua com jornais, revistas e emissoras de rádio e TV. A regulamentação vale apenas e tão somente para quem vive da atividade jornalística, é assalariado, vende a mão de obra para as empresas jornalísticas. A regulamentação define quem é profissional e quem não é profissional; e essa definição deve ser dada pela sociedade, através do Estado, e não pela vontade dos empresários e concessionários dos meios de comunicação.
*****
Hamilton Octavio de Souza é jornalista e professor da PUC-SP.
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Regulamentação da profissão em pauta
Postado por
Arylce Tomaz
às
10:57
A primeira audiência pública sobre a regulamentação da profissão acontecerá dia 8 de setembro, na Superintendência Regional do Trabalho, em São Paulo.
Além dessa, o Grupo de Estudos criado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)para discutir a questão, já definiu mais seis encontros, em Recife, Belém, Porto Alegre, Brasília e Rio de Janeiro.
O Grupo de Estudos é formado por representantes do MTE, dos jornalistas e das empresas, um especialista jurídico, um profissional e um proprietário de veículos de comunicação.
O objetivo dessas reuniões é atualizar a lei de 1969, incluindo questões como a função de assessor de imprensa e atividades jornalísticas na internet, por exemplo.
A obrigatoridade do diploma para exercer a profissão, que está para ser votada pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), não está na pauta dessas discussões.
Fonte: SJSP
Além dessa, o Grupo de Estudos criado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)para discutir a questão, já definiu mais seis encontros, em Recife, Belém, Porto Alegre, Brasília e Rio de Janeiro.
O Grupo de Estudos é formado por representantes do MTE, dos jornalistas e das empresas, um especialista jurídico, um profissional e um proprietário de veículos de comunicação.
O objetivo dessas reuniões é atualizar a lei de 1969, incluindo questões como a função de assessor de imprensa e atividades jornalísticas na internet, por exemplo.
A obrigatoridade do diploma para exercer a profissão, que está para ser votada pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), não está na pauta dessas discussões.
Fonte: SJSP
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Riscos do Jornalismo Investigativo
Postado por
Arylce Tomaz
às
11:39
Sei que vou correr o risco do exagero, mas não tenho medo em afirmar: sou apaixonada pelo Jornalismo Investigativo. E os motivos são muitos.
Jornalismo Investigativo (que aqui denominarei JI para facilitar) envolve bom senso, pesquisas, paciência, coragem, conhecimento, técnica, aprimoramento, superação, vivência... Requer uma gama de qualidades difícil de se encontrar num profissional.
Há quem afirme, inclusive, que jornalismo é sempre investigativo, não se justificando sequer o termo. Não penso assim. Existe muito noticiário feito em cima de press releases, com o repórter ou editor sequer checando as informações. Que fará investigando de verdade.
A preguiça afeta até (maus)alunos de Jornalismo, que obrigam os professores a um serviço extra bastante desagradável: checar se não furtaram partes de reportagens divulgadas na web e as utilizaram nos projetos experimentais, na mais absoluta falta de ética. Entrevistar? - Ai, que preguiça! Investigar? - Jamais.
Imprescindível para a democracia, o JI é pouco ou erradamente praticado nas Redações, ganhando mais espaço nos livros. E aí, também temos vários motivos a comentar. Tempo e dinheiro são dois deles. Investigar exige dias, senão meses seguidos de trabalho sem retorno imediato. Ou seja: as empresas jornalísticas bancam o profissional mas não podem contar de pronto com a matéria. Para muitas, isso é visto como um desperdício.
Os problemas também estão relacionados ao espaço disponível para a divulgação da reportagem investigativa. Na correria para vencer a concorrência, eles são ocupados mais com notícias e reportagens curtas ou médias. E é praticamente impossível resumir a poucos centímetros ou minutos o conteúdo de reportagens investigativas. Sem falar na publicidade, que ocupa muito espaço. Afinal, não podemos esquecer que as empresas jornalísticas, como qualquer outra, precisam sobreviver e obter lucro.
O JI é, em geral, um exercício solitário e perigoso. Muitos jornalistas já correram risco de vida - e vários, como Tim Lopes, em 2002, no Rio de Janeiro - morreram durante investigações.
Para se ter uma idéia, dados da Fenaj apontam que no ano passado, só no Estado de São Paulo foram registrados nove casos de atentados contra jornalistas, seguidos de cinco no Pará, quatro em Rondônia e três no Rio de Janeiro.
Sujeitos a violências, represálias, intimidações, os repórteres também sofrem com a pressão de chefias que, distantes do trabalho nas ruas, favelas, guetos, cadeias, não medem os riscos que os repórteres estão correndo.
Há alguns anos, fazendo a cobertura de um incêndio num morro santista, eu e o repórter fotográfico fomos convidados a abandonar o local a tiros de revólveres. De volta à Redação, sujos e machucados (rolamos barrancos para nos salvar) e abalados emocionalmente, ouvimos do editor que teríamos que voltar ao local para completarmos a matéria. Não fomos, é claro!
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo não tem se furtado a denunciar a violência contra repórteres. Quanto às escolas de Jornalismo, como professores universitários e jornalistas, não podemos deixar o assunto de lado. Eu mesma, na então condição de coordenadora de curso, coloquei a disciplina Jornalismo Investigativo na grade curricular, pela sua importância e atualidade.
Porém, mais do que tudo, não podemos perder de vista e é preciso deixar bem esclarecido que, apesar de apaixonante, o Jornalismo Investigativo não vale uma vida.
Jornalismo Investigativo (que aqui denominarei JI para facilitar) envolve bom senso, pesquisas, paciência, coragem, conhecimento, técnica, aprimoramento, superação, vivência... Requer uma gama de qualidades difícil de se encontrar num profissional.
Há quem afirme, inclusive, que jornalismo é sempre investigativo, não se justificando sequer o termo. Não penso assim. Existe muito noticiário feito em cima de press releases, com o repórter ou editor sequer checando as informações. Que fará investigando de verdade.
A preguiça afeta até (maus)alunos de Jornalismo, que obrigam os professores a um serviço extra bastante desagradável: checar se não furtaram partes de reportagens divulgadas na web e as utilizaram nos projetos experimentais, na mais absoluta falta de ética. Entrevistar? - Ai, que preguiça! Investigar? - Jamais.
Imprescindível para a democracia, o JI é pouco ou erradamente praticado nas Redações, ganhando mais espaço nos livros. E aí, também temos vários motivos a comentar. Tempo e dinheiro são dois deles. Investigar exige dias, senão meses seguidos de trabalho sem retorno imediato. Ou seja: as empresas jornalísticas bancam o profissional mas não podem contar de pronto com a matéria. Para muitas, isso é visto como um desperdício.
Os problemas também estão relacionados ao espaço disponível para a divulgação da reportagem investigativa. Na correria para vencer a concorrência, eles são ocupados mais com notícias e reportagens curtas ou médias. E é praticamente impossível resumir a poucos centímetros ou minutos o conteúdo de reportagens investigativas. Sem falar na publicidade, que ocupa muito espaço. Afinal, não podemos esquecer que as empresas jornalísticas, como qualquer outra, precisam sobreviver e obter lucro.
O JI é, em geral, um exercício solitário e perigoso. Muitos jornalistas já correram risco de vida - e vários, como Tim Lopes, em 2002, no Rio de Janeiro - morreram durante investigações.
Para se ter uma idéia, dados da Fenaj apontam que no ano passado, só no Estado de São Paulo foram registrados nove casos de atentados contra jornalistas, seguidos de cinco no Pará, quatro em Rondônia e três no Rio de Janeiro.
Sujeitos a violências, represálias, intimidações, os repórteres também sofrem com a pressão de chefias que, distantes do trabalho nas ruas, favelas, guetos, cadeias, não medem os riscos que os repórteres estão correndo.
Há alguns anos, fazendo a cobertura de um incêndio num morro santista, eu e o repórter fotográfico fomos convidados a abandonar o local a tiros de revólveres. De volta à Redação, sujos e machucados (rolamos barrancos para nos salvar) e abalados emocionalmente, ouvimos do editor que teríamos que voltar ao local para completarmos a matéria. Não fomos, é claro!
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo não tem se furtado a denunciar a violência contra repórteres. Quanto às escolas de Jornalismo, como professores universitários e jornalistas, não podemos deixar o assunto de lado. Eu mesma, na então condição de coordenadora de curso, coloquei a disciplina Jornalismo Investigativo na grade curricular, pela sua importância e atualidade.
Porém, mais do que tudo, não podemos perder de vista e é preciso deixar bem esclarecido que, apesar de apaixonante, o Jornalismo Investigativo não vale uma vida.
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Para mudar o trivial
Postado por
Arylce Tomaz
às
12:19
O que mais se vê na mídia é a repetição de fatos aparentemente semelhantes, sejam eles politicos, econômicos, sociais ou de qualquer outra área. Isso tem contribuído para que a informação seja um processo enfadonho, pouco ou nada interessante.
Acabar ocm a chatisse da apresentação das notícias é, portanto, um desafio que deve ser encarado ainda nas escolas de Jornalismo. É necessário sempre ter em mente que uma mensagemn previsível não traz informação.
Sabemos que são vários os fatores prejudicias à mensagem jornalística original e que tornar o óbvio inédito requerer um pouco de tempo. Não há segredo: anular - mais ou menos - o grau de redundância de uma mensagem, tornando-a menos previsível, requer acréscimo de conteúdo à informação.
O grau de expressividade com que a informação é transmitida é um auxiliar nesse processo. E expressividade, aqui, pode perfeitamente significar levar ao conhecimento do receptor idéias ou fatos inéditos ao seu conhecimento/cotidiano.
Ou seja: acrescentar à mensagem conteúdos extraídos de arquivos, pesquisas e entrevistas que, se tratados de forma original, acrescentem qualidade à vida das pessoas.
Quando apresentado com conteúdo, sem clichês e frases-feitas, o comum pode vir a ter maior indice de aceitação e contribuir para a fixação da mensagem.
Dá um pouco mais de trabalho, mas compensa. Porque faz diferença.
Acabar ocm a chatisse da apresentação das notícias é, portanto, um desafio que deve ser encarado ainda nas escolas de Jornalismo. É necessário sempre ter em mente que uma mensagemn previsível não traz informação.
Sabemos que são vários os fatores prejudicias à mensagem jornalística original e que tornar o óbvio inédito requerer um pouco de tempo. Não há segredo: anular - mais ou menos - o grau de redundância de uma mensagem, tornando-a menos previsível, requer acréscimo de conteúdo à informação.
O grau de expressividade com que a informação é transmitida é um auxiliar nesse processo. E expressividade, aqui, pode perfeitamente significar levar ao conhecimento do receptor idéias ou fatos inéditos ao seu conhecimento/cotidiano.
Ou seja: acrescentar à mensagem conteúdos extraídos de arquivos, pesquisas e entrevistas que, se tratados de forma original, acrescentem qualidade à vida das pessoas.
Quando apresentado com conteúdo, sem clichês e frases-feitas, o comum pode vir a ter maior indice de aceitação e contribuir para a fixação da mensagem.
Dá um pouco mais de trabalho, mas compensa. Porque faz diferença.
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Jornalismo Cultural requer atenção
Postado por
Arylce Tomaz
às
13:13
É comum o repórter "cair" na Editoria de Artes sem qualquer preparo, apenas porque escreve bem. Isso ocorre, especialmente, porque as universidades não oferecem formação específica nesse campo, são raros os cursos de especialização na área e as empresas jornalísticas têm pouco interesse no Jornalismo Cultural.
Com isso, a formação do jornalista em cultura acaba acontecendo no dia-a-dia, muitas vezes em saber exatamente o que está fazendo, como e por que.
Alguns percebem que a cultura está atrelada a hábitos culturais e que, portanto, é dinâmica e deve estar voltada ao que a sociedade produz, com suas mudanças diárias.
Outros, entretanto, preferem escrever para um pequeno grupo, elitizado, e se contentam em utilizar um espaço importante e caro em detrimento de muitos, sem fazer qualquer esforço para aceitar as mudanças que se fazem necessárias e enxergar o verdadeiro papel do Jornalismo Cultural.
Por parte dos editores a situação também não é simples. Enquanto alguns estão preferindo ater-se à prestação de serviços, utilizando apenas trechos de informações contidas em releases para complementar a notícia, uma outra corrente está trocando a crítica pela reportagem. Há ainda editorias que têm vários críticos - um para cada arte -, enquanto outras nunca tiveram qualquer crítico, embora não se furtem ao exercício da análise das artes.
András Szantó, em Rumos(do)Jornalismo Cultural (Summus Editorial e Rumos Itaú Cultural) destaca que o Jornalismo Cultural é a especialização jornalística de mais baixo estatus na maioria das redações, e que a cobertura de teatros, museus ou música está cada vez mais empacotada com artigos sobre estilo de vida, jardinagem e culinária.
Ele aponta que nos Estados Unidos (e aqui não vejo diferença), as artes não são vistas como uma prioridade essencial. E afirma: "As artes crescem como indústria, mas o sentido de importância visceral - de que a vida simplesmente não pode ser imaginada sem artes - não é parte importante do discurso público".
A complexidade do assunto é real e merece aprofundamento.
Mas, há algo certo a se afirmar: um texto vivo, contagiante, atual, colorido, produzido por jornalista com um repetório mínimo sobre o assunto mas que saiba o que o seu leitor/telespectador/internauta quer, aberto ao novo e ao que esteja acontecendo, são requisitos essenciais para começarmos a mudar esse panorama.
Com isso, a formação do jornalista em cultura acaba acontecendo no dia-a-dia, muitas vezes em saber exatamente o que está fazendo, como e por que.
Alguns percebem que a cultura está atrelada a hábitos culturais e que, portanto, é dinâmica e deve estar voltada ao que a sociedade produz, com suas mudanças diárias.
Outros, entretanto, preferem escrever para um pequeno grupo, elitizado, e se contentam em utilizar um espaço importante e caro em detrimento de muitos, sem fazer qualquer esforço para aceitar as mudanças que se fazem necessárias e enxergar o verdadeiro papel do Jornalismo Cultural.
Por parte dos editores a situação também não é simples. Enquanto alguns estão preferindo ater-se à prestação de serviços, utilizando apenas trechos de informações contidas em releases para complementar a notícia, uma outra corrente está trocando a crítica pela reportagem. Há ainda editorias que têm vários críticos - um para cada arte -, enquanto outras nunca tiveram qualquer crítico, embora não se furtem ao exercício da análise das artes.
András Szantó, em Rumos(do)Jornalismo Cultural (Summus Editorial e Rumos Itaú Cultural) destaca que o Jornalismo Cultural é a especialização jornalística de mais baixo estatus na maioria das redações, e que a cobertura de teatros, museus ou música está cada vez mais empacotada com artigos sobre estilo de vida, jardinagem e culinária.
Ele aponta que nos Estados Unidos (e aqui não vejo diferença), as artes não são vistas como uma prioridade essencial. E afirma: "As artes crescem como indústria, mas o sentido de importância visceral - de que a vida simplesmente não pode ser imaginada sem artes - não é parte importante do discurso público".
A complexidade do assunto é real e merece aprofundamento.
Mas, há algo certo a se afirmar: um texto vivo, contagiante, atual, colorido, produzido por jornalista com um repetório mínimo sobre o assunto mas que saiba o que o seu leitor/telespectador/internauta quer, aberto ao novo e ao que esteja acontecendo, são requisitos essenciais para começarmos a mudar esse panorama.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Jornalismo social
Postado por
Arylce Tomaz
às
14:46
Um dos grandes desafios para os estudantes de Jornalismo é aprender a trabalhar as questões prementes da atualidade como desigualdade, desenvolvimento humano, violência, democracia participativa, sustentabilidade e tantos outros temas que envolvem a mobilização social.
Aliás, trabalhar temas sociais é desafio também para nós, jornalistas com anos de estrada, até mesmo pela necessidade de abrirmos espaço para matérias sobre essas questões - que ainda é pequeno -, independente de qual seja a mídia.
Costumo dizer aos alunos iniciantes que o jornalista, além de gostar de ler, escrever, pesquisar, tem que ter olhar, faro, ouvidos e coração abertos aos problemas da comunidade.
E, muito mais importante ainda que tudo isso: tem que gostar de gente, que é, afinal a matéria prima do nosso trabalho. O nosso objetivo sempre tem que ser as pessoas, o que é importante para elas, suas dores, necessidades, prazeres, direitos, deveres.
E, sabemos, ninguém nasce sabendo disso. É preciso aprender como se interar com a comunidade, como captar a informação importante que, quando divulgada, servirá para as pessoas pensarem, analisarem, crescerem, transformarem a realidade em que vivem.
No Brasil, podemos contar nos últimos 15 anos com o o apoio do excelente trabalho da ANDI - Agência de Notícias dos Direitos da Infância para esse aprendizado. Com extrema competência, a ANDI tem buscado cooperar para que os ideais de humanidade e civilização sejam incorporados na realidade diária dos brasileiros, nos mais diferentes segmentos.
No Jornalismo e sobre a compreensão do mundo que nos cerca, a ANDI já produziu vários títulos e agora, em parceria com a Cortez Editora, acaba de lançar o livro Políticas Públicas Sociais e os Desafios para o Jornalismo. Uma coletânea de textos de 25 profissionais, que tem o foco no compromisso do Jornalismo com o desenvolvimento social e humano. Imperdível.
Afinal, tempos muito que aprender. E somente um Jornalismo que trabalha as questões prioritárias para as sociedades contemporâneas é Jornalismo de qualidade e desempenha seu verdadeiro papel para o fortalecimento da democracia e desenvolvimento humano.
Aliás, trabalhar temas sociais é desafio também para nós, jornalistas com anos de estrada, até mesmo pela necessidade de abrirmos espaço para matérias sobre essas questões - que ainda é pequeno -, independente de qual seja a mídia.
Costumo dizer aos alunos iniciantes que o jornalista, além de gostar de ler, escrever, pesquisar, tem que ter olhar, faro, ouvidos e coração abertos aos problemas da comunidade.
E, muito mais importante ainda que tudo isso: tem que gostar de gente, que é, afinal a matéria prima do nosso trabalho. O nosso objetivo sempre tem que ser as pessoas, o que é importante para elas, suas dores, necessidades, prazeres, direitos, deveres.
E, sabemos, ninguém nasce sabendo disso. É preciso aprender como se interar com a comunidade, como captar a informação importante que, quando divulgada, servirá para as pessoas pensarem, analisarem, crescerem, transformarem a realidade em que vivem.
No Brasil, podemos contar nos últimos 15 anos com o o apoio do excelente trabalho da ANDI - Agência de Notícias dos Direitos da Infância para esse aprendizado. Com extrema competência, a ANDI tem buscado cooperar para que os ideais de humanidade e civilização sejam incorporados na realidade diária dos brasileiros, nos mais diferentes segmentos.
No Jornalismo e sobre a compreensão do mundo que nos cerca, a ANDI já produziu vários títulos e agora, em parceria com a Cortez Editora, acaba de lançar o livro Políticas Públicas Sociais e os Desafios para o Jornalismo. Uma coletânea de textos de 25 profissionais, que tem o foco no compromisso do Jornalismo com o desenvolvimento social e humano. Imperdível.
Afinal, tempos muito que aprender. E somente um Jornalismo que trabalha as questões prioritárias para as sociedades contemporâneas é Jornalismo de qualidade e desempenha seu verdadeiro papel para o fortalecimento da democracia e desenvolvimento humano.
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Atletas Urbanos em fotos
Postado por
Arylce Tomaz
às
11:44
O cotidiano dos trabalhadores urbanos, captado sob a ótica da sensibilidade e num paralelo às olimpíadas, é tema da exposição fotográfica Atletas Urbanos, que pode ser vista a partir de hoje e até o dia 22, no vão central do Praiamar Shopping, no bairro Aparecida.
As 25 fotos da exposição foram selecionadas entre mais de 500 produzidas pelos alunos do 6º ciclo do curso de Jornalismo da Unimonte, no primeiro semestre. Sob a competente orientação técnica e estética do professor e amigo André Luiz Ferreira, a turma provou que se pode extrair beleza dos atos humanos mais simples. E mais: que, de uma forma ou de outra, todos somos atletas, quando se trata de sobreviver.
Essa exposição não seria possível sem o empenho da querida amiga e coordenadora de Moda, professora Paula Orsatti, cujos alunos de Moda e Design Gráfico também estão expondo trabalhos no mesmo local.
Gente, as fotos são lindas e os looks de Moda, prá lá de legais!
Confiram!
As 25 fotos da exposição foram selecionadas entre mais de 500 produzidas pelos alunos do 6º ciclo do curso de Jornalismo da Unimonte, no primeiro semestre. Sob a competente orientação técnica e estética do professor e amigo André Luiz Ferreira, a turma provou que se pode extrair beleza dos atos humanos mais simples. E mais: que, de uma forma ou de outra, todos somos atletas, quando se trata de sobreviver.
Essa exposição não seria possível sem o empenho da querida amiga e coordenadora de Moda, professora Paula Orsatti, cujos alunos de Moda e Design Gráfico também estão expondo trabalhos no mesmo local.
Gente, as fotos são lindas e os looks de Moda, prá lá de legais!
Confiram!
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Congresso de Jornalistas para todos
Postado por
Arylce Tomaz
às
14:45
É certo: os preços impostos pela organização do 33º Congresso Nacional de Jornalistas, que acontecerá de 20 a 24 próximos, em São Paulo, farão com que muitos interessados em participar sejam excluídos, por não poderem arcar com as despesas.
Na luta contra os valores proibitivos, jornalistas e sindicatos de jornalistas de vários estados brasileiros estão se mobilizando, pedindo a gratuidade aos universitários e observadores.
Principalmente na defesa dos estudantes, apóio integralmente o movimento, pois afastar os futuros profissionais da discussão de temas importantes para a categoria contraria todo um trabalho de tentativa de aproximação dos jovens com o sindicato.
R$150,00 é o que custa a inscrição do estudante pré-sindicalizado e R$300,00 do não-sindicalizado. Isso, sem contar passagens, despesas com alimentação, etc. Algo totalmente fora da nossa realidade.
Para a grande maioria dos estudantes já é muito dificil pagar as mensalidades do curso. Muitos desistem no meio do caminho por falta de condições financeiras. Outros só conseguem concluir os estudos através de financiamentos e poucos, muito poucos, têm descontos com obtenção de bolsas de estudo.
Alguém já disse, um dia, que é preciso estar atento ao que ocorre no presente para melhorar o futuro.
É isso aí, senhores organizadores...
É preciso pés no chão!!
Na luta contra os valores proibitivos, jornalistas e sindicatos de jornalistas de vários estados brasileiros estão se mobilizando, pedindo a gratuidade aos universitários e observadores.
Principalmente na defesa dos estudantes, apóio integralmente o movimento, pois afastar os futuros profissionais da discussão de temas importantes para a categoria contraria todo um trabalho de tentativa de aproximação dos jovens com o sindicato.
R$150,00 é o que custa a inscrição do estudante pré-sindicalizado e R$300,00 do não-sindicalizado. Isso, sem contar passagens, despesas com alimentação, etc. Algo totalmente fora da nossa realidade.
Para a grande maioria dos estudantes já é muito dificil pagar as mensalidades do curso. Muitos desistem no meio do caminho por falta de condições financeiras. Outros só conseguem concluir os estudos através de financiamentos e poucos, muito poucos, têm descontos com obtenção de bolsas de estudo.
Alguém já disse, um dia, que é preciso estar atento ao que ocorre no presente para melhorar o futuro.
É isso aí, senhores organizadores...
É preciso pés no chão!!
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Jornalismo irresponsável
Postado por
Arylce Tomaz
às
12:33
Mais um ano eleitoral. E, com ele, retomo à necessidade de ressaltarmos a importância do exercício do jornalismo responsável, comprometido com a sociedade.
Seria ingenuidade acreditar num jornalismo imparcial, mas podemos nos posicionar contra o antijornalismo, marcado pelo excesso de opiniões sem apuração, pela seleção deliberada de entrevistados, por não se ouvir todos os envolvidos nos fatos, por se pré-julgar.
Mas, a não manipulação informativa não é responsabilidade apenas do repórter, daquele que vai atrás dos fatos, faz as coberturas. Muito pelo contrário. Eu mesma vivenciei situações em que o editor deu um "toque pessoal" ao meu texto.
Uma das vezes ocorreu com a cobertura da convenção de um determinado partido político. Era um domingo à noite, eu estava de plantão. Quando retornei à Redação, só faltava minha matéria para o fechamento da editoria. Redigi, entreguei, fui embora.
Para meu espanto, vi, no dia seguinte, minha reportagem "retocada" pelo editor de plantão, assumidamente integrante do partido de oposição ao que havia realizado a convenção.
O final dessa história? De minha parte, o total descrédito por alguém que eu acreditava, até então, ser exemplo de um profissional íntegro.
Uma palavra retirada ou substituída ou o corte de uma frase com a "intenção" de diminuir a matéria que deverá caber em espaço pré-diagramado são mais do que suficientes para alterar um texto, esconder fatos, favorecer alguém ou denegrir a imagem de uma pessoa.
Precidamos nos preocupar com o exercício da imprensa honesta e desengajada, sob o risco de gerarmos desinformação ao invés de informação; de fazermos com que a responsabilidade social e a ética, tão fortemente analisadas e discutidas nos bancos acadêmicos, morram com o veneno dos interesses pessoais, facilitados pela manipulação que determinados cargos possibilitam.
Repórteres, editores ou seja lá em que cargo se esteja, estarmos atentos a nós mesmos é fundamental, é o primento passo.
Seria ingenuidade acreditar num jornalismo imparcial, mas podemos nos posicionar contra o antijornalismo, marcado pelo excesso de opiniões sem apuração, pela seleção deliberada de entrevistados, por não se ouvir todos os envolvidos nos fatos, por se pré-julgar.
Mas, a não manipulação informativa não é responsabilidade apenas do repórter, daquele que vai atrás dos fatos, faz as coberturas. Muito pelo contrário. Eu mesma vivenciei situações em que o editor deu um "toque pessoal" ao meu texto.
Uma das vezes ocorreu com a cobertura da convenção de um determinado partido político. Era um domingo à noite, eu estava de plantão. Quando retornei à Redação, só faltava minha matéria para o fechamento da editoria. Redigi, entreguei, fui embora.
Para meu espanto, vi, no dia seguinte, minha reportagem "retocada" pelo editor de plantão, assumidamente integrante do partido de oposição ao que havia realizado a convenção.
O final dessa história? De minha parte, o total descrédito por alguém que eu acreditava, até então, ser exemplo de um profissional íntegro.
Uma palavra retirada ou substituída ou o corte de uma frase com a "intenção" de diminuir a matéria que deverá caber em espaço pré-diagramado são mais do que suficientes para alterar um texto, esconder fatos, favorecer alguém ou denegrir a imagem de uma pessoa.
Precidamos nos preocupar com o exercício da imprensa honesta e desengajada, sob o risco de gerarmos desinformação ao invés de informação; de fazermos com que a responsabilidade social e a ética, tão fortemente analisadas e discutidas nos bancos acadêmicos, morram com o veneno dos interesses pessoais, facilitados pela manipulação que determinados cargos possibilitam.
Repórteres, editores ou seja lá em que cargo se esteja, estarmos atentos a nós mesmos é fundamental, é o primento passo.
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Abaixo assinado pela convocação da I Conferência Nacional de Comunicação
Postado por
lousada
às
18:16
A Comissão Pró-Conferência Nacional de Comunicação está empenhada, juntamente com diversas entidades, na coleta de assinaturas em defesa da convocação, pelo Governo Federal, da I Conferência Nacional de Comunicação.
O abaixo assinado tem o intuito de pressionar o governo para que seja conclamada a conferência, levando em consideração que mais de 50 conferências setoriais já aconteceram. Esse espaço é de suma importância para que a sociedade discuta e delibere no que diz respeito às políticas públicas e o novo marco regulatório do setor das comunicações no Brasil.
O Movimento Pró-Conferência Nacional de Comunicação surgiu oficialmente em junho de 2007, no final do Encontro nacional de Comunicação. Hoje é composto por cerca de 30 entidades da sociedade civil de caráter nacional, pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDMH) e pelo Ministério Público Federal.
Sua participação e empenho podem contribuir para o avanço na conquista pela democratização dos meios de comunicação.Leia a nota oficial do Movimento Pró-Conferência Nacional de Comunicação, lançada em 19/03/08, acessando o link http://www.proconferencia.com.br/nossaproposta.htm .
Para assinar, basta seguir os seguintes passos: 1) Acesse o síte: http:// www.petitiononline.com/pcom2009/2) Clique no botão: "Click here to Sign Petition"3) Preencha seus dados4) Clique no botão: "Preview your signature"Pronto. Você ajudou na consolidação da democracia brasileira.
Ajude a divulgar o abaixo assinado! Envie para todos da sua lista!
O abaixo assinado tem o intuito de pressionar o governo para que seja conclamada a conferência, levando em consideração que mais de 50 conferências setoriais já aconteceram. Esse espaço é de suma importância para que a sociedade discuta e delibere no que diz respeito às políticas públicas e o novo marco regulatório do setor das comunicações no Brasil.
O Movimento Pró-Conferência Nacional de Comunicação surgiu oficialmente em junho de 2007, no final do Encontro nacional de Comunicação. Hoje é composto por cerca de 30 entidades da sociedade civil de caráter nacional, pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDMH) e pelo Ministério Público Federal.
Sua participação e empenho podem contribuir para o avanço na conquista pela democratização dos meios de comunicação.Leia a nota oficial do Movimento Pró-Conferência Nacional de Comunicação, lançada em 19/03/08, acessando o link http://www.proconferencia.com.br/nossaproposta.htm .
Para assinar, basta seguir os seguintes passos: 1) Acesse o síte: http:// www.petitiononline.com/pcom2009/2) Clique no botão: "Click here to Sign Petition"3) Preencha seus dados4) Clique no botão: "Preview your signature"Pronto. Você ajudou na consolidação da democracia brasileira.
Ajude a divulgar o abaixo assinado! Envie para todos da sua lista!
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